Capítulo 2

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      Acordo com batidas fortes na porta, que ódio, para variar começo meu dia bem hoje, e sem falar da maldita dor de cabeça que eu estava, acho que bebi demais.

- Quem sabe quebra logo a porta logo, inferno.- Grito me sentando na cama.

      A porta se abre e por ela entra meu pai, só podia ser mesmo, delicado feito um coice de cavalo.

- Onde estava ontem a noite? Nem vi a hora que chegou em casa.- Pergunta cruzando os braços.

- Bom dia para você também.- Falo dando um sorriso forçado.- E respondendo a sua pergunta, acho que não é da sua conta, já tenho 22 anos, esqueceu?!

- Tudo bem, não vou discutir.- Fala respirando fundo.- Arrume suas malas, estamos indo para a fazenda do seu falecido avô em Fredericksburg  no Texas.

       Olho para ele soltando uma gargalhada, que piada.

- Mas não vou mesmo.- Digo dando as costas.- Vai você se quiser.

- Você vai sim, não tem escolhas.- Fala me olhando seriamente.- Afinal, você precisa conhecer seu futuro marido.

     Olho para ele sem acreditar no que estava escutando, eu só podia ter ouvido mal, ou ele estava ficando maluco.

- Você está louco?- Pergunto o olhando.- Ou bebeu?

- Nunca falei tão sério em toda a minha vida.- Fala calmamente.- Não aguento mais ver você agindo dessa maneira com todo mundo, andando com caras errados, homens casados, você precisa mudar, e para isso estou disposto a tudo.

- Você não pode fazer isso Oscar, você não manda em mim.- Grito com raiva.- Eu não vou a lugar algum, e muito menos me casar com um desconhecido.

- Você não tem escolhas.- Diz me olhando.- Está na hora de você acordar para a vida, estou farto de todas essas tuas loucuras, você precisa mudar.- Fala indo até a porta.- Ou é isso, ou adeus empresa, carros de luxo, cartões de créditos, adeus herança, enfim, adeus vidinha boa.

- Eu te odeio.- Grito vendo ele sair do quarto.

            Eu não podia acreditar que o meu pai chegou nesse ponto, sabia que a gente nunca se deu bem, mas me obrigar a casar com um desconhecido, isso era demais. Precisava descontar minha fúria em algo, pego um vaso de flor que estava sobre a penteadeira, e o jogo contra a parede o vendo se partir em mil pedaços.
            Caminho de um lado pra o outro, raiva era o que me descrevia naquele momento. Sinto um nó se formando na minha garganta, uma vontade louca de gritar, só podia ser um pesadelo.
           Escuto a porta se abrir lentamente, e braços confortáveis me abraçarem, tento me manter firme.

- Eu sempre vou estar aqui, você sabe disso, menina.- Fala Donna.

- Ele está louco.- Digo com fúria.

- Eu sei que talvez seu Oscar, tomou uma decisão precipitada, mas ele te ama muito, e está fazendo isso apenas para o seu bem.- Diz ela acariciando meus cabelos.

- Percebi.- Digo irônica.- Mas não vou a lugar algum com ele, não vou mesmo.

          Donna me olha, respirando fundo e pegando minha mão.

- Querida, sei que você não gosta de conselhos, mas vou te dar um.- Diz calma.- Minha avó sempre dizia, á males que vêm para o bem. Talvez isso não é aquilo que você queria no momento, mas que talvez lá no futuro você vai agradecer por isso.

- Nunca irei agradecer, isso o que meu pai está fazendo não tem perdão.- Falo com raiva.

- Sabe, antigamente os casais era formados dessa maneira, os pais é que escolhiam, e por ironia do destino ou não, os casamentos duravam bem mais que hoje em dia, sabe porque?- Questiona ela me olhando.- Por que o casal aprendia a lidar com os defeitos um do outro, que quando algo se quebrava eles tentavam consertar.- Diz sorrindo.- Desejo, paixão, podem até nascer a primeira vista, mas amor, esse é conquistado com o tempo, com o companheirismo e o convívio.- Fala acariciando minha mão.- O maior erro dessa geração, é achar que o amor é perfeito, pois ele não é. Ele é como um diamante que tem que ser lapidado.

- Belas palavras, mas isso não funciona comigo.- Digo me levantando.

- Seu pai nunca lhe entregaria a uma pessoa qualquer, que fosse te machucar.- Coloca a mão em meu ombro.- Me escuta menina, eu amo você como se fosse uma filha, a filha que nunca tive.

         Respiro fundo, odiava quando Donna fazia isso.  Vou até o banheiro, parando na porta.

- Tudo bem, posso até ir, mas se eu não for com a cara desse cara, ele que se prepare.- Digo parando na porta.- Estou fazendo isso, apenas para não perder meus interesses.

        Donna me olha com um sorriso, parecia estar satisfeita com minha decisão. Penso se tomei a decisão certa, será mesmo que tudo isso valeria o meu esforço?

       

    Olá genteee

      O que estão achando da história? Não sei porque mas acho que Megan não vai aceitar assim tão fácil não.

     Deixem seus comentários e estrelinhas, logo logo tem mais capítulos.

     Bjoos

Jogadas do DestinoWhere stories live. Discover now