𝑅𝑖𝑜- 𝐿𝑎 𝑐𝑎𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑝𝑒𝑙

18.9K 642 677
                                    


I know they'll be coming to find me soon
But my Stockholm syndrome is in your room
Yeah, I fell for you.


Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


Todas minhas expectativas de fuga foram frustradas no momento que ouvi as vozes no corredor, estar presa como refém na casa da moeda era frustrante e todos esses dias aqui mexiam muito com o psicológico alheio e mexeu muito com o meu. Eu estava completamente sedenta por uma fuga daqui.

Eu estava arriscando tudo por uma única tentativa de chances, que com certeza era incerta. Fazia três dias que eu estava com outras pessoas sendo uma das reféns do maior roubo que aconteceria em toda Espanha. E o medo crescia a casa dia, os assaltantes apesar de calmo, não brincavam.

Tudo começou na manhã de três dias atrás, eu estava em mais uma jornada do meu trabalho na casa da moeda. Eu fui contratada para guiar os jovens que entrariam no museu, eu explicava sobre a estrutura do museu para os visitantes, e guiava até outras salas da grande área.

Estava tudo tranquilo quando as portas fecharam sem o minha chave de comando, rapidamente eu pensei na minha demissão, um erro grave desses não iria ser tolerado pelo diretor. E isso me deixou apavorada, mas não foi isso que me causou medo de verdade, foram tiros ouvidos e a correria.

Em questões de segundos eu estava na mira de um deles, o mais bravo dos assaltantes. Berlim, ele me levou até uma sala onde fiquei com outro menino, Rio. Eu teria que explicar como funcionava as portas de segurança para que  ele confirmasse uma teoria que ele já havia estudado.

Mas, não fiquei livre. Me prenderam em uma sala única, onde eu recebia refeição, água e remédios quatro vezes por dia. Eu não sabia o que estava acontecendo, não tinha noção dos gritos e tiros ouvidos, logo suspeitei que estavam matando as pessoas e é aí que começa meu desespero.

Então eu lembrei dos métodos de segurança que eu havia aprendido aqui dentro. Havia uma saída de emergência pelos tubos de ventilação do prédio, eu só precisava subir na portinha da saída de ar superior, que fica no teto.
Eu sabia que havia câmeras por aqui, eu precisaria subir rápido.

Todos os segundos contavam, e quem é que esteja nos vigiando do lado de fora não iria gostar nada disso e os daqui de dentro iriam me matar com certeza, eles não iriam poupar esforços antes de me matar e jogar meu corpo em algum lugar escondido daqui de dentro. 

Abrir o tubo foi complicado, mas não foi o fim do mundo, eu estava em pé em uma cadeira e quando consegui joguei a tampa no chão, talvez esse tenha sido o meu erro. E quando eu subi e entrei me rastejando eu já pude ouvir as vozes no corredor.

— Pelo visto vamos brincar de esconde esconde, Berlim.— Tóquio gritou. Rapidamente rastejei mais rápido que pude, mas em questões de segundos minhas pernas foram puxadas com muita força e eu caí de uma altura enorme. — Poxa Emmy, Berlim te achou.

𝑰𝒎𝒂𝒈𝒊𝒏𝒆𝒔Where stories live. Discover now