CAPÍTULO 15

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Narrado por Lucas.

A feição no rosto de Bruno estava extranha até mesmo indecifrável, parecia que havia acontecido alguma coisa que o tinha afectado. Notei que seu olhar estava direcionado em Philips, Bruno o analisava de cima à baixo e talvez aquela atitude se devesse ao facto de Philips ser o príncipe. Pelo menos era naquilo que eu prefiria acreditar.

                            ***

Naquele mesmo instante Aníbal estalou os dedos duas vezes, tentando chamar a atenção de Bruno que até então estava distante psicológicamente.

__ planeta Terra chamando, alô! Acorda Bruno __ exclamou Aníbal.

Philips franziu à testa soltando um sorriso inocente.

__ Desculpe é que eu... Bom, isso não importa, pode deixar Lucas eu chamo sim um táxi __ afirmou virando as costas sem nos dar chance de questionar mais alguma coisa, porém peguei seu braço o travando, Bruno olhou minha mão em seu braço, notei que o mesmo tremia. Rapidamente o mesmo tomou minha atenção, sua testa já estava suada mostrando o quão nervoso ele estava.

__ Bruno é impressão minha ou aconteceu alguma coisa? __ questionei com feição de preocupação

Ao invés de Bruno olhar para mim, o mesmo tomou a atenção de Philips e depois voltou novamente sua atenção para mim. Aquilo estava esquisito demais.

__ Não aconteceu nada Lucas, eu vou fazer o que você pediu __ afirmou engulindo em seco

__ Têm certeza?

__ sim tenho

__ Tudo bem __ exclamei soltando seu braço

Bruno em fim foi se embora em busca de um táxi para Philips poder ir embora. Rapidamente tomei sua atenção e do Aníbal.

__ Vem cá Philips de onde você conhece o bruno? __ despejou Aníbal o encarando de braços Cruzados. Ele também percebeu, naquela altura eu já deveria ter noção que nada passa despercebido diante de Aníbal.

__ Aníbal por favor menos __ digo cerando os dentes de vergonha

Com certeza uma bomba indelicada sairia da boca de Aníbal.

__ Deixe o falar Lucas __ disse Philips sorrindo como se estivesse se divertindo com toda aquela situação, será que ele não levava nada à sério? Ou pior, será que ele não percebeu o comportamento extranho de Bruno ou estaria fingindo ser um idiota? Bom, eu sei que de idiota com certeza Philips não tinha absolutamente nada.

__ Hi! Lucas me deixa, vamos Philips responda à minha pergunta

__ Estou surpreso com essa questão Aníbal, sinceramente eu não conheço o.. Como é mesmo?

__ Bruno __ afirmei completando

__ Isso, o Bruno somente o vi circular pelo hotel e pelos vistos ele trabalha aqui

__ Sim ele trabalha aqui __ afirmou Aníbal __ mas é sério que você não notou os olhares dele em você?

__ Para falar à verdade não, simplesmente notei quando o Lucas o tocou  com uma intimidade digamos que grande demais. À propósito por acaso vocês têm algo? __ concluiu tomando minha atenção com uma feição um pouco extranha, por segundos cheguei à cogitar na ideia de que ele estaria com ciúmes, mas acabei caindo em mim após relembrar quando ele disse que só me beijou no café para calar à boca das pessoas.

__ Hi! Ciúmes __ disse Aníbal

__ Cala à boca Aníbal e não Philips eu não tenho nada com o Bruno, simplesmente somos amigos

__ E não gostaria de ter um dia?

__ Porquê não, afinal de contas o Bruno é um homem lindo e atraente

Naquele instante Philips fechou à cara, à expressão em seu rosto era de raiva. E porquê ele estava assim?

__ Acho que está na minha hora e eu preciso ir, vou enfrentar a fera da minha mãe __ afirmou sério muito diferente do Philips descontraído de minutos atrás

__ Fera não, megera isso sim

__ Aníbal para com isso

__ Hi! Me deixa Lucas falei à verdade __afirmou balançando seus cabelos enquanto o pretendia por trás da orelha.

Naquele momento bruno veio nós informar que o táxi estava na calçada aguardando. Porém a feição do seu rosto continuava a mesma, só que mais triste, definitivamente aquele bruno sorridente havia desaparecido e diante de mim estava o seu lado apagado e aquilo já estava a me preocupar.

                            ***
Eu e Philips já estávamos na calçada ao lado do táxi, Aníbal foi para o restaurante do hotel tomar o café da manhã e estaria me esperando para tal. Nevava de leve e soprava e aquilo já era normal em Arcándia, afinal de contas sempre estava assim com aquele clima gélido.

__ Acho que  devo-te  um pedido de desculpas por tudo o que aconteceu, principalmente como à forma que lhe tratei essa manhã antes da minha mãe aparecer __ disse Philips

__ Eu estava com raiva sim mas a mesma sumiu quando você desabou em lágrimas, até agora me pergunto o porquê

__ Eu Não quero falar sobre isso Lucas __ o mesmo pegou minhas mãos __ Você é alguém muito especial, eu me sinto feliz ao seu lado, por isso peço que me perdões, não quero perder sua amizade

___ Amizade __ afirmei suspirando. Talvez no fundo eu quisesse muito mais além daquilo, mas bom, eu tinha meus pés no chão e viver um conto de fadas moderno estava totalmente fora de questão.

__ Sim, Você me perdoa de verdade?

__ Eu já disse que sim __ exclamei sorrindo

__ Obrigado __ afirmou me abraçando de seguida

Em Seus braços me senti aconchegado, em paz, e protegido, aquele lugar no mundo era o único em que eu queria estar naquele instante. Aquele lugar, seus braços.

Nós soltamos do abraço após alguns segundos, Philips entrou no táxi e foi embora. Rapidamente entrei no hotel, e à primeira coisa que me veio à mente foi Bruno, eu tinha e precisava vê-lo para saber como ele estava. Um dos seus colegas disse-me que ele estaria no depósito que ficava na cave do hotel. Sem pensar duas vezes fui para lá, e quando lá cheguei encontrei a porta entre a berta. Bruno estava em um canto sentado de costas e eu podia escutar o som do seu choro silêncio.

Lentamente caminhei até si em silêncio, ao chegar ao pé de si toquei seu ombro, Bruno virou seu rosto para o lado e o mesmo estava encharcado de lágrimas, seus olhos estavam avermelhados e inchados dando a perceber que ele havia chorado bastante. Vê-lo assim cortou meu coração.

__ Lucas o que fazes aqui? __indagou limpando às lágrimas assustado

__ Eu vim ver como você está, eu notei que você não estava bem

Bruno baixou à cabeça tentando esconder sua tristeza. Dei à volta e rapidamente agachei-me diante dele, às lágrimas escorriam de sua face pingando nos seus joelhos. Levantei seu queixo com a ponta dos dedos.

__ Você não precisa me dizer o que aconteceu se não quiser, mas saiba que não estás sozinho, eu estou aqui.

Bruno tomou minha atenção, e lentamente  agachou-se. Com suas duas mãos apertou os dois lados do meu rosto,e  eu sentia sua respiração ofegante e acelerada . Seus peitos definidos arfando sem parar. Lentamente ele celou seus lábios nos meus, começando um beijo de língua feroz que não pude evitar.
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.CONTINUA..



Amar-te Em 15 Dias Where stories live. Discover now