We found her!

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⚠️ sempre que aparecer que a Anna tem 16 anos e vai fazer 17, na verdade, ela tem 17 e vai fazer 18!!! Para fazer mais sentido na história 🩷
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Ano de 2017
-Achamos ela!
Escuto passos e sirenes perto de mim.
Sinto que alguém me pega no colo.
-John?- tento abrir os meus olhos mas está tudo embaçado.
-vamos te levar para casa.- o homem falou.
-cadê o John? O Paul está aqui?- pergunto cobrindo os meus olhos por conta da luz forte que colocaram em meu rosto.
-vai ficar tudo bem tá?- parecia que o homem não me escutava e ignorava tudo oque eu falava.
Sinto algo me picando, uma dorzinha bem em meu braço.
E tudo fica escuro de novo.
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Eu abro os meus olhos, tudo está claro novamente, só que agora com uma luz suave.
-filha?- escuto alguém chamar. Como assim filha?
-ahm.- gemi de dor.
-você acordou querida! Eu estava tão preocupada!- ela veio até a cama me dar um abraço.
E foi aí que eu notei que eu estava em um hospital.
-oque houve?- perguntei.
-querida, você sumiu por quase duas semanas.
-oque? Como assim duas semanas?
-Não se lembra?- ela perguntou.
-tem certeza que não foram quase quatro meses?- eu não estava entendo nada.
-absoluta.- ela sorriu para mim como se eu fosse uma louca.
-oque houve comigo?- eu estava cheia de perguntas.
-te encontraram ontem jogada no meio da rua com um corte na cabeça.- ela fez carinho em mim.
-mas... eu não estava aqui.
-como assim Anna?
-mas.
-acho melhor você descansar, você está confusa.- ela realmente estava me tratando como louca.

