Após crescer no exército britânico ao lado de sua família adotiva e participar da Resistência Francesa, Annabeth Carter se tornou a melhor Tenente do do exército estadunidense durante a Segunda Guerra Mundial. Lutou e sofreu perdas ao lado de seus m...
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NOVA YORK - Brooklyn Atualmente
Anna nem mesmo saberia descrever a sensação que sentia naquele momento se alguém pedisse para que descrevesse. Não se lembrava de ter ficado tão nervosa daquele jeito, e tudo piorava quando se lembrava do que Steve lhe contara. Esperava um tremendo choque de realidade quando visse Margaret Carter novamente depois de quase 75 anos separada. Velha e fraca. Como Annabeth também deveria estar.
— Ela tem um alto grau de Alzheimer. — Suspirou Steve, sofrendo tanto quanto a irmã do seu primeiro amor. — Vai se esquecer do reencontro várias vezes. — Esfregou os cabelos, bagunçando-os completamente. — Vou ver se as enfermeiras terminaram e se você já pode entrar.
— Certo — a loira esfregou as mãos suadas na calça jeans, sentindo James se aproximar e circular seu corpo com os braços. Um singelo e demorado beijo foi depositado no topo da cabeça dela. — Estou nervosa. Não vou me perdoar se algo acontecer com ela. — Como Peggy estava muito fraca, temiam que muitas emoções pudessem piorar seu quadro de saúde.
— Fique calma, doll — beijou também o canto da boca dela. — Sei que os riscos são grandes, mas Peggy merece ver você, sabe... pelo menos por uma última vez.
A última frase era difícil de ser ouvida, mas Annabeth entendia que o fim da irmã estava próximo. Céus, a saudade era tão grande que o coração dela parecia ser capaz de bater mais do que biologicamente era possível.
— Anna — a voz de Steve chamou e a loira rapidamente ajeitou a postura. — Ela está pronta.
E eu não, pensou Annabeth.
Caminhando em passos largos que pareceram durar tanto quando uma travessia pelo Saara, a loira suspirou e empurrou a porta levemente, entrando e fechando a mesma atrás de si. Ambas puderam ouvir a respiração sendo prendida pelas duas.
— Annabeth? — Proclamou Margaret com a voz falha causada pela emoção impactante. Já havia sido muito difícil reencontrar Steve e Bucky, mas Peggy chegou a pensar que morreria naquele momento.
— Peggy — a loira murmurou sem saber se sorria por vê-la novamente ou se chorava por seu estado delicado. Ela se aproximou e abraçou a irmã, tentando não machucá-la.
— Anna, é tão bom te ver — a voz chorosa dela fez com que ambas estivessem com os olhos embaçados e rostos molhados. O amor presente naquele gesto seria capaz de atingir Nova York inteira e as duas perderam a noção de quanto tempo passaram nos braços uma da outra. Tinham tanta conversa para por em dia que mal souberam sobre o que conversar quando se separaram do abraço.
Annabeth começou contando sobre o que os nazistas fizeram com si. Contou sobre a queda e de quando passaram horas na neve congelando e sangrando. Contou absolutamente tudo até que Peggy também começasse a contar sua história, dizendo o quanto seus pais haviam sofrido com a suposta morte de Anna. A antiga morena, agora grisalha, deixou claro que seu marido, filhas, netos e primos cresceram ouvindo sobre Annabeth. As duas filhas já estavam grandes e seguiam suas vidas em outros lugares, mas Margaret deixou claro que reuniria todos pelo menos uma última vez. Uma pequena crise de tosse fez com que a conversa fosse interrompida.
