Capítulo 14

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— Como isso aconteceu? – questionou Hoseok sem olhar para o ômega, preferindo respirar pela boca para não sentir o cheiro amadeirado de Jeongguk que emanava de Jimin, sufocando o beta como se mãos invisíveis apertassem lhe o pescoço.

— Você sabe como um filhote é feito, nós...

— Não precisa me explicar, quero entender como escondeu isso por tanto tempo. Jeongguk e você se viram depois daquele dia? – o beta tentava controlar sua língua para não ferir Jimin, mas foi impossível conter o tom de nojo em sua última frase.

— Não! Nós nem nos falamos depois que ele te socou no rosto. – afirmou Jimin, olhando para seus pequenos dedos sobre o colo.

— Então como? De que forma conseguiu esconder essa gravidez? Esse cheiro, sua barriga que é visivelmente maior que a do Taehyung. – Hoseok apontou para o ômega, que por impulso abraçou sua barriga, parecendo proteger seu futuro filho.

— Vou te contar tudo, mas se acalme, sente-se e respire um pouco. – Jimin deu algumas batidinhas no espaço ao seu lado. Porém, Hoseok se manteve irredutível, com os braços cruzados sobre o peito.

— Estou bem em pé. – foi tudo que disse. Jimin se surpreendeu com esse tom, Hoseok nunca tinha sido nada menos que amável com ele, sempre com sorriso e abraços.

— Está bem. – o ômega engoliu em seco, organizando seus pensamentos. — Algumas semanas depois do casamento eu comecei a me sentir mal. Vomitava tudo que comia, não conseguia cozinhar direito, o cheiro de morangos, minha fruta favorita, me fazia colocar tudo para fora, achei que fosse alguma doença ou cansaço, até a rainha entrar no meu quarto uma noite.

— A rainha? – murmurou Hoseok, faz total sentido que tenha um dedo dela nisso, se não a mão inteira.

— Ela foi a primeira a sentir o cheiro do Jeongguk em mim e me dar certeza que estou mesmo grávido. Achei que ela fosse me matar aquela noite, mas em vez disso ela me deu um saco de ervas para me banhar todos os dias, esconderia o cheiro do príncipe, "ninguém pode saber desse bastardo" foram as palavras exatas dela antes de sair. – a essência das ervas que rainha o deu era tão forte que chegava a deixá-lo tonto. — E quando vocês foram para o Oeste eu menti para todos que estava entrando no cio, por isso o cheiro tão diferente. Então a rainha me mandou para cá, fim da história.

— Ela passou dos limites... Se arrume, vamos voltar para o palácio! – falou Hoseok, abrindo o armário velho ao lado da cama e jogando algumas roupas sobre Jimin.

— O que? Não! Eu vou criar meu filho aqui, não naquele lugar venenoso. – Jimin se pôs de pé, batendo os pés no chão de irritação. Quem Hoseok pensa que é para mandar nele assim?

— Não quer o Jeon? Não quer ver seu filho crescer com o pai? Então vamos de uma vez.

— Você não entende... meu filho é um bastardo! Sabe o que isso quer dizer? Ele vai cuidar dos cavalos para os filhotes do príncipe Kim cavalgarem, vai comer na cozinha enquanto os seus outros meio irmãos vão comer na sala de jantar com o rei, e não importa o quanto eu deseje o Jeongguk ou queira vê-lo amando o nosso filho, eu vou ser sempre um criado.

Moon RisingWhere stories live. Discover now