Capítulo 13

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— Estavam só você e a Tory? — Ela perguntou cruzando as pernas e ficando de frente pra mim na cama.

— Não, os pais dela também junto com a Alexa e a Ash!

— Claro que Alexa não perderia a chance! — Ela sorriu sem humor.

— Claro que não! — Concordei achando graça.

— Então... qual o nome dele?

— Ele?

— Seu irmão.

— Chris!

— Ele parece legal! — Ela estava acabando de comer.

— E ele é! — Sorri orgulhosa.

— Eu tinha uma irmã mais nova também! — Camila olhava para o prato agora vazio, mexendo nele com o garfo. — Sofia, um neném gordo e bochechudo! — Ela respirou fundo antes de continuar. — Ela também foi assassinada com meus pais!

— Acharam quem fez isso com eles?

— Não! — Ela negou. — Mas eu vou encontrar! — Disse séria.

— E isso? — Toquei leve no seu rosto, ela se calou. — Foi a Normani? — Perguntei.

— Não! — Ela riu parecendo realmente achar graça. — Normani é... você não entenderia! — Ela balançou a cabeça negativamente.

— Tenta me fazer entender!

— Okay! — Ela tirou o prato entre nós. — Quando Sofia nasceu eu tinha 10 anos e eu não sabia muito bem o que fazer, como ser irmã mais velha e era muito tímida.

— Você? — Perguntei ironizando.

— Não ri, é sério! — Ela sorriu. — Eu era tímida, mas um dia minha mãe foi até a casa da vizinha e eu percebi que Sofia tinha vomitado e estava se engasgando, então eu sai correndo e gritando pela vizinhança inteira até achar minha mãe, Normani é como a irmã mais velha sabe? Ela simplesmente sabe o que é certo fazer, mas nem sempre gosta de fazer.

— Entendi, viu? Não é tão difícil falar a verdade!

— Com você as coisas parecem mais... simples!

Ela me encarou, seu rosto se aproximou do meu eu sabia o que ela ia fazer e eu queria, senti meus lábios serem tocados com delicadeza pelos os dela e imediatamente senti meu corpo se arrepiar inteiro, era como se quanto mais perto Camila chegava de mim, mas meu corpo queria ir de encontro ao dela, senti minha respiração ficar ofegante quando passei minha língua pelos seus lábios, logo o beijo foi ficando mais profundo e intenso, senti meu coração pulsar na minha garganta ao notar que ela foi jogando seu corpo cada vez mais em cima do meu, me inclinei para trás sentindo seu peso aumentar em cima de mim de um jeito bom, quando dei por mim ela já estava completamente em cima de mim, sustentando seu corpo com as pernas e braços nas laterais do meu corpo, minha mão subiu pela sua coxa indo parar em seu quadril, apreciando o caminho quente por onde percorri.

— Aí! — Ela soltou e eu lembrei dos hematomas.

— Desculpa! — Pedi ouvindo só nossas respirações ofegantes entre nós.

— Tudo bem! — Ela voltou a colar sua boca na minha, eu separei.

— É uma boa hora para falar que sou virgem? — Perguntei insegura a fazendo me olhar de boca aberta ainda tentando respirar direito.

— É... — Ela parecia pensar sobre o que eu havia acabado de dizer. — ...quer que eu pare?

— Você quer parar? — Perguntei.

Ela sorriu de forma provocativa, mordeu meu lábio e o deixou entre seus dentes me fazendo sentir uma dorzinha deliciosa me desestabilizando completamente e me fazendo arfar, ainda mais quando a senti rebolar em cima de mim, minhas mãos apertaram sua cintura com firmeza e possessividade, algo em mim parecia gritar seu nome, meu corpo parecia chamar o da latina e querer cada vez mais o dela, ergui sua blusa e ela me ajudou a tira—la, dava para ver os hematomas, ela me encarou, toquei eles devagar e depois a encarei também, seu olhar estava incerto sobre isso, então puxei seu rosto pra mim e colei sua boca na minha para sanar suas duvidas e a minha vontade, ouvi meu celular tocar, olhei no canto da cama onde ele estava, Camila desceu a boca pelo meu pescoço me fazendo não conseguir ficar com os olhos abertos com aquela sensação gostosa dela mordendo, o celular parou de tocar, mas voltou a tocar, me obrigando a voltar para a terra.

