Meu Sensei

C A P Í T U L O - XXV

O sorriso de Sasuke se ampliou imediatamente após ouvir a resposta de Sakura. De fato, ele aguardava ansioso pela resposta positiva, e finalmente Sakura caiu em si e decidiu esquecer o Kakashi.

O primeiro passo de seu plano já estava concluído, a conclusão dos próximos já estava em andamento. Mesmo com o seu deslize em ir até a folha, ele foi rapidamente corrigido. Por sorte, não precisaria se preocupar tão cedo com Kakashi. Ele cuidaria pessoalmente dele quando chegasse a hora.

- Ah Sakura... Eu sabia que mais cedo ou mais tarde você aceitaria. - Sasuke disse com um sorriso vitorioso.- Então, logo logo você podera sair do quarto e até mesmo dormir comigo...

- Não! - Sakura gritou com veemência em um ato impensado.- Bem, e-eu... acho que poderíamos não apressar tanto as coisas, sabe? Não me sinto... bem, preparada para dar um passo tão grande.- Sakura finalizou com um sorriso torto, que aos olhos de Sasuke, era meigo e singelo.

- Oh! Meu amor, eu entendo! Não deve ser fácil está preparada novamente depois dos horrores que Kakashi deve ter lhe obrigado a passar.- A simples menção daquele nome já lhe fazia sentir um ódio profundo, mas controlou-se, não queria assustar Sakura.- Tudo ao seu tempo.

Dito isso, Sasuke se levantou. E Sakura o acompanhou de volta ao quarto. Antes que ela pudesse entrar, o Uchiha aproximou-se em uma tentativa de beijar-lhe a boca, mas em um movimento rápido Sakura virou o rosto e ele acabou beijando a sua bochecha. A Haruno corou imediatamente, e ele entendeu como um sinal de timidez. Com certeza, era a Sakura que ele conhecia. Meiga e totalmente apaixonada por si.

A cozinha foi rapidamente arrumada, e em seguida, o Uchiha saiu para patrulhar o perímetro. Sasuke chegou até o limite de seu local provisório, e não conseguiu sentir nenhum chackra ou presença de ninjas por perto. Mais a frente, havia uma série de armadilhas, e apenas ele conhecia os locais certos por onde passar. As duas árvores retorcidas e próximas uma a outra marcavam a entrada do seu "território" e, portanto, não havia mais armadilhas dali por diante.

Uma excelente estratégia caso Sakura viesse fugir, ou se porventura alguém encontrasse seu esconderijo. O que ele achava difícil demais, era um local improvável, inabitável, e digno de esquecimento.

Os shinobis de Konoha não conseguiram achar o local correto do esconderijo de Sasuke Uchiha. Mas porventura, montaram guarda na clareira. Uma semana muito longa e cansativa, e sem sucessos significativos. Se não encontrassem mais nada em, no mínimo, 24 horas, sairiam dali.

E, é óbvio, que o Hatake estava possesso de raiva e frustação com aqueles fatos. Os simples pensamentos de abandonarem as buscas por Sakura lhe tiravam o ar, era um sentimento de impotência grande demais. Cheirava a fracasso e promessas não cumpridas. O cansaço e desgaste, tanto físico quanto mental, eram visíveis e inevitáveis.

E como de costume desde que chegara ali, Kakashi decidiu sair a procura do local certo mais uma vez. Suas últimas tentativas foram todas fracassadas, mas não desistiria, não tão fácil. Por Sakura, faria de tudo.

Os caminhos foram todos inspecionados de cima a baixo, e mesmo com tantas armadilhas, nenhum chegava a um caminho ou local possivelmente certo. Sempre davam em rios, cavernas, ou montanhas. Nada. Não havia nada lá.

Sua mente divagava enquanto Kakashi saia para mais uma procura incansável, pulava de galho em galho por mais um local aleatório. As lágrimas queriam inrromper a todo custo, mas ele não deixou que caissem. Ainda não. Não era um fraco. Era um shinobi de elite que faria de tudo pelo sucesso da missão.

Por mais que estivesse em uma floresta com árvores e tudo mais que uma floresta tem, Kakashi sentia que não havia passado por ali antes, não estava louco, prestara atenção demais nos locais para não esquece-los tão facilmente.

Estava tomando um rumo totalmente diferente e nem se dera conta. Não sabia se estava seguindo pista alguma, ou se era a sua vontade maciça de está no caminho certo, mas continuou seguindo em frente. Agora prestava muita atenção, seu foco era total. E por pouco, não caira em uma armadilha bem plantada em um galho.

Se havia armadilhas, havia algo para esconder? Algo precioso demais para ser deixado sem cuidados? Aquele fio conhecido de esperança se enfiltrava mais uma vez em seu coração. Estava sendo um tolo? Sua sanidade estava, aos poucos, se esvaindo? Não saberia responder nenhuma daquelas perguntas por enquanto. Mas de uma coisa sabia, continuaria com sua procura.

Para melhorar seus resultados e não deixar que nada passasse despercebido, Kakashi invocou Pakkun. Que estava tão acostumado a ser chamado naqueles últimos tempos que nem se preocupou em perguntar o que Kakashi queria. O olhar do Hatake era decidido e continha todas as respostas de suas perguntas não ditas.

A cada minuto, - ou seriam horas? -, que passava, seu coração martelava em seu peito. O cão o guiava e lhe avisava de todas as possíveis armadilhas, e os caminhos que não teriam nenhuma. O sol da tarde jazia alto, e como tal, o calor vinha como brinde.

Kakashi decidiu dar uma pausa, não por ele, mas sim por Pakkun que estava naquele ritmo intenso há tempo demais. Pararam em uma árvore grande, e sentaram a sua sombra, a água foi dividida para os dois, mas a pílula de comida foi saboreada apenas por Kakashi. Mais a frente, alguns bons passos a frente, havia duas árvores estranhas e retorcidas. Seria uma vista bastante cômica se o momento não fosse tão angustiante.

Estava cogitando há possibilidade de desistir daquele caminho, era provável que não levasse há lugar algum e sua busca fosse falha. As dúvidas estavam em sua mente, mas Kakashi deveria persistir?

Estamos em reta final já... 😊/😧
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