Capítulo 19

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Hanna

Eu acelerei o carro, eu estava sendo movida apenas pela adrenalina, eu estava cansada de me esconder em casa com medo esperando o próximo passo de Dean.
Ele acelerava o carro e entrava em várias ruas para me despistar, para minha sorte já estava tarde e não tinha muitos carros na rua. Dean estava a mil por hora e eu a mil por um atrás dele.

-Hanna, vai com calma. -Disse Sam no banco do passageiro.

-Não Sam, eu tô cansada, não é bom ser perseguido Dean? -Eu gritei de dentro do carro mesmo sabendo que ele não iria conseguir ouvir

-Hanna você bebeu, e está nervosa, pare o carro e vamos voltar para casa, não vale a pena, isso não vai levar a nada. -Disse Sam tentando me acalmar. Eu conseguia ver Dean olhar pelo retrovisor se eu estava atrás, isso tinha que acabar e agora, eu pisei ainda mais no acelerador e consegui ficar lado a lado com ele na pista, sua janela estava aberta e ele ria muito animado.

-O que você vai fazer agora Hanna? -Gritou Dean de dentro do carro. Eu não consegui responder, e nem tinha o que responder, eu estava ali, a 90km por hora em uma pista de mão dupla lado a lado com o homem que me amendrontava, eu simplesmente peguei o carro e o segui sem saber o que eu iria fazer quando o alcançasse. -Então vamos até o final. -Disse Dean e acelerou ainda mais. Eu não tinha percebido mas estávamos a poucos metros de um cruzamento de trem, o trem já estava atravessando e eu estava a 90km/h Dean rapidamente passou para o outro lado, eu fiquei paralisada, Sam assumiu o controle e girou o volante fazendo a gente bater no encostamento e o trem passar normalmente. Minha cabeça doía, o rosto de Sam sangrava, ele tinha saído do carro e eu fui junto

-Ai meu Deus. -Eu disse quando olhei seu rosto, ele tinha um enorme corte que ia na testa até seu olho esquerdo.

-Qual é o seu problema? A gente podia ter morrido. -Disse Sam gritando

-Me desculpe eu...eu.. -Eu cai no chão e comecei a chorar, Sam veio ao meu encontro e me abraçou falando que ia ficar tudo bem, mas não ia, o pesadelo tinha acabado de começar.

Castiel

Não consegui dormir a noite toda, não porque eu não estava cansado, porque eu estava, tanto fisicamente quando psicologicamente, mas porque Sabrina não me deixou pregar os olhos um minuto, ela realmente levou ao pé da letra seguir cada passo que Rowena dava, a noite intera eu recebi mensagem, vídeos e fotos de todos os lugares que ela passou, quando foi 2 da manhã eu desisti e levantei. Liguei para Sabrina enquanto vestia algo diferente do meu pijama.

-Sabrina onde você está?

-Tambem queria saber, já estou a meia hora aqui, sinceramente que mau gosto o dela, um motelzinho de estrada. Aliás, você não tinha que estar dormindo?

-Eu realmente tentei, me passe o endereço, já chego aí.

-Tudo bem, mas os 50 ainda são meus.

Não levou nem 15 minutos para chegar no tal motel, e a Sabrina não estava exagerando, o lugar era bem ruim, uma placa em neon escrito Moel porque a letra T tinha caído e estava na entrava. As janelas de madeira estavam cheias de buracos e tinha quartos que nem janelas tinham.
-Eu acho que ela devia se dar o valor, se um homem me leva para um lugar desse eu roubo o carro dele é o deixo aqui.

-Voce nem idade tem para vir em motel

-Isso é uma parte da minha vida que você não tem que saber.

Não fale com estranhos | Concluído Onde as histórias ganham vida. Descobre agora