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TWO MONTHS LATER.

AMÉLIA.

Cada dia que passa mais próxima da família Fodan eu me torno, a senhora Jane e o senhor Leopoldo me tratam como se fosse sua filha, já o Kurt uma irmã mais nova. Meu afeto por eles é imenso e sou eternamente grata por tudo que fazem por mim, principalmente por ter salvado a minha vida, mesmo não tendo idéia de quem eu era.

Leopoldo e a senhora Jane
são meus verdadeiros anjos da guarda.

— Como você está, pirralha? — Kurt perguntou, abaixando o meu livro.

— Bem, mosquito da dengue!

— Estou indo na floresta, quer vim junto?

— Uma caminhada na floresta, não faria nada mal.

— Consegue correr 60km? — Perguntou soberbo.

— Claro que eu consigo. — Bufei.

— Então vamos lá.

Obtive pelo meu vestido laranja, asics esportivo, tênis e prendi meus cabelos num rabo de cavalo. Peguei meu celular, o fone de ouvido e caminhei até o Kurt.

— Muito cuidado com a perna, Amélia. Não vá fazer muito esforço.

— Não se preocupe. — Beijei sua bochecha com carinho. Tchau senhora Jane.

— Tchau querida! — Sorriu. Juízo, os dois.

— Eu não irei facilitar pra você. — Kurt sussurrou lançando seu sorriso devasso. Espera, passou perfume? — Suas narinas estavam próximo ao meu pescoço e dito isso, se afastou dando uma olhadela.

— Passei, porque ?

— Quem em sua sã conciencia, passa perfume pra fazer caminhada?

— Eu, shiu. — Esbarrei meu ombro no seu peito e caminhei até o lado de fora da casa.

Kurt corre muito rápido e assim eu não consigo alcança-lo, meus pés estavam doloridos e a minha respiração desregulada, parei um pouco e respirei tentando encontrar o meu fôlego.

— Precisa de uma ajudinha aí? — Kurt rio se aproximando.

— Não, está tudo sobre controle! — Fingir enquanto enxugava o suor que enxergava o meu vestido e a minha testa.

— Vamos descansar um pouco. — Ele se sentou na pedra e eu fiz o mesmo.

— Minha água acabou.

— Pegue a minha! — Estendeu-se sua garrafa em minha direção.

— Obrigada.

— De nada. — E de repente sinto algo cair bem em cima do meu ombro, levo-me um sobresalto e o meu celular caiu na água.

— Uma aranha. — Esbravejei eufórica.

— É um pedaço do galho de uma árvore, Amélia. — Kurt Gargalhedeou.

— E porque não me avisou antes, seu idiota. — Revirei os olhos e bate no seu ombro.

— E deu tempo? Você ficou que nem uma maluca gritando "Ahh, uma aranha". — Ele disse simulando o episódio.

— Meu celular, acho que caiu na água. — Falei-me com uma voz lastimosa.

— Não saía daí. — Disse apressurado, tirou sua camisa e pulou na água.

Fiquei o presenciando que logo sumiu da minha vista e depois de alguns segundos ele manifestou-se.

— Não foi tão difícil! — Sorriu enquanto eu atentava meus olhos no celular todo enxarcado de água.

— Obrigada! — Apalpei de sua mão.

— Qualquer coisa amanhã compramos outro, mas não deve ter estragado.

— Assim espero.

— Vamos pra casa. — Devolvi a sua blusa e não pude deixar de notar o belo corpo que ele tinha.

— Como foi a caminhada? — Leopoldo interrogou.

— Bem, tirando a parte que Amélia quase deu um infarto depois que um pedaço de galho caiu no seu ombro. — Eles gargalharam.

— Eu achei que fosse uma aranha. — Respondi medonha. Oque foi? Na floresta é oque mais tem.

— Nisso, Amélia tem razão!

( Livro 02) Me Descobrindo Aos Poucos ! - Concluído.Where stories live. Discover now