CAPÍTULO 26

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Narrado por Lucas.

NAQUELE momento senti-me culpado por saber que de alguma forma  fui responsável pela tristeza de Aníbal. Talvez se eu pudesse impedir que ele sofresse eu o faria, porém infelizmente eu não tinha esse poder.

A única certeza que eu tinha é que ele não merecia passar por aquilo, à vida já estava à ser muito dura com ele e tudo o que ele precisava era de mais momentos de felicidade e alegria.

                             ***

Virei para trás, e me deparei com o enorme palácio, naquele instante me dei conta da beleza da arquitectura daquele lugar. O palácio parecia aqueles castelos dos filmes da Disney com alguns toques medievais, o mesmo era feito de pedra e parecia ter sido construído à muitos e longos anos. Ao reparar mais ao redor acabei me deparando com uma torre extremamente alta do lado esquerdo do castelo.

A mesma tinha apenas uma pequena janela no seu topo e bom, aquilo despertou minha curiosidade.

__  Como será que deve ser lá dentro? __ murmurei me questionando.

Acho que não seria nada mau ir lá ver enquanto espero pelo Philips __ pensei.

Comecei a caminhar em direcção da enorme torre à passos lentos e cuidados, pois eu não poderia deixar que um guarda me visse à andar por ali, pois eu corria o risco de ser preso por Invasão de propriedade.

Ao chegar diante da torre, fiquei ainda mais maravilhado. Pois acabei constando que à mesma era mais alta do que eu pensava.

__ Meu Deus, o que é isso __ murmurei.

Eu preciso entrar aqui __ pensei.

Comecei à dar à volta à torre em busca do que seria à porta da mesma. Até que achei à mesma e era feita de ferro e aparentemente era antiga , à mesma estava trancada com um cadiado enorme  que pelo designer também era antigo.

__ O que será que têm aqui dentro para estar trancado assim desse jeito? __ Me questionei enquanto apalpava o cadiado.

Bom, de qualquer forma eu nunca saberei afinal de contas isso está bem trancado __ pensei.

Dei-me por vencido, virei as costas para ir embora daquele lugar, até que algo ouvi um som inesperado fazendo com que eu virasse de imediato para trás. Feito isso olhei ao chão e me deparei com o cadiado caído .

__ Não pode ser __ exclamei.

Rapidamente corri até ao cadiado, me agachei para pega-lo no que acabei constando que o cadiado na verdade não estava devidamente trancado e de tanto cutuca-lo o mesmo soltou-se.

Essa é a minha chance de saber o que têm aí dentro __ pensei.

Rapidamente destranquei e abri a porta, à puxei com toda a força que eu tinha pôs à mesma era extremamente pesada. Minutos depois eu estava dentro da torre, à mesma era escura e gélida, tirei o celular do bolso e liguei à lanterna e a imagem que tive foi de paredes repletas de teias de aranhas, e uma escada de pedra que levava até ao topo da torre.

Não pensei duas vezes e logo comecei à subir os degraus das escadas com todo o cuidado para evitar fazer barulho, e no fundo eu estava com um certo medo,  meu coração batia forte como se fosse saltar à qualquer momento pela boca, mais ainda assim eu queria ir até ao fim e assim faria até alcançar o meu objectivo.

Ao chegar no topo da torre, me deparei com uma cela, o cheiro forte e náuseabundo naquele lugar era extremamente forte, à passos lentos começei à me aproximar à cela e quando lá cheguei, comecei à iluminar a luz da lanterna de um canto para o outro, até que me deparei com algo que fez-me focar inúmeras vezes.

__ O que é isso meu Deus? __ indaguei boquiaberto.

Tinha uma espécie de cama de pedra e nela tinha um homem deitado de costas, o mesmo era negro e estava extremamente magro, seus ossos das costas estavam visivelmente notáveis.

O mesmo estava pelado e gemia de frio e acho que de fome também.

__ Ei! Quem é você? Porque você está aqui? __ indaguei aflito em tom baixo, porém o homem nada respondia e só gemia.

__ por favor, fale comigo eu só quero ajudá-lo, você não precisa ter medo.

Naquele momento com certa dificuldade o homem levantou, olhou para mim e rapidamente correu até às grades em minha direcção.

__ Quem é você? __ perguntei.

Às lágrimas começaram a escorrer dos seus olhos. Ele estava desesperado e sem forças.

__ Eu estou preso aqui à 20 anos, e não aguento mais, por favor me mate ou me ajude à sair daqui, eu já não suporto  __ suplicou.

__ O quê?

Naquele instante comecei à analisá-lo até que meus olhos travaram em um colocar que estava preso ao seu pescoço.

__ esse colar eu já vi em algum lugar __ murmurei tentando forçar minha memória, até que lembrei do dia do show quando tropeçei em Bruno e puxei o colar que ele trazia.

__ CLARO, eu vi um colar idêntico a esse, ele é igual ao do Bruno

Naquele instante o homem arregalou os olhos.

__ BRUNO, BRUNO, você conhece o meu irmão? __ indagou o homem.

__ Seu irmão?

__ Sim, eu tenho um irmão chamado Bruno e ele também têm um colar igual ao meu, que nos foi dado por nossa mãe quando éramos crianças.

__ O que? Qual é o seu nome...

__ Amadeu
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.continua...


Amar-te Em 15 Dias Where stories live. Discover now