Epílogo

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Lorenza

Tomava uma caneca de café quando escutei um grito vindo de dentro do quarto. A minha oncinha gritava por mim.

— O que foi amor?

— Eu quero todos os seus strappons aqui na minha frente agora, doutora LORENZA ROMAGNA! Eu não estou pra brincadeiras... – a minha oncinha estava transtornada vestindo apenas um babydollzinho apertadinho que era um pecado! Diacho... Ela estava gostosa demais. Os Montes Everests gigantescos pulavam e pareciam que queriam rasgar o tecido. A minha boca aguou e eu perdi o fio da meada, olhando o quão linda era a minha mulher. — LORENZA!

— Pra que isso, coração? – me aproximei, com cuidado, da Barbie Sexy Psicopata que me olhava, quase espumando pela boca feito boi com aftosa...

— LORENZAAAAAAAA, CORAÇÃO É O CARALHOOOO!!! Sua safada sem vergonha! Me respeita que eu não sou essas suas chiranhudas NÃOOO!!!

— Calma, amor, isso não vai fazer bem para voc...

— Então não me irrita! Cadê seus strappons? Quero todos aqui, JÁÁÁÁ!

— Calma, vou pegar o da Lindinha e o do trailer – Eita diacho... Onde mais eu deixei... — O resto está ai... – disse apontando. Ela só podia estar possuída, se colocou na minha frente com o dedo em riste.

— Por que tem um no carro, LO-REN-ZA??? – deu um passo na minha direção e eu dei dois pra trás. "Ai céus, ela fica um Tzão bravinha assim! Linda com esse baby-doll atoxadinho por conta dos 14 quilos a mais! Eita... Tomara que ela não leia isso!"

— Amor, é o de emergência... Lembra? Nós usamos na semana passada lá na beira da estrada... – ela arqueou a sobrancelha, colocou as mãos na cintura redonda, e eu sai correndo para pegar os objetos.

Eu só queria saber o que estava acontecendo. Voltei em menos de cinco minutos.

— Pronto, dona onça. Está aqui. Pra que você quer eles?

— LORENZAAAAA, VOCÊ NÃO ME PROVOCA! Puta merda! Eu vou pôr fogo, Lorenza, que é pra você aprender a deixar de ser safada – ela se sentou na beirada da cama e puxou todos os strappons para perto dela, os abraçou e caiu no choro. Me ajoelhei ao lado dela, tentei abraça-la, mas ela me empurrou. Colocou as mãos no rosto.

— Como você pode fazer isso comigo?! Eu confiei... – chorava de soluçar. Aquela cena seria cômica se não fosse tão trágica.

— Amor, olha pra mim. Pelo amor de Deus, me fala o que aconteceu, linda. Eu não estou entendendo nada... – se deitou em cima dos strappons soluçando alto...

— Eu... Eu sonhei que... que... Você estava co...cococomendo aquela piii...pi... Piranha da sua ex pegueteee... – finalizou soluçando.

— Qual delas amor?

Como fui infeliz ao perguntar aquilo sorrindo... Ela me olhou com uma ira que juro que me deu medo. Serrou os olhos e antes que eu conseguisse me levantar, ela pegou o poderoso Thor e começou a me bater. Eu não conseguia parar de rir, e quanto mais eu ria mais ela me batia. Como não rir dela me batendo com um pênis enorme de silicone? Não tinha como...

Quando consegui correr para uma distância segura, ela começou a tacar eles em mim! Eu me defendia como podia, mas a danada era boa de mira. Por um momento me perguntei pra que tantos strapons assim. E ela gritava enquanto os atirava em mim... Um a um...

— VOCÊ NÃO PRESTA... VOCÊ NÃO VALE O AR QUE RESPIRA... MALDITA HORA QUE EU ACEITEI ME CASAR COM VOCÊ... COMO FUI LOUCA DE CARREGAR UM FILHO SEU... PUTA MERDA MEU!

Amor Animal (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora