Capítulo 24

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Raios de sol transpassaram as cortinas da única janela do quarto, em uma pequena casa na vila próxima ao acampamento de Min Chanho que explodiu à poucos dias. Alguns cavaleiros dos Jeon morreram na explosão, porém ninguém os velou e nenhum dos cavaleiros sobreviventes voltou para casa, não poderiam voltar sem o príncipe Jeon Jeongguk.

O cheiro de aguardente e amônia o fez despertar, de modo lento e arrastado, carregando o ômega de volta a consciência. Taehyung sentiu a cama em volta com um tecido áspero, feita de palha que lhe espetava. Todo seu corpo doía, reclamando em apenas abrir os olhos.

O príncipe piscou várias vezes, se livrando das lágrimas que foram produzidas pela claridade. Notou que o quarto em que esta tem duas camas de palha, paredes de pedra, fortes o suficiente para manter o frio vento do inverno longe e uma mesa contendo medicamento. Água e comida estão ao seu lado, além de um armário encostado no canto.

O ômega viu um corpo deitado na cama paralela a sua, não foi preciso muito esforço para reconhecer a cabeleira negra enfaixada em contraste com a pele clara. Taehyung conseguiu ver os hematomas e machucados que cobriam quase toda a pele do alfa; o nariz quebrado, cortes pela bochecha, cinco pontos atravessando a sobrancelha. Ele desceu os olhos, seguindo o caminho dos hematomas esverdeados, mais pontos que se transformariam em cicatrizes que cobriam o peito e ombros de Yoongi, sendo escondidos pelo lençol branco.

— Bom dia, flor do dia. — o alfa cantarolou na cama, com os olhos fechados, se contentando em ouvir a respiração de Taehyung se acelerar com o susto. — Dormiu por muito tempo, não acha? Pelas minhas contas foram precisos quatro dias te alimentando para trazer cor a suas bochechas.

Quatro dias. — a voz do ômega não passou de um sussurro arrastado, ecoando pelo quarto silencioso. — Onde está Jeongguk?

— Não sei, não o vi desde que acordei, alguns soldados dizem que ele pode ter sido morto na destruição do acampamento. — Yoongi soou quase venenoso, deixando um suspiro irritado escapar seus lábios cortados.

Indo contra os pedidos de descanso de seu corpo, Taehyung empurrou as cobertas para longe, jogando as pernas para fora cama e cambaleando assim que se pôs de pé, caindo no colchão de palha novamente. Foram precisos dezenas de resmungos zangados de Yoongi e cinco tentativas para que ele conseguisse caminhar sem cair ou se apoiar.

A calça de tecido que colocaram no ômega sambava em sua cintura mais magra que o normal, entretanto mais saudável do que da última vez que acordou. O frio dentro do quarto o fez tremer; abraçando o próprio corpo, ele foi ao armário no canto do quarto, deveria ter alguma coisa que o aqueceria ali.

— Sinceramente, Taehyung, o que vai fazer? Correr no meio da neve gritando pelo Jeon? Soldados treinados estão fazendo buscas por todo esse tempo. — reclamou Yoongi, seguindo o príncipe kim  pelo quarto com os olhos, observando o ômega enrolar os cachecóis velhos de pele de castor nos pés — Só vai conseguir se matar se for lá fora.

Moon RisingWhere stories live. Discover now