- xi.

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gotham city, 1:22pm
rua lancaster, frente ao
orfanato da senhora fouler

               MADDIE OCEANS tinha superado o choque inicial de ser pega no flagra por Louis Duquense, mas quando ele abaixou a arma, outras perguntas bombardearam sua mente. Então ele realmente não estava envolvido nos esquemas de corrupção da delegacia ou isso fazia parte do jogo?

               — Louis? — Ela chamou.

               Ele parecia ter entrado em uma espécie de transe por longos segundos, mas a voz da garota o despertou.

               — O que aconteceu no dia em que Mitch foi morto? — Ele perguntou.

               — É uma longa história.

               — Temos tempo.

               A insistência dele se parecia cada vez menos com uma encenação e mais como uma genuína busca obsessiva pela verdade, então ela suspirou e organizou as palavras mentalmente.

               — Tudo começou na noite antes da batida.

               Foram longos minutos de um monólogo complicado. Era a primeira vez que falava sobre aquilo. O Capuz Vermelho sabia boa parte, mas ele não sabia de tudo. E agora havia alguém além de Maddie que sabia, pelo menos de 80% — achou melhor ocultar a parte em que concordou em roubar arquivos de casos específicos para o Capuz. Ela não tinha certeza de como se sentia sobre isso. E aparentemente, nem Louis.

               A expressão dele variou a medida que a história avançava. Quando Maddie disse que Mitch a convenceu a ficar com o dinheiro de Darius, ele levantou as sobrancelhas, surpreso; quando ela contou que Mitch, na verdade, ia matá-la porque ela queria devolver o dinheiro e o Capuz Vermelho a salvou, parecia que se ela dissesse que um alienígena atirou em Mitch, ele ficaria menos chocado. Ela finalizou contando que ajudou o vigilante a fugir e que ela suspeitava que toda a delegacia era tão corrupta quanto o seu ex-parceiro morto.

               — Por isso ele não te matou. — Repetiu, esse parecia o detalhe que mais o surpreendeu.

               — E por isso eu o ajudei a fugir.

               — Acha que essa operação pra pegá-lo é porque ele sabe demais?

               — Acho.

               — Que merda. — Ele suspirou depois de um tempo em silêncio.

               — Posso ter minha arma de volta?

               L entregou a arma, só então Maddie confiou que eles estavam no mesmo barco.

               — Você confia nele? No Capuz Vermelho?

               Essa era uma pergunta que ela fazia para si mesma com cada vez mais frequência. Mas por algum motivo, quando L perguntou, ela respondeu fácil e espontaneamente:

               — É a única pessoa em quem eu confio no momento.

               Louis arqueou as sobrancelhas, como se tivesse ficado ofendido.

               — Você invadiu meu carro e roubou a minha arma. — Ela explicou.

               — É justo.

               Um sorriso ladeado deu a entender que ele realmente compreendia que Maddie não podia se dar ao luxo de confiar facilmente nas pessoas. Ela também sorriu, mas brevemente.

a heavenly way to die × jason toddWhere stories live. Discover now