Capítulo 18

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          Dylan

    Megan não saía da minha cabeça, seu gosto não saía dos meus lábios, seu jeito amargo de ser me irritava as vezes, mas confesso que adorava vê-la brava. Realmente ela não se parecia nada com aquela garotinha que se criou correndo comigo pelos campos, mas era incrível como o sentimento que sentia por ela, permaneceu por todo esse tempo, meu primeiro e único amor.
         Hoje tive uma amostra que talvez eu estou indo pelo caminho certo, pela primeira vez vi que ela se incomodou com a presença de outra mulher ao meu lado, sinal que sentiu um pontinha de ciúmes. Sei que não deveria me sentir feliz por isso, pois quero que ela confie em mim, mas ver ela daquele jeito renovou minhas esperanças.
            Lizzie e eu tivemos um relacionamento rápido no passado, coisa de dois meses mais ou menos, mas hoje somos bons amigos. Na verdade, nunca a amei de verdade, apenas aceitei porque seu pai sempre foi muito amigo da família, e Lizzie e ele  insistiram muito, e lá no fundo eu achava que podia realmente começar a gostar dela, mas isso nunca aconteceu.

      Já se passavam das sete e meia da noite, acabo de ajeitar os cavalos no estábulo, uma chuva fraca começava a cair lá fora, adorava esse cheiro de terra molhada.

- Senhor Dylan, até que enfim encontramos você.- Fala seu Hélio que trabalhava na fazenda dos Cooper.- Estávamos todos enlouquecido a sua procura, o senhor é o único que talvez pode nos ajudar.

- O que aconteceu?- Pergunto preocupado.

- A senhorita Megan.- Fala tomando fôlego, meu coração dispara.- Pensávamos que talvez ela estivesse com o senhor, pois Donna disse que ela queria ir pra cidade resolver umas coisas e sugeriu então vir pedir um de seus carros emprestados, já que o dela está com problema.

       Então era isso, foi por isso que ela veio até aqui, deveria ter desconfiado.

- Ela esteve aqui sim, mas não falou o que queria e também não insisti.- Digo nervoso.- Ela deve de ter ido a cavalo, tranquilize todos lá, que eu estou indo agora mesmo procurá-la.

       Hélio apenas concorda, saio correndo dali, indo até a garagem pegar a caminhonete, precisava encontrá-la. Era tudo culpa minha, eu não deveria tê-la irritado, deveria ter insistido com ela.
           Acelero o carro, sentindo as pedras da estrada de chão levantarem por onde a caminhonete passava. A chuva estava ficando cada vez mais forte, começo a pensar onde ela estaria, rezando mentalmente para Megan estar bem.
         Chego na cidade em tempo recorde, ando lentamente pelas ruas olhando para todos os lados na esperança de encontrá-la. Vejo um cavalo Bragado, embaixo de uma árvore, era o mesmo cavalo que Megan apareceu hoje lá em casa. Paro o carro, ela deveria estar por perto.
         Desço correndo na chuva, observando que o cavalo estava parado quase em frente ao "Sky Night bar", que era de um conhecido meu. Entro no local que estava bem movimentado, mas mesmo assim não consegui encontrar Megan, vou até o balcão tentar saber alguma informação.

- Dylan, quanto tempo cara?!- Fala Tom vindo me atender.

- Pois é cara, falta tempo para isso.- Digo com um aperto de mão.

- Mas e aí, o que vai pedir hoje?- Pergunta alegre.

- Na verdade nada, preciso de uma informação.- Digo sério.- Por acaso não passou por aqui uma mulher de mais ou menos vinte e dois anos, loira, cabelos ondulados abaixo dos ombros, de olhos claros?

      Ele pensa por um instante, fazendo um estalo com o dedo.

- Claro, passou sim, mas já faz bastante tempo, foi no meio da tarde.- Responde lembrando.- Ela tomou dois Martini, depois até pediu uma garrafa inteira de whisky, até tentei negar, mas ela parecia bem insistente, então para evitar escândalo vendi a garrafa para ela.

Jogadas do DestinoWhere stories live. Discover now