Jauregui-Brooke

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Pov Lauren

Quando vi minha perna sangrando, tentei respirar e me acalmar. Minhas mãos suavam frio, meu coração começou a bater muito rápido, minha boca secou, começando a minha crise de ansiedade.

Eu tentava me acalmar como Ally sempre dizia, mas parecia não estar funcionando, quando dei por mim, ficou tudo escuro.

Abro os olhos devagar, sentindo a minha boca seca e tentando fazer os meus olhos se acostumarem com o quarto todo claro, dei por mim que estava em um quarto de hospital.

Tentei me mexer e senti uma dor horrível na perna, tentei me levantar sentindo minha cabeça latejar de dor. Minha perna estava enfaixada com uma tala, no meu braço tinha um soro. Suspirei exausta com o pouco de esforço que eu fiz.

Eu estava sozinha no quarto e só conseguia me lembrar que estava atrás de uma van escolar quando alguém atirou em mim, fazendo minhas pernas enfraquecerem.

- Que bom que acordou. - Um homem alto com jaleco branco diz assim que entra no quarto.

Deduzi ser o médico, não consigo formular nenhuma frase, minha boca está seca e meu cérebro parece não obedecer os meus comandos.

- Consegue me ouvir? - Perguntou e eu apenas assenti, balançando a cabeça devagar. - Lauren, você pode falar, certo?

- Sim. - Respondi em um fio de voz e sorri por ter conseguido falar alguma coisa. - Dói. - Apontei para a minha cabeça.

- Vou fazer uns exames. Se lembra de como veio parar aqui?

- Sim... Eu levei dois tiros. - Me limitei.

Estava me sentindo cansada e qualquer esforço que fazia para falar, minha cabeça latejava, parecendo ter um ensaio de escola de samba lá dentro.

- Certo, e ao cair você bateu a cabeça na guia da calçada. - Tirou uma lanterna clínica do bolso do jaleco, analisando os meus olhos. - Vou pedir alguns exames da cabeça e liberar os seus pais para entrarem. - Apenas assenti, me deitando de novo.

Alguns minutos depois do doutor sair, meus pais entraram no quarto, minha mãe parecia bem abatida. Ficamos conversando por um tempo e minha mãe avisou que Ally tinha ido para casa tomar um banho.

Segundo minha mãe, Ally não queria sair do meu lado nenhum segubdo e o nonno foi a mesma coisa. Imagino como a minha família e namorada ficaram preocupados, mas o risco fazia parte da minha profissão.

(♧♧♧)

Quase uma hora depois, Ally apareceu em meu quarto toda afobada, a latina chorava agarrada em meu corpo. Nunca tinha visto Allyson tão fragilizada assim, ela realmente tinha ficado preocupada.

Alguns amigos meus da polícia vieram me visitar e outros que não eram também, como Normani e mais alguns. Até o chefe George veio com Ariana no último horário de visitas, o que rendeu uma Allyson bicuda por ciúmes, mas logo eles foram embora e deixei claro para Ally que eu só tenho olhos para ela.

Tive que ficar quatro dias no hospital para me recuperar melhor, Ally tinha que ter viajado a três dias atrás, mas a mesma cancelou, ela não queria me deixar "sozinha" mesmo eu dizendo que não precisaria, Allyson sabe ser teimosa quando ela quer.

(♧♧♧)

- Allyson, eu estou confortável assim. - Eu disse enquanto Ally colocava mais uma almofada atrás de minhas costas.

- Eu só não quero que você sinta dor. - Fez um biquinho fofo, se deitando ao meu lado na cama.

- Eu sei amor, mas juro que eu estou bem - Dou um selinho na latina.

Aprofundo o beijo sentindo sua língua na minha, beijo o seu pescoço e chupo seu ponto de pulso, fazendo a latina arfar.

- Lauren...

- Shh, preciso de você amor. - Sussurro em seus lábios e mordo os mesmos.

- Lauren... Sua perna, você precisa de repouso. - Me empurrou com cuidado, me tirando de cima dela.

Bufo frustrada, era um saco não poder fazer amor com a minha futura esposa, quando eu me recuperar de vez, Allyson que me aguarde, pois passaremos horas ou dias nesse quarto, fodendo uma a outra.

- Quando isso aqui sarar. - Aponto para a minha perna, que está de volta encima da almofada. - Você não me escapa, senhorita Brooke. - Aperto sua coxa nua, Ally estava apenas com uma camisa grande e uma calcinha fio dental vermelha, que não estava me ajudando em nada.

- E eu não vou ser louca em querer escapar, senhorita Jauregui. - A mesma diz sorrindo cínica e beija meu pescoço.

- Não me provoque mulher. - Semicerro os olhos para a latina, que solta uma gargalhada.

Ficamos agarradas o tempo todo, assistindo um filme qualquer que passava na tv. Ally tinha feito pipoca com bacon e queijinho, tomávamos fanta uva. Confesso que estava mais prestando atenção em Ally do que no filme.

Ally era o ser humano mais lindo que existe no mundo, não só fisicamente, ela tem um coração lindo e puro.

O seu jeito de enxergar a vida, o seu jeito de sorrir feito uma menina doce, sua pose firme quando tem que ser, sua determinação e como ela cuida de mim.

Eu sou a pessoa mais sortuda que existe por ter essa mulher ao meu lado como namorada e eu não via a hora de ser chamada de Lauren Jauregui Brooke.

L. JAUREGUIWhere stories live. Discover now