Narrado por Philips.
Eu já havia lavado meu rosto no banheiro do café, e pretendia ir embora daquele lugar pois os olhares das pessoas sobre mim de uma certa forma estavam a causar-me um certo desconforto, sai do mesmo e procurei por um táxi na calçada que me leva-se para qualquer lugar menos o palácio de valimorth , quando de repente um carro preto surgiu e de dentro do mesmo saíram três homens vestidos de preto.
__ Ah não! Eu não acredito que ela fez isso __ esbravejei fechando o punho de raiva
__ Príncipe Philips o senhor têm que vir connosco __ disse um deles já diante de mim
__ Vocês só podem estar de brincadeira com a minha cara, eu não vou para lugar nenhum
__ Nós não gostaríamos mas à Rainha deu ordens para levá-lo de volta ao palácio mesmo que seja à força
__ Vá dizer à rainha que eu sou um homem adulto de 26 anos e respondo por mim mesmo, Eu não volto ao palácio, pelo menos não hoje
__ Por favor senhor, colabore ou...
__ ou o que?
__ seremos obrigados à usar a força
__ Não costumo fazer o que não quero, e não será hoje que isso será diferente
O homem rapidamente virou seu rosto para o lado, dando sinal para os outros dois me cercarem, é claro e óbvio que eu não iria deixar isso acontecer, resultado dei um passo para trás e sem pensar duas vezes virei e comecei à correr.
__ PRÍNCIPE PHILIPS VOLTE AQUI __ gritou o homem
Não me dei ao trabalho de olhar para trás, eu somente corria sem parar esbarrando nas pessoas. Eu podia ouvir o som dos seus passos se aproximando, mas mesmo assim eu tinha que escapar, pois não daria o gosto à minha mãe de me encontrar pelo menos não naquele momento.
Cheguei à uma avenida completamente movimentada, os carros não paravam de andar e minha respiração já estava completamente acelerada, virei para trás e os homens já estavam quase próximos, ou eu me entregava ou me jogava no meio da estrada.
É claro e óbvio que eu não seguiria nenhum desses caminhos afinal de contas à morte é algo que eu não pretendia esperimentar tão cedo, mentira, decidi arriscar e me joguei em frente à um carro que travou logo. Meus olhos estavam fechados, minhas mãos sobre o peito e talvez eu já tivesse chegado ao inferno.
__ VOCÊ É LOUCO ? __ indagou uma voz feminina
Aos poucos abri os olhos e sim, eu não havia morrido. A voz feminina era de uma garota de aparentemente vinte e poucos anos, à mesma era Ruiva, altura média, usava óculos de vista e era gordinha e estava com uma cara não muito boa.
__ Talvez eu seja, ou não, só sei que tu precisas tirar-me daqui, é caso de vida ou morte
__ EU QUASE MATEI VOCÊ
__ quase, ou seja tecnicamente não aconteceu
A garota aproximou-se de mim, olhou-me de cima à baixo, retirou os óculos e novamente voltou a colocá-los.
__ Espera aí, você é o príncipe Philips?__ indagou pasmatica
__ sim eu sou, agora me faz um favor por favor, tire-me daqui __ afirmei aflito
Olhei para o lado e notei que os homens estavam a 10 passos de mim.
__ Príncipe Philips espere __ gritou o homem
__ Vá à merda __ gritei
Os outros carros começaram à buzinar, ou seja, eu havia causado um engarrafamento.
__ VÃO À MERDA SERÁ QUE NÃO PODEM ESPERAR __ viciferou a garota que até então eu desconheçia seu nome
__ Agora percebi __ disse sorrindo após tomar minha atenção __ Você está à fugir __ completou mudando sua feição como se nada tivesse acontecido.
__ É óbvio __ afirmei __ por favor me tire daqui __ completei apreensivo
__ Com certeza alteza, venha entre no carro
__ ESSE NEGÓCIO DE ALTEZA ESTA SUPER ULTRAPASSADO EM PLENO SÉCULO XXI
__ esses são os protocolos do Reino
__ então esqueça-os, pois a vida de um príncipe não é tão fácil quanto pareça ser
A garota sorriu e nada disse, à mesma entrou rapidamente no carro, e logo fiz o mesmo antes que os guardas pudessem me alcançar, de seguida à mesma arrancou. Baixei o vidro do carro tirei o braço e mandei um dedo do meio.
Narrado por Lucas.
Os minutos passavam tão lentamente que pareciam ser eternos, eu me sentia assustado mesmo estando nos braços de Bruno que à todo o momento tentava fazer-me sentir-se seguro.
__ Lucas tudo bem? __ perguntou
__ um pouco __ murmurei
__ vou te abraçar mais forte que eu puder, ok?
__ porquê tu és tão bom comigo?
__ Sei lá, fui com sua cara __ afirmou rindo
__ Não fazem 24 horas que a gente se conhece e tu já dizes que foste com a minha cara
__ tu tens razão, mas acredito que isso não seja motivo para não gostarmos de alguém
__ prefiro que acreditar que sim
__ Que outra razão tu terias? __ indaguei
__ Não sei dizer se calhar seja...
__ uma paixão? __ completou
__ o que acho pouco provável
__ porque dizes isso Lucas ?
__ Porque tu não tens cara de quem se apaixonaria por garotos
__ Lucas eu não concordo contigo
__ porque não Bruno?
__ Porquê...
Nesse exacto momento o elevador voltou a funcionar , aquilo foi como se eu estivesse dentro de um pesadelo e por fim tivesse conseguido acordar, um pesadelo em que à única parte boa do mesmo era o Bruno.
__ Eu disse que voltaria logo a funcionar
__ Você tinha razão __ afirmei me desvencilhando dos seus braços
***
Uma hora depois.Eu já estava dentro do meu quarto, deitado na cama pensando em tudo o que havia acontecido naquele primeiro dia em Arcándia, Bruno preferiu deixar o assunto que tinha para me dizer para outro dia, devido ao trauma no elevador e sinceramente eu não estava com cabeça para ter uma conversa com ninguém naquele dia. Eu estava exausto e precisava descansar.
A imagem de Philips me veio rapidamente à mente, o que fez-me sorrir ao lembrar das suas trapalhadas.
Suspirei e decidi dormir, fechei meus olhos e de repente escutei três toques na porta.
__ Quem será? __ murmurei irritado
Olhei no relógio e notei que o mesmo marcava 21:30.
__ só pode ser o Aníbal ou um funcionário do hotel __ afirmei impaciente enquanto levantava da cama
Eu estava com um pijama amarelo do bobe esponja, acho que era ridículo demais para minha idade,e isso me interessava? Não.
Caminhei resmungando até à porta.
__ Se for o Aníbal eu juro que o jogo pela janela __ digo com toda a raiva do mundo enquanto girava a maçaneta
Ao abrir a porta levei um susto tremendo.
__ Você? __ afirmei boquiaberto
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.Continua..
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Amar-te Em 15 Dias
RomanceLucas é um jovem extremamente cético em relação ao amor, e após se formar em direito recentemente, o mesmo acaba se frustrando após várias tentativas de conseguir um emprego em sua área de formação. No entanto a essa altura, seu melhor amigo Aníba...