— Camz espera! — Pedi com a voz mole.

— Não Lolo!

— O celular Camila! — Pedi novamente e ela caiu derrotada com a cabeça no meu pescoço, me estiquei tentando pega-lo, mas não alcançava. — Camz...! — Ela entendeu e rolou para o lado saindo de cima de mim, olhei e li o nome da Dinah no visor, olhei para Camila que estava com um bico parecendo criança, resolvi atender. — Alô?

— Lauren? — Ouvi a voz da morena. — Desculpa, estava dormindo?

— Não! — Respondi olhando para Camila que me olhou e revirou os olhos.

— Desculpa ligar essas horas, mas você sabe da Camila? — Sua voz soou temerosa do outro lado da linha.

— Espera! — Estendi a mão com o telefone para ela. — É pra você!

— Não quero! — Disse parecendo uma criança birrenta.

— Camz atende! — Eu disse e ela nem se mexeu, coloquei o celular no ouvido dela.

— Oi? — Ela disse sem humor, dava para ouvir a voz da outra gritando no telefone. — Não Dinah... Eu sei... Ahaam... Eu não estou te amando muito nesse momento também Dinah Jane Hansen — Ela disse com desdém. — Tchau Dinah! — Ela me olhou. — Pode desligar senão ela não vai parar de falar!

— Tchau Dinah! — Eu disse antes de desligar na cara da morena me fazendo ficar um pouco culpada por isso. — O que ela queria?

— Além de estragar o melhor momento que eu tive na vida? Brigar comigo! — Disse fazendo bico que me deu vontade de morder, mas me segurei. — Essa ingrata, depois de eu sofrer por ela!

— Sofrer por ela? — Não entendi.

— É que... — ela respirou novamente.

— "É complicado" — A imitei.

— É! — ela concordou me deixando brava.

— Sempre é! — Suspirei inconformada revirando os olhos.

— Mas a gente pode continuar o que estávamos fazendo!

— Não quero! — Disse sentindo que agora a criança birrenta era eu.

— Quer que eu vá embora? — Ela perguntou.

— Não também!

— E o que você quer fazer? — Ela parecia não entender.

— Dormir Camila Cabello, dormir! — Eu me levantei, peguei uma roupa no guarda-roupas e fui para o banheiro me trocar por mais idiota que isso fosse já que a minutos atrás ela estava com suas mãos pelo meu corpo todo, quando voltei ela já havia vestido o moletom de novo e estava sentada na cama, sai marchando pelo quarto, coloquei o prato no chão e deitei na cama.

— Tem certeza que não quer que eu vá embora?

— Vem aqui Camila! — Pedi direta, ela veio. — Deita aqui! — Bati com a mão ao meu lado e ela deitou.

— Tem certeza? — Ela perguntou e eu a olhei cerrando os olhos. — Okay! — Ela deitou virada para mim.

— Vira pra lá! — Pedi agora com um pouco mais de gentileza.

Ela virou e eu a abracei por trás e a ouvi suspirar antes de entrelaçar seus dedos aos meus, respirei fundo sentindo o seu cheiro em seu cabelo, eu estava meio inquieta, mas algum tempo depois percebi que sua respiração havia ficado mais profunda e sua mão já não segurava a minha tão forte, ela tinha dormido, acabei dormindo depois dela.

Eubem que podia ter acordado com a claridade entrando pela janela como uma pessoanormal, mas acordei ouvindo a voz da Alice e ela entrando no meu quarto, dei umpulo lembrando que a Camila havia dormido ali, mas olhei e ela não estava maislá.

Lua Negra(CAMREN)Where stories live. Discover now