Um Passado Digno da Realeza

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A Rainha não sabia o que responder. Não queria dar falsas esperanças para o menor, mas também não queria ser muito dura e jogar a realidade na cara da criança, por isso optou pelo silêncio.

Talvez seu filho só precisasse de um abraço e foi isso que recebeu como resposta de sua mãe, um abraço forte e acolhedor.


~ Um mês depois ~

— Katar foi atacada. — Henrique murmurou em um suspiro para a esposa enquanto a observava lendo na cama. O olhar da mulher se grudou no seu, carregada de apreensão e medo.

— O que? — Murmurou desconcertada encarando o alfa.

Aquela hora, seus filhos já dormiam e estava sendo difícil como o inferno pra Jungkook superar o luto do pequeno ômega que havia perdido.

Noah Baker, o herdeiro de Katar, havia batido em sua porta assim que Miles foi dado como desaparecido, o príncipe prestou suas condolências e ajudou Jungkook a sair do quarto, seu filho não aguentaria perder mais alguém tão importante em tão pouco tempo.

— Acabei de receber uma carta. — O rei murmurou cansado, parecia que a cada dia as coisas saiam mais do eixo. — Parece que o Baile de noivado de Noah saiu do controle.

Charlote rodou o medalhão em seu pescoço, apreensiva. Deus, eles haviam sido convidados para aquele baile e só recusaram o convite pelo estado deprimido que seu filho estava.

— Noah está bem? — Perguntou com medo da resposta, mas o marido concordou com a cabeça, como quem está cansado e preocupado demais para materializar em palavras. — O que está acontecendo afinal? Estão caçando os herdeiros ou algo do tipo?

— É o que parece. — Henrique suspirou, se sentando na ponta da cama, enquanto encarava a mulher. — Primeiro Burly e agora Katar... — Deixou no ar sua preocupação, que não passou despercebida pela mulher.

— Acha que corremos perigo?

— É uma suposição. — Afirmou, se recusando a deixar ela no escuro sobre os perigos que poderiam estar se aproximando. — Honestamente, não sei o que pensar. — Sua mão segurou o pé da esposa, acariciando com leveza e carinho.

Charlote sempre foi sua maior aliada naquela vida difícil. A ômega era brilhante e sempre parecia ter a resposta para situações em que Henrique acreditava estar perdido. Ela era sua amiga e sua companheira, seu refúgio de momentos em que tudo parecia desabar sobre sua cabeça. Ela era um lugar seguro.

— Se for o caso, temos que agir. Não quero que o próximo alvo seja os meus filhos. — Disse com seriedade, e ao olhar pra ela, Henrique soube que sua mente já buscava por uma solução.

— O que sugere?

A rainha pensou por um tempo, fechando o livro que segurava e se focando no problema.

— Acho que a única forma de impedir um ataque a herdeiros é se não tivermos herdeiros para serem atacados. — Murmurou perdida em pensamentos e ao sentir a pressão em seu pé, voltou a atenção ao marido.

— Está sugerindo mandá-los pra longe? — A pergunta era carregada de confusão e surpresa, porque Charlote jamais aceitaria ficar longe dos filhos.

— Não de verdade. — Afirmou com certeza. — Mandaremos uma carruagem vazia para fora do país, avisaremos a todos que os mandamos para parentes distantes, talvez para a França, para serem criados com os meus irmãos. — Henrique acompanhava a linha de raciocínio e concordava que aquilo poderia dar certo.

— E o que faremos com as crianças?

— Bom... — Sua voz morreu, tentando achar uma solução para manter os filhos por perto. — Servos tem filhos. Podemos... eu não sei, talvez se... — Não queria seus filhos sendo criados por outras pessoas e muito menos longe da sua visão. — O lorde Kim. — Anunciou exasperada, como se aquela fosse a solução.

Royals - Jikook | LIVRO 4 | MY ABO UNIVERSEWhere stories live. Discover now