III - Novos Rumos

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Katie

Ser levada para a delegacia infelizmente tinha se tornado uma rotina, mas não de forma obrigatória isso era novidade. Eu não tinha a intenção de machucar ninguém, muito menos o Billy, aconteceu de forma involuntária. Eu queria ter contato com a Maggie, mas não era possível pois ela estava em outra sala que eu não tinha contato. Não foi preciso chamar meus pais, o policial entendeu com facilidade que eu não tive a intenção e uma ligação do hospital confirmou isso, o Billy já tinha acordado e confirmou que foi tudo sem querer. Isso me aliviou bastante, bastante mesmo. Levantei-me da cadeira daquela sala e fui andando nos corredores em direção a saída, mas enquanto eu estava caminhando a porta da sala que a Maggie estava foi aberta, desabafando os sons de gritos e choros que estavam naquela sala, vi enfermeiros segurando a Maggie que gritava muito, sua mãe, o Policial Jeff e outros, entendi tudo. Eles estavam pensando que a Maggie estava maluca, ela já tinha um histórico de crises, mas por um momento me senti na pele dela. Espontaneamente ela olhou para trás e me viu.

- Katieeee, Katieeeeee! - Ela gritava e tentava permanecer olhando para mim enquanto era levada pelos braços por três enfermeiros musculosos - Não fale nada com ninguém do que você viu, das coisas estranhas que estão acontecendo com a gente, eles não vão acreditar, ELES NÃO ACREDITAMMM na gente - As lágrimas dela escorriam pelo rosto o desespero era notável.

Outros policiais correram e amenisaram o tumulto que estava dentro da delegacia e só deixaram eu sair daquele local quando a Maggie foi colocada em uma ambulância e levada, mas não saí... Vi que a mãe da Maggie e o policial Jeff entraram em uma sala, e mais uma vez tive uma atitude que não deveria, entrei sem permissão na sala que eles haviam entrado.

- A é? Sério isso? Seus COVARDES!!! - Entro, gritando.

A mãe de Maggie levanta da cadeira que estava sentada de frente para o Policial e permanece ao lado da cadeira olhando para mim.

- Como você pôde? - Minhas lágrimas começaram a escorrer. - Como uma mãe pode abandonar uma filha desse modo? Como você pode acreditar que ela fez todos aqueles machucões para chamar atenção? Você deveria ser desconstituída do cargo de mãe.

- Katie! Você não poderia ter entrado aqui nessa sala desse modo, é infração grave.

- ISSO É GRAVE? GRAVE É TER DIVERSOS POLICIAIS PATÉTICOS AQUI DENTRO, QUE PREFEREM COLOCAR A CULPA EM ADOLESCENTES VÍTIMAS DO QUE ASSUMIR A INCAPACIDADE DE SEREM BONS PROFISSIONAIS.

No momento do meu grito o policial Jeff levanta da cadeira, coloca seu braço em minha direção e está caminhando lentamente eu começo a dá uns pequenos passos para trás.

- Não se aproxime. Não confio mais em vocês... Não confio mais em ninguém. Vocês merecem morrer como todos os outros morreram. 

- Isso é uma ameaça? - Pergunta o Policial.

- Não sei Jeff. Já não sei mais o conceito de ameaça, mas hoje esse conceito está muito mais perto de ter relação com a polícia. - Dou às costas, abro a porta e a bato. Vou embora daquele local.

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