Eu não acredito que voltei! Eu não acredito! Porque isso tinha que acontecer? Como vou encontrar John novamente? Eu nunca mais vou poder vê-lo? Eu só queria abraçá-lo, beija-lo e ficar lá com ele para o resto da minha vida.
Será que ele está bem? Ele com certeza está pensando que eu fugi, mas eu não queria voltar!
A tristeza em mim era enorme, eu perdi o amor da minha vida e ele está literalmente morto aqui em 2017. Nem mesmo se eu quisesse eu conseguiria encontrá-lo aqui.
Comecei a chorar, chorar muito.
-why this happened to me mom?
-não chora meu amor.- ela veio até mim e me deu um abraço.- me conta oque houve.
-você não vai acreditar em mim mãe, ninguém vai.- meu rosto já se encontrava encharcado.
-eu nunca vou acreditar se você não me contar.
-I lost him mom.
-who?- ela não entendia.
-the love of my life.- a abracei forte e o meu choro ficava cada vez mais intenso.
-está tudo bem, vai ficar tudo bem.- ela tentava me confortar mas não sabia nem a metade da história.
-não vai mãe, nunca vai ficar tudo bem.- eu soluçava.
-já chamei o médico, ele vai te dar alta.- ela falou.- e vamos poder ir pra casa.
-Eu senti saudades.- falei.
-eu também.
______
O médico me deu alta e minha mãe me levou para casa.
Meu pai? Ele esta em uma viajem de trabalho, não vai voltar tão cedo.
-você não se lembra de nada dessas semanas Anna?- ela me perguntou.
-já disse que não quero falar disso.
-ok.- ela voltou a olhar para a rua.
Chegamos em casa, o jardim estava como sempre, a varanda estava como sempre, a sala de estar não havia mudado. Tudo estava exatamente igual, menos eu, eu mudei, eu não pertenço nesse lugar.
Subi as grandes escadas para o meu quarto.
Ele estava do mesmo jeito que eu havia deixado a meses atrás... quer dizer, há duas semanas atrás.
Eu estou me sentindo tão vazia, tudo me lembra dele. Eu não dou um passo sem pensar nele. Ele está dentro de mim.
E além disso meu quarto é cheio de pôsteres dos meus melhores amigos. Bizarro.
Arranquei todos eles, eu não consigo mais olhar para eles sem ter vontade de chorar.
Oque eu vou fazer da minha vida agora?
Vou ao banheiro, tomo um banho, escovo os meus dentes. Eu não quero nem me olhar no espelho.
Coloco um moletom, uma calça e me jogo na cama.
Eu não quero levantar daqui nunca.
Começo a chorar, eu não consigo parar de chorar a nenhum momento.
-vem jantar!
Olho para o relógio e percebo que já haviam se passado uma hora e eu fiquei chorando por uma hora seguida.
Desço as escadas.
Me sento na mesa junto a minha mãe. Ela havia feito a minha comida favorita.
-gostou querida?- ela estava com um sorriso nos lábios.- filha eu senti tanto mas tanto a sua falta.
-eu amei mãe. Senti a sua também.
-pensei que você tinha morrido.- ela começou a chorar.
-mãe, estava tudo bem.- a confortei.
-E se você foi sequestrada?- ela tentava não chorar, mas falhava miseravelmente.
-mãe pode ter certeza que eu não fui. Eu estava bem!- eu forcei um sorriso.
-filha você tem marcas de mão pelo o seu corpo... tem certeza que não foi abusada?- ela perguntou.
Lembrei que as marcas por meu corpo foram feitas pela mão de John a uma noite atrás.
-mãe, eu não fui abusada.-falei em um tom calmo.- eu vivi os melhores momentos da minha vida.
-como assim filha?- perguntou, ela não estava entendendo mais nada.
-eu não posso te contar, você vai pensar que eu sou louca.- dei um sorriso de lado.
-eu não vou, prometo.- ela tentava me convencer.
-mãe eu não posso!- o medo de ela me internar em um hospício é grande.
-você precisa me contar, eu não vou conseguir dormir se você não me falar.
-tudo oque você precisa saber agora é que eu estava bem.-olhei em seus olhos vazios e repletos de lágrimas.
______
Terminamos de jantar e eu voltei para o meu quarto.
Minha mãe havia me devolvido o meu celular. Agora ele funcionava.
Milhares de mensagens chegaram.
Abri o WhatsApp, quando eu digo milhares eu digo milhares mesmo.
Nick me mandou mensagens, minhas amigas, minha família, Jack havia me mandado várias.
Eu não respondi nenhuma, nenhuma sequer.
Desliguei o celular, eu nunca mais vou usá-lo, nunca mais. Porque a vontade de abrir a galeria de fotos era grande, mas eu não posso fazer isso.
Eu cai no sono.
Eu sonhava com ele, tudo era com ele! E-eu não consigo acreditar que eu o perdi!
-AAAAAH!- gritei de agonia ainda dormindo. Eu não parava de gritar.
-Anna está tudo bem, respira meu amor.- minha mãe veio correndo até mim para me acalmar.
______
-Você vai para escola sim.- ela me obrigava a me levantar da cama.
-mãe eu não posso ir para escola!
-você precisa ir Anna, não tem outra opção. Agora levanta, levanta porque eu não quero brigar com você.
Com muito sacrifício me levantei, meu corpo doía, minha cabeça doía, tudo doía.
Tomei os remédios que o médico havia me pedido e fui em direção ao banheiro.
Depois de tomar um banho eu notei como eu estava péssima, meu rosto está inchado, tenho uma gaze enorme na minha testa e eu estava pálida.
Eu não me maquiei, não fiz nada, apenas vesti uma calça legging, um moletom preto e coloquei um All Star.
E foi aí que eu me lembrei...
Será que minha mãe está com as roupas que eu cheguei aqui?!
Desci as escadas correndo.
-mãe! Você está com as roupas que me encontraram?- perguntei com esperança.
-sim mas pra que você vai querer aquelas roupas  velhas amor ?- ela perguntou.
-só me fala aonde tá!
-ali no sofá.- apontou.
Ali estava, o casaco marrom. O casaco marrom dele. Eu tenho algo dele comigo!
Me agarrei no casaco e o cheirei. Tem o seu cheiro.
-filha, tinha um papel no meio do  seu vestido.
-um papel?- ela me entregou.
O poema...
E eu mais uma vez senti que iria chorar, mas eu não posso chorar mais hoje.
-quem é o John que te escreveu isso?- ela perguntou.
-ninguém mãe.-sorri para o papel.

Minha mãe me deu minha mochila e dinheiro. Eu ainda não acredito que eu vou ter que ir para escola, as pessoas vão me achar a pessoa mais estranha da história...
Eu sumi por duas semanas, fui declarada morta e do nada lá estou eu andando pelos corredores da escola como se nada tivesse acontecido!
Coragem.
Vesti o casaco dele e parti para a escola.

Oii de novo genteee!!!
Bem, antes de continuar eu queria avisar umas coisinhas aqui, a Anna está se sentindo muito mal, então ela vai estar menos sentimental ou seja ela vai ser mais seca em relação as palavras e descrições. Então não ache estranho se os capítulos estiverem um pouco mais curtos e com menos descrições no começo.
(Ah e a foto que tá ali em cima foi eu q tirei😊😅)

Here today - John LennonWhere stories live. Discover now