( Livro 02) Me Descobrindo Aos Poucos ! - Concluído.

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AMÉLIA.

— Estar na hora, vamos? — Kurt perguntou parado na porta.

— Uhum. — Assentir com a cabeça.

Kurt trancou as portas e então fomos. Chegando ao consultório da Megan passei pelo mesmo procedimento, mas dessa vez os resultados foram outro.

|FLASHBACK.|

— Tirem as mãos de mim, vocês estão me machucando.

— Cala a droga da boca. — Um homem forte de meia idade puxou meus cabelos com brutalidade, ele me sentou na cadeira e então me amarrou. Ou eu juro, que estorarei todos os seus miolos. 

— Quem são vocês, oque querem comigo?

— Não é nada pessoal, apenas negócios.

— E pra sua segurança, é melhor não fazer mais perguntas.

— Digamos que a senhorita é a peça que faltava no nosso quebra cabeça. 

— Vocês não foram pagos pra ficarem conversando com reféns. — Disse o homem irascível e o seu rosto era pavoroso. — Todos utilizavam algum disfarse, exeto ele.

— Chefe eu, não. — Disse amedrontado.

— Calado! — Esbravejou.

— A situação é bem simples só nos digam aonde ele estar? — Sua arma alvejava para a minha cabeça, permaneci em silêncio e ele alterou a voz um pouco mais alto. Eu vou perguntar pela última vez, aonde o Black estar?

— Eu não sei tá legal?! — Meus olhos lacrimejaram. Eu não sei quem é Black.

— Estar mentindo.

— Eu juro que eu não faço idéia de quem ele é.

— Resposta errada! — O homem arriou o revólver e fez um gesto com a mão.

— Oque vai fazer? — Indaguei trêmula.

— Tenho uma coisa pra você, considere como um presentinho. — Desempacotou uma caixeta e havia inúmeros bichos horríveis lá dentro, avistei bem e eram aranhas.

— Não por favor. — Implorei e os pelos dos meus braços se arrepiaram.

— Lance ao chão.

— Pare por favor, não faça isso.

— Voltarei mais tarde e se ainda estiver viva, voltaremos a ter essa conversa! — Ele sorriu.

— Amélia, Amélia. — Ouço vozes me tirando dos meus devaneios.

— Eu fui sequestrada. — Falei-me em pranto.

— Me conte exatamente, oque se lembrou? — Megan interpelou mirando seus olhos nos meus.

— Estou aqui com você. — Kurt apertou a minha mão e me abraçou fortemente.

— Eu me lembro de ter sido torturada por alguns homens, eles ficavam me perguntando aonde estava o Black, mas eu não o conhecia. E dito isso eles não acreditaram em mim.

— E oque eles fizeram com você? — Kurt perguntou irritado.

— Eles mantinham algumas aranhas em cativeiro e usaram isso contra mim, disse que voltariam e se eu ainda estivesse viva, eles terminariam essa conversa. — Chorei ao lembrar da situação.

— Sinto muito por isso. — Se levantou-se.

— Ágora está tudo bem! — Kurt sorriu para mim.

— Mas quem é Black? — Megan questionou.

— Eu não sei.

— Quem é que tenham feito isso, não estavam atrás da Amélia.

— E sim do Black. — Kurt redarguiu.

— Mas oque esse Black, tem a ver comigo? — Disse abstraída.

— Vocês precisam ir a uma delegacia e prestar queixas.

— Talvez. Mas não sabemos que tipo de homem estamos lhe dando. — Kurt se levantou descontrolado. Devemos nos preocupar apenas com a segurança da Amélia. — Resultou dando de ombros e ausentou-se para fora do consultório.

— A Megan pode estar com razão. — Deduzi enquanto tentava alcançar seus passos. Se prestarmos queixas, podemos juntos ajudar a polícia a encontrar esses homens, principalmente o Black.

— Se prestarmos queixas, eles virão atrás de você e eu não preciso nem dizer como isso vai, acabar. — Disse em um tom brusco.

— Ou as vezes não! 

— Esses caras te sequestraram Amélia, sabe-se lá oque fizeram posteriormente o fato é que eles não estavam de brincadeira. — Nunca tinha visto o Kurt tão nervoso, como estava ágora.

— Eu não posso ficar parada sem fazer nada, deve haver uma solução. E nós sabemos qual.

— Você estar maluca? — Seu tom foi rude. Ninguém sabe sobre você! Nós à mantemos escondida durante meses em nossa casa e você acha que eles ficaram felizes quando descobrirem? — Protestou. Nós podemos ir presos, estar mesmo disposta a continuar com isso? Eles arriscaram a suas vidas pra salvar a sua, pense nisso!

— Eu. — Kurt se afastou sem nem olhar pra trás.