Cool Cat // Roger Taylor (HIATUS)

2. White Queen (As It Began)

Estamos no outro lado a cidade em outro bar e todos estão rindo, bebendo suas cervejas e conversando sobre a vida quando Freddie fala:

- Viu, Emi? É bom você sair! Isso te faz bem, querida! 

- Juro que vou tentar sair mais- digo tímida

- Agora você vai ter que ver a gente tocando - diz Roger em um tom brincalhão - Nem que eu tenha que te buscar na sua casa - todos riem e eu não posso deixar de notar o olhar de Roger em mim. Aqueles olhos azuis fizeram as minhas borboletas voarem em meu estômago e fazia tanto tempo que eu não as sentia que não sei se isso é bom.

Já são mais de 3 da manhã e eu não paro de conversar com o pessoal, a conversa está muito boa. Em alguns momentos, acho senti Roger tentando ter algum contato comigo mas não tenho tanta certeza já que sou muito lerda nessas coisas.

Mary anuncia que vai ao banheiro e me chama para a acompanha-lá. Ela estava retocando seu batom na frente do espelho, que estava meio sujo, quando comenta:

- Roger está caidinho em você hein?

- Você acha? - pergunto criando um pouco de expectativas

- Claro que sim, amiga! Ele não tirou os olhos de você esse tempo todo. Você acha que eu não tô de olho em vocês dois? - ela perguntou olhando para mim através do espelho

- Ah, eu não sei, Mary. Acho que você pode estar se enganando - digo coçando a nuca e escondendo meu rosto que provavelmente esta todo vermelho.

- É muito nítido que ele está de olho em você! Até Freddie comentou comigo - ela se vira e me encara, o que me deixa um pouco intimidada a não pensar na possibilidade de Roger Taylor estar afim de mim

- Bom, se você diz... Quem sou eu para contrariar?- digo em um tom de humor para tentar quebrar meus pensamentos. Eu me iludo muito fácil e não quero criar expectativas nisso

Saímos do banheiro, voltamos para mesa e sinceramente, os meninos nem notaram que havíamos saído já que não paravam de conversar sobre o futuro da banda. FIco feliz em ver que em tão pouco tempo, já se deram bem. Estou tão cansada e dou graças a Deus que hoje é sábado e posso dormir até mais tarde.

- Sinto muito ser a chata da mesa mas eu realmente preciso voltar para casa. Estou muito cansada, a noite foi incrível mas eu realmente preciso ir dormir e além disso, está caindo muita neve essa madrugada - digo enquanto me levando da mesa

- Se quiser, eu posso te levar para casa - oferece Mary enquanto toma um gole de sua bebida

- Não precisa, amiga, obrigada - ela estava se divertindo e eu não poderia fazer isso.

- Meu deus, como o tempo passou! - diz Roger, do nada, olhando para o relógio no pulso - Também preciso ir para casa, tenho que ir trabalhar amanhã na clínica com o meu pai. Estou com a minha van, se quiser carona, Emilly - disse com um tom sugestivo 

- Será que não vai sair do seu caminho me levando pra casa? - realmente, eu não gostava de incomodar as pessoas

- Não se preocupe com isso! Tecnicamente, já estou fora da minha rota de casa - disse dando uma risada fraca - Deixe que eu te levo, estamos no outro lado da cidade mesmo - diz dando de ombros. Apenas concordei, nos despedimos dos meninos e quando eu fui dar tchau para Mary, ela sussurra:

- Definitivamente, ele está afim de você

Saio rindo e negando com a cabeça de seu abraço e então sigo Roger até sua van. Ela era preta com banco de couro branco.

- É aqui que vocês levam os instrumentos?- pergunto puxando assunto

- Sim, essa van salva nossas vidas - rimos - Hey, você está tremendo! Deve estar morrendo de frio - eu não tinha notado o meu estado e quando vejo, Roger tira sua jaqueta e coloca em mim

- Não precisa! Você vai congelar sem ela - digo em um tom preocupado

- Eu tenho um casaco aqui - diz enquanto tira o de dentro do automóvel

Dou um sorriso fraco em forma de agradecimento e ele retribui então entramos em sua van. Ao longo do caminho, vamos conversando sobre coisas da vida e vou lhe conduzindo para a minha casa. Quando chegamos ele desce, abre a minha porta e me ajuda a descer.

- Você quer entrar? A neve está piorando.

- Seus pais não vão achar ruim?- pergunta preocupado

- Já devem estar dormindo - digo dando de ombros

- Então tudo bem - diz abrindo um sorriso tímido

Abro a porta com cuidado e um pensamento vem em minha cabeça: O que eu estava fazendo? Eu acabei de conhecer o Roger e já estou o colocando dentro de minha casa mas ele tinha sido tão fofo e cuidadoso comigo que eu não podia mandar ele ir embora agora

- Aceita um chá? - pergunto

- Sim, por favor.

Então vou para a cozinha e ele me segue se sentando no balcão enquanto me observa pegando o bule térmico que estava com água aquecida e a camomila para fazer o chá.

- Eu acho que vocês vão adorar ter o Freddie na banda - digo enquanto coloco o chá em uma xícara.

- Ele tem uma voz incrível mas o que estraga são os dentes dele... Não fazem nenhum sentido com o nome da banda - diz dando um gole em seu chá - Se ele quiser, posso arrumar aquele sorriso.

- Com toda certeza do mundo ele não vai querer arrumar os dentes dele. Ele sofreu muito bullying por conta disso e hoje ele se aceita do jeito que ele é - digo e vejo que deixei Roger sem graça - Mas vocês podem mudar o nome da banda, o que acha ?

- É... É uma opção

Dou um sorriso leve, pego minha xícara e sento ao seu lado. Apenas a luz da cozinha estava ligada e aquele breu deixou seus olhos mais azuis do que o normal.

- Vocês vão precisar de um baixista também, né?

- Pois é, perdemos um cara que era dois em um - rimos - Mas hoje, depois que sair do consultório, eu e Brian vamos atrás de algum um cara que toca.

- Tenho certeza que vocês vão achar rápido - digo colocando a minha mão em seu ombro fazendo com que ele olhasse diretamente aos meus olhos. Eram tão azuis que me lembravam o azul de uma piscina em dia ensolarado.

- Bom - ele toma o ultimo gole de seu chá - Eu realmente preciso ir, Emilly.

- Pode me chamar de Emi.

- Emi - diz dando um sorriso - Muito obrigado pelo chá.

- E muito obrigada pela carona Roger.

- Rog - diz me cortando - Você pode me chamar de Rog já que eu posso te chamar de Emi.

Dou um sorriso de canto de boca, me levanto e o levo para a porta.

- Tchau, Emi. - diz me dando um beijo na bochecha

- Tchau, Rog.

Ele entra em sua van, liga e então segue seu caminho na rua escura e fazendo com que o perca de vista. Subo para meu quarto, tiro a roupa e percebo que fiquei com a jaqueta dele então a deixo de canto para que eu possa lavar e o devolver depois já que vamos nos ver com maior frequência, coloco meu pijama e deito em minha cama mas parece que o sono é algo que eu nunca tive já meus pensamentos vão ao baterista que foi extremamente cuidadoso comigo hoje e para as palavra de Mary: Será que ele está afim mesmo? Odeio quando me colocam uma pulga atrás da orelha por que não paro de pensar nas hipóteses mas durante todos os meus pensamentos, acabei adormecendo.