Após crescer no exército britânico ao lado de sua família adotiva e participar da Resistência Francesa, Annabeth Carter se tornou a melhor Tenente do do exército estadunidense durante a Segunda Guerra Mundial. Lutou e sofreu perdas ao lado de seus m...
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ESTADOS UNIDOS - Michigan 1945
— Segure minha mão — Annabeth esticou a mão direita para Bucky que por apenas sorte ainda se encontrava vivo e pendurado numa das grades do trem. A mulher tinha a vista embaçada e as lágrimas não hesitavam em escorrer por seu rosto.
Dez homens como pura covardia haviam cercado Anna e James no vagão das armas em que ambos coletavam amostras para Howard. Houve muito combate, mas apenas seis foram derrubados até que um deles abrisse uma das portas do lugar e empurrasse Bucky de lá, deixando-o pendurado numa queda de milhares de metros de altura que certamente o mataria na hora. Se não fosse por Steve aparecendo e distraindo os outro quatro homens, Annabeth não teria chances para tentar salvá-lo.
— Você vai cair também, Anna — ele tentou esticar os braços, mas com a distância era impossível que ele tocasse a mão dela.
Prendendo os pés numa pequena peça de metal, Anna se esticou até que segurasse fortemente a mão do sargento e também o puxador da porta. Fez o máximo de força possível para ajudar a puxá-lo, mas a mulher não contava com um tiro acertando-a bem na cintura. A dor foi tão alucinante quanto da última vez em que havia sido baleada, ainda mais quando não pode fraquejar e deixar Bucky cair.
Annabeth gritou quando, num solavanco do trem, a grade que Bucky segurava se partiu, deixando o peso de ambos em apenas um braço da mulher que perdia uma notável quantidade de sangue. De relance Carter viu Steve se aproximar para os ajudar, mas infelizmente foi tarde de mais. A mão escorregou do puxador e os dois penderam para trás. Anna lamentou durante a queda ao perceber que Peggy tinha razão sobre aquela missão ser perigosa de mais, porém, abraçou o corpo de Bucky com suas últimas forças, sofrendo por saber que morreriam dali alguns instantes.
Acontece que a adrenalina e o medo presentes neles acabou por amenizar o impacto das costas de Annabeth e do braço de James numa grande pedra antes de chegarem até o chão. O real problema se iniciou quando, após ficarem apagados durante horas naquela neve, perdendo sangue, ambos acordaram assustados, perdidos e com muita dor. Aliás, dizer "muita dor" seria um eufemismo para aquele momento. Enquanto Bucky agonizava com a dor em seu ombro esquerdo, Annabeth entrava num profundo pânico ao não conseguir mover as pernas. Ela nem mesmo sentia o ferimento em sua cintura e a prova disso era que ela havia a cutucado para ter certeza do que estava acontecendo.
— B-bucky... — ela murmurou ao sentir a cabeça rodar e as lágrimas em seu rosto congelarem. Ia dizer a ele que não tinha mais controle dos seus membros inferiores, mas no entanto, ao ver a imagem do namorado ensanguentado e sem um braço, se arrastou com as mãos e levou as mesmas para pressionar o local ferido que esguichava muito sangue. Nem mesmo desabilitada Annabeth deixava seu instinto protetor de lado. — Céus, me desculpe por ter feito você passar por isso.
