Capítulo 22

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A mente de Taehyung se transformou em uma confusão. Se lembra bem que há poucas horas estava em seu palácio, ao lado de sua mãe, nos aposentos reais; a rainha usava um vestido de veludo em um preto fúnebre que não combina com sorriso radiante que enfeitava seu rosto rosto, ou com o cálice de vinho do porto entre os dedos, com os olhos brilhando ao assistir o marido dar os últimos suspiros.

— Ele morreu, mãe, vamos dar a notícia aos nobres. – Taehyung não sentia nenhum tipo de empatia pelo corpo sem vida do pai, miúdo e frágil no meio da enorme cama de ouro e seda. O observando agora, o ômega não pode imaginar como aquele homem poderia ser violento e feito da vida de sua mãe em um verdadeiro inferno, o alfa moribundo parecia tão digno de pena no momento.

— Me deixe aqui, estou sonhando com essa visão há anos. – sussurrou a mulher sem tirar os olhos do morto, bebericando o vinho sem parar de sorrir.

— A senhora o matou, não foi? O Kim era saudável demais para ter um repentino mal do coração. – embora soasse como uma questionação, sua fala não foi uma pergunta, no momento que chegou no castelo dos Kim, ele sabia que sua mãe havia assassinado o rei, o que preocupou foi a possibilidade de descobrirem isso, ou da rainha se entregar.

Repentino? Foram cinco anos envenenando o vinho que esse bastardo tomava todas as manhãs. – a rainha se permitiu rir, se jogando na cama de dossel ao lado do corpo. — Você não está tão forte agora, querido.

A gargalhada da rainha ecoou pelo quarto, como alguma piada que apenas ela entendeu.

— Vá embora, filho, você não vai querer ver o que pretendo fazer. – a rainha Kim bebeu todo o vinho do cálice em uma golada.

— Precisam dele para o desfile fúnebre. – lembrou Taehyung, tentando não pensar em sua mãe como alguém cruel, mesmo que o brilho por trás dos olhos da mais velha mostrasse o contrário. 

— Precisam do rosto dele, apenas isso, o resto pertence a mim! – a rainha se divertia com seus pensamentos, agindo como se fosse o dia mais feliz de sua vida.

— Irei avisar os nobres, lembre-se de chorar amanhã. – o príncipe Kim andou a passos apressados para fora do quarto, batendo a porta ao sair.

Um arrepio ruim desceu sua coluna ao ouvir a gargalhada de sua mãe por trás da porta; queria sentir ao menos uma pontada de tristeza por perder seu pai, porém, se sentia triste por saber que seu irmão iria chorar, não pelo rei morto.

Foi nesse momento que tudo mudou, em um instante andava pelos corredores do palácio, no outro alguém o acertava na cabeça, quebrando uma grossa viga de madeira em si, e o arrastando desacordado para fora das paredes de vidro.

A nova realidade do ômega é definitivamente desconfortável; seus braços estão dormentes - embora tenha acabado de acordar, presos acima da cabeça, sentado em um chão gelado, com as costas apoiadas no que parecia ser um tronco.

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