- Dakota não está sentindo as pernas.
- O que? Ah meu Deus. - Porque ninguém nos disse isso antes? Marie e Hank vão ficar arrasados.
- Mas acalme-se, não temos motivos para achar que a lesão será permanente. Será preciso acompanhamento constante e muita fisioterapia, mas as chance dela estar cem porcento em poucos meses é muito grande.
- Como ela reagiu quando percebeu que não estava sentindo as pernas?
- Incrivelmente, ela reagiu bem. Muitos pacientes se desesperam e é necessário seda-los, mas Dakota compreendeu tudo o que dissemos para ela e ela sabe que se se esforçar, poderá voltar a andar normalmente.
- Posso vê-la agora doutor? - Não consigo esconder a ansiosidade em minha voz.
- Pode sim. - Ele me dá um sorriso e faz sinal para que eu entre.
Abro a porta lentamente, não sei porque mas estou com medo, meu coração está quase saltando para fora do peito.
Entro no quarto com receio, assim que a vejo deitada na cama, imóvel, eu congelo no lugar.
- Jamie? - Sua voz fraca, não mais que um fiapo, me chama e todo o controle que eu estava tentando manter vai embora pela janela. As lágrimas vêm com força como um tsunami e eu corro até ela.
- Meu amor, meu amor. - Paro ao seu lado e me dói profundamente o coração ao vê-la cheia de hematomas e toda imobilizada devido a violência da batida que a machucou tanto.
- Jamie, não chore. - Seguro sua mão e beijo cada um dos seus dedos.
- Eu achei que iria te perder. - Escondo o rosto com vergonha por estar chorando igual uma criancinha.
- Mas eu prometi não te deixar nunca, lembra? - Ela me dá um sorriso fraco, demostrando o quanto está cansada.
- Lembro, meu amor, eu lembro. - Digo e então beijo seus lábios. - Posso te abraçar? - Pergunto quando me afasto.
- Com cuidado. - Ela responde.
Hesitantemente envolvo meus braços nela, tenho vontade de esmaga-la contra mim, mas tenho que me contentar apenas com um abraço sem graça e superficial. Minha mão escorrega até sua barriga e eu a acaricio.
- Como está nossa pequena Jessica?
- Jessica? Eu gostei desse nome.
- É o primeiro da minha lista que você gosta. - Digo sorrindo.
- É o primeiro que é bonito. - Ela diz e eu rio.
- Eu senti tanto medo, achei que iria perder vocês duas. Eu nunca quero sentir isso de novo, nunca. É o pior sentimento do mundo, o desespero e o medo que eu senti hoje vão me assombrar para o resto da vida.
- Eu estou aqui, eu estou bem, quebrada mas bem. E não vou a lugar algum.
- Eu te amo tanto, Dakota. - Eu também te...Oh.
- O que foi? - Pergunto preocupado quando ela leva a mão até a barriga e faz uma cara estranha.
- Acho que ela se mexeu. - Dakota diz com um sorriso enorme no rosto.
- O que? Deixa eu sentir. - Tiro sua mão e substituo com a minha. Dakota ri da minha reação.
- Ainda é cedo para isso, mas eu juro que senti algo.
- Não estou sentindo nada. - Reclamo.
- Acho que você não vai conseguir sentir, só eu.
- Mas eu quero senti-la.
- Calma, logo ela vai estar chutando como um bom jogador de futebol, você vai ver.
- Eu amo tanto ela. Minha pequena Jessy. - Acaricio sua barriga e lhe dou um beijo.
- Eu estou tão cansada, acho que vou dormir. - Dakota diz com os olhinhos já se fechando.
- Você dormiu por horas, fique acordada e fale comigo. - Peço egoistamente.
- Não consigo, amor. Fique aqui comigo, segure minha mão enquanto eu durmo.
Seguro sua mão e beijo seu rosto.
- Eu não vou a lugar nenhum, quando você acordar eu vou estar aqui. Prometo.
Vejo Dakota adormecer, puxo uma cadeira e me sento ao seu lado, segurando sua mão e acariciando sua barriga.
E pensar que eu poderia ter perdido isso. Mas Deus ouviu minhas preces, ele não as levou de mim, eu nunca vou esquecer o que Ele fez, o presente que ele me deu.
Eu vou ser eternamente grato por esse milagre em minha vida.
Fim
Vou tentar postar amanhã o epílogo ☺️
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Inesperada paixão 2° Temporada - Damie
RomanceEle sempre a viu como a irmã do seu melhor amigo. Ela sempre o viu como um segundo irmão. Ela é inteligente, meiga e linda. Ele é gostoso, galinha e mais velho. Conviveram por anos sem nunca se notarem como homem e mulher... Até que um beijo bêbado...