( Livro 02) Me Descobrindo Aos Poucos ! - Concluído.

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KURT FODAN.

Meus pais resolveram sair até a cidade e mais uma vez eu tive que preparar o meu café da manhã, sinceramente eu meio que já estou me habituando com isso.

Ovos mexidos..
bacon..
Quem não gosta?

Voltando a concentração na panela, noto uma sombra atrás de mim, viro-me para observar e me sobressaltei.

— Caramba. — exclamei, enquanto meus batimentos acelerava rapidamente. Por um estante achei que estivesse sozinho, mas lembrei da suposta jovem que os meus pais resgataram dias atrás.

— Me desculpe eu, não queria assusta-lo. — Sua voz era afetivo, e muito doce.

— Eu não é. — Simulei uma tosse. Você não me assustou, fica tranquila. — A moça expôs um sorriso serena e ao ver aquele episódio meu coração enterneceu.

Na noite anterior eu não conseguir descortinar pois estava muito marcada, suas roupas sebentas e rasgadas, cabelos presos e entubada de aparelhos. Mas ágora vejo tudo diferente, sua aparência era excepcional e quanto mais eu penso, mas eu tento assimilar tudo oque essa jovem tenha transcorrido, meu sangue ferve de fúria e seja lá quem tenha feito isso, deve pagar dez vezes pior!

— Está bem! — Seus olhos estonteantes se moveram para longe dos meus.

— Não quer se sentar para tomar café? — Ela deteve-se. Ovos mexidos, bacon e torradas. Você gosta?

A jovem arriou o olhar, jogando uma pequena mexa do seus cabelos atrás da orelha. Merda, lembrei que a sua memória estava debilitada.

— Devia experimentar, faço os melhores ovos mexidos que você já comeu, na vida. — Gracejei e eu podia ouvir a sua gargalhada um pouco baixa, mas foi suficiente para saber que era bem atraente.

Puxei a cadeira a minha frente e ela se sentou, ficou me fitando algumas vezes e sorria um pouco acanhada.

— Com certeza o chá da minha mãe você já deve ter experimentado, ela ama dar ao seus convidados. 

— Sim e é bem apetitoso. — Sem demora ela comeu o pedaço do bancon, junto com os ovos mexidos. Isso está delicioso!

— Você gostou? — Falei-me aprazível.

— Sim! — Suas bochechas purpurearam.

— Obrigado. — Respondi exaltante.

Estávamos sentados tomando café e eu apenas a vislumbrava disfarçadamente, a formosura daquela perfeição era extremamente inigualável, me fascinou desde o primeiro estante que a vi.

— Kurt, filho cheguei! — Minha mãe disse surgindo até a cozinha. Amélia, acho que não precisa mais daquela cadeira de rodas, estar conseguindo andar?

— Sim, minha perna já não dói tanto, quanto antes.

— Isso é bom, em breve se recuperará. — Sorriu ao vislumbrar os pratos expostos na mesa. Devo parabeniza-lo querido, por não ter posto fogo na cozinha.

— Eu estava torcendo para que isso não acontecesse, caso ao contrário eu seria deserdado! — Fiz careta e elas sorriram.