Cool Cat // Roger Taylor (HIATUS)

27. Under Pressure

Emilly P.O.V

Harry havia acabado de estacionar o carro na frente de casa. Antes de descer, me despedi de todos e agradeci Julia e Mary por terem ficado no meu lado quando estava na praça. Roger nem se quer abriu a boca para falar comigo quando entramos em casa, apenas se sentou no sofá e soltou um longo suspiro. Ford, quando viu o seu dono, foi correndo para pedir um pouco de atenção mas era possível ver como o meu atual marido estava mal.

Talvez elas tivessem um pouco de razão. Não queria dar o meu braço a torcer pois sei que o que está por vir é muito pior do que estamos imaginando. Me sentei na outra ponta do sofá e fiquei olhando como o loiro estava destruído. Quando ele levantou a cabeça para me olhar me perguntou:

- Olha, se você quiser o divorcio, eu vou entender perfeitamente. Quem fez a merda fui eu e não você

Apenas concordo com a cabeça e o escuto chorar de novo, então me levanto e me sento mais perto dele e pego sua mão. Ele me olha assustado, com certeza não esperava isso de mim.

- Eu não vou me separar de você - falo enquanto limpo as lagrimas que escorrem de seus olhos. Quando ele chorava, a cor de seus olhos ficavam mais intensas. - Você se lembrou de alguma coisa quando ela estava falando?

- Lembrei de tudo, Docinho - ele assumiu - Lembrei que no dia do acidente, estava indo para casa de Freddie pra pedir um conselho de qual forma eu poderia te contar sobre o Félix, lembro que depois que eu descobri que aquela criança era minha, fiz questão de estar presente na vida dela. Dominique nunca me ligou para me contar, fiquei sabendo sem querer porque fui um dia na lanchonete que ela trabalha e o vi e então liguei os pontos.

Meu coração começou a se encher de amor ao ouvir o que ele estava falando. Ele imediatamente se assumiu pai daquele bebê e tentou recuperar o tempo perdido que perdeu desde quando seu filho nasceu. Ele estava fazendo o certo mas já Dominique, nunca nem se quer ligou para isso já que o seu foco sempre foi o dinheiro de Roger.

- Amor, eu não sei nem o que te responder - falo o encarando - Me desculpe por não ter acreditado em você logo no começo mas é que eu não conseguia parar de pensar em como você não tinha mudado e como isso me doeu e... e..

- Ei, não precisa pedir desculpas - ele fala me puxando para si - Eu entendo e eu também pensaria isso se fosse você mas quero que você saiba que o Roger que saia transando quase todas as noites com uma mulher diferente, morreu. Agora eu sou um novo Roger, estou mais velho e mais maduro e nunca que faria você sofrer de novo do mesmo jeito que te fiz.

Dar um abraço bem forte nele era a unica forma que eu achei para responder tudo aquilo que ele havia falado e de certa forma, comecei a me achei bem egotista pois até agora eu não havia parado para pensar em como ele devia estar arrasado. Não era assim que as coisas funcionam ainda mais quando se está casado. Você tem que ser por no lugar do outro, sem julgar o que está fazendo ou acontecendo, e tentar entender o que está sentindo e suas razões pelas quais chegou a tal ponto.

Ele estava tão assutado quanto eu com toda essa história e por isso não me contou de primeira. Depois ele me contou tudo que se lembrava, que quando a vi pela primeira vez com quando foi conversar com Mary sobre o pedido de casamento na tal cafeteria e que ele pediu pra ela não me contar nada pois ele queria me contar. Fazia muito sentido isso já que Mary não tinha nada a ver com a história e se ela me contasse, iria geral uma situação pior... Na verdade, acho que não seria pior do que está agora mas tudo bem.

Depois de me contar tudo detalhadamente, fui para cozinha fazer um chá para nós tentarmos relaxar um pouco. Ele ficou na sala brincando com o Ford, que parecia entender o que estava acontecendo e não saia de perto de seu dono por nada. Me sentei em seu lado e lhe entreguei a xícara. Tomamos nossos chás em um quase absoluto silêncio, se não fosse pelos miados de Ford.