Após crescer no exército britânico ao lado de sua família adotiva e participar da Resistência Francesa, Annabeth Carter se tornou a melhor Tenente do do exército estadunidense durante a Segunda Guerra Mundial. Lutou e sofreu perdas ao lado de seus m...
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ESTADOS UNIDOS - Nova Jersey 1942
— Não acredito que vamos liderar um batalhão inteiro — Peggy como sempre era incapaz de guardar sua animação para si. As irmãs haviam acabado de desembarcar de um dos aviões militares enviados pelos Estados Unidos para a Inglaterra.
Após o sucesso da Resistência Francesa, centenas de milicianos alemães, italianos e japoneses, apoiadores da Segunda Guerra foram eliminados. Conflitos como Operação Barbarossa e Operação Moscou foram de grande vitória para os aliados, e isso aumentou o poder e reconhecimento das irmãs Carter. O próprio presidente Roosevelt havia formalmente as convidado para controlar o batalhão 208 em Nova Jersey. Segundo ele, experimentos importantes seriam iniciados ali, e os soldados precisariam do treinamento máximo de Annabeth.
Não apenas as irmãs tinham sido recrutadas pelos nortes americanos. Com elas havia vindo Abraham Erskine, um famoso cientista inglês que tinha recebido a permissão de realizar experimentos de sua nova criação em alguns novos soldados do exército. Segundo ele, se seu produto funcionasse, a guerra já seria ganha pelos aliados. Alguns soldados americanos enviados para a Inglaterra também voltavam em outros dois aviões. Não sabiam ao certo porque estavam voltando, mas a verdade é que substituiriam aqueles que morreram em combate. Ainda que tivessem saído vitoriosos, os aliados haviam perdido muitos combatentes.
— Vamos chutar a bunda desses nazistas, Peggy — sorrindo, entrelaçaram os braços e caminharam pelo extenso campo de pouso, entrando no carro que preparam para levá-las até o centro militar.
Annabeth, como a boa observadora que era, não perdeu sequer um detalhe do novo lugar. Apesar de simples, era tudo mais lindo e caloroso que a Inglaterra. As ruas possuíam bastante movimento, principalmente de crianças com suas brincadeiras, e isso trouxe recordações suas de quando ela e Peggy eram menores. Antes de Anna ser adotada, diversão não era uma palavra em seu vocabulário. Passava a maior parte do tempo questionando-se sobre o porque de seus pais biológicos terem a abandonado. Gostava de pensar que, por ter nascido em época pós-guerra, a destruição e a pobreza causada em Warwick, sua cidade natal, levou seus pais a abandonarem no orfanato que havia sido o único lugar pouco destruído naquele tempo.
Como se lesse os pensamentos da irmã, Peggy perguntou:
— Lembra de quando subimos no telhado de casa e pulamos de lá pensando que nossas capas nos fariam voar? — As duas não conseguiram segurar a risada. — Acho que meu pulso ainda dói por causa disso.
Quando Anna saltou com sua capa vermelha e Peggy saltou em seguida com sua capa roxa, a morena tentou se proteger da queda com as mãos, levando uma fratura no pulso esquerdo, e a loira chegou ao chão com os pés, causando uma torção dolorosa nos dois pés.
— Para duas crianças bastante inteligentes, fomos muito bobas aquele dia — as duas continuaram a rir, lembrando do desespero de Hayley e George ao chegarem na casa. — Acho que por isso tenho tanto medo de altura.
