Capítulo 6

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#Hanna

Eu me assustei, ele havia me mandado mensagens! Eu tinha certeza...certo? Eu estava um pouco grogue dos analgésicos mas...não, não foi coisa da minha cabeça

-Tia Hanna. -Disse Stela, vindo em  minha direção e me abraçando.

-O que voce esta fazendo aqui ? - Stela é a irmã mais nova da Hellen, uma graça, diferente da irmã.

-Ela vai passar um tempo aqui com a gente, se voce não se importar. -Disse Hellen

-Eu não....

-Ótimo. Porque voce não faz o jantar? Stela tem péssimo gosto, por isso gosta tanto da sua comida.

-Claro, eu faço. Você me ajuda? -Perguntei a Stela. Ela assentiu e fomos para a cozinha.

-Hanna, eu vou sair, já volto. -Disse Hellen já na porta.

-Aonde voce vai?

-Vou comprar umas coisas para essa pestinha, a mãe dela esqueceu de trazer.

-Você quer dizer a sua mãe não é?

-Que seja. Stela, tente não matar sua tia, apesar de ser uma boa ideia.

-Também te amo Hellen. -Eu só escutei a porta bater.

POV Dean

Antes de eu sair da casa de Hanna, eu apaguei as mensagens que eu havia enviado para ela, só por precaução, ela estava vivendo normalmente, ela saiu de casa está manhã, foi para uma agência de emprego, pelo jeito o dinheiro que eu a dei não foi suficiente, ela soltou risadas e expressões de felicidade, provavelmente tinha conseguido o emprego. Ela foi direto para casa, as luzes estavam todas acessas, então tinha mais gente em casa.

Logo eu vejo o carro da amiga dela sair. Eu também tinha pesquisado sobre ela, Hellen Rodrigues, 26 anos, doutorado em medicina, grande interesse em homens casados e mais velhos, cada semana entra em uma casa diferente do bairro. Acho que posso chama-la de ''Destruidora de casamentos''. Também sei que ela gosta de crianças, e de que tem uma irmã mais nova, se não me engano o nome dela é Stela, seis anos.  Eu poderia dar uma jeito nela mais essa criança não tem culpa de ter nascido na mesma família que essa ''Destruidora de casamentos''. 

Só espero que ela não cresça e vire uma ''Destruidora de casamentos'' também, ou irei me arrepender de não ter feito nada. Eu a segui para ver aonde ela estava indo. Ela entrou no estacionamento do shopping. Eu esperei ela sair do carro para estacionar o meu bem ao lado do dela, era tarde, e logo o shopping fecharia, o estacionamento estava deserto, a não ser por dois ou três caras bêbados sentados na calçada, não ele não enxergavam nada alem de suas próprias garrafas. As câmeras cobriam só metade do estacionamento, as filmagens eram descartadas a cada 48 horas, após esse período, gravações atuais eram salvas por cima das novas

Eu entrei no shopping também, mantendo uma distancia segura dela. Uns cinco metros no minimo. Vi que ela foi para a seção infantil, e lá parou na vitrine de ursos de pelúcia, ela demoraria muito ali, com certeza, ela tinha essa cara de ser indecisa. Logo eu tive uma ótima ideia, voltei para o carro, abri a porta do motorista e da do passageiro. Eu estava totalmente enganado, ela não demorou e acabou comprando um só ursinho. Eu esperei ela ficar próxima o suficiente para dizer.

-Que droga. -Disse num tom meio divertido, ela olhou para mim. -Cadeirinha de bebe. -Eu disse apontando para a cadeira logo atrás. 

-Sei como é. -Ela disse, no tom de que não quer começar uma conversa.

-Esses manuais, são totalmente ridículos. Um dia eu estava montando um cercadinho da brink play's para o meu filho, Mark de dois anos. Você também tem uma não é ? Um brink play's ?

-Tenho. -Disse ela, parecendo estar abaixando a guarda um pouco

-Minha mulher sempre diz que eu não levo jeito para isso.

-Minha mãe também não, eu que acabo fazendo tudo sozinha.

Ela riu. Eu ri. Tinha uma rizada adorável, confesso.

-Eu não queria incomodar mas, eu e minha mulher somos meio paranoicos com segurança, entende?

-Sei sim, eu também sou, um pouco.

-Eu esqueci a minha em casa, então tive que passa aqui para comprar outra, não gosto de dirigir por ai com ele sem cadeirinha. Será que voce pode me ajudar?

Eu percebi a hesitação dela logo de inicio. Uma reação instintiva, é claro. Eu sou um estranho, somos treinados, desde pequenos, pelo nossos pais que estranhos quase sempre são perigosos, mas isso muda com a evolução da etiqueta e bons modos. Nós estávamos num estacionamentos, e eu parecia um bom pai não é? Não seria educado recusar.

Todos esse cálculos não durariam nem cinco segundo, e a educação falaria mais alto do que o instinto de sobrevivência. É sempre assim.

-É claro.

Ela jogou o ursinho de pelúcia dentro do carro pela janela aberta e se debruçou para dentro...

-Acho que o problema é na... 

Eu me afastei para da-la mais espaço para analisar. Quando ela se debruçou mais no banco de trás, ela fez o seu destino. O segredo era manter a calma, sem presa. Assim que vi sua nuca exposta, não levou nem um segundo para tampar sua boca e apertar aquele ponto atrás da orelha para interromper o fluxo do sangue no cérebro. Ela tentou se debater, em vão. Até que ela ficou sem forças e desistiu. Joguei seu corpo para dentro do carro e segui o meu caminho. 

-Você vai ver com quem esta se metendo Hanna.

Continua...

Não fale com estranhos | Concluído Onde as histórias ganham vida. Descobre agora