Capítulo 13

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POV Hanna

Sam estava demorando muito lá fora. Meu celular toca, por um momento fico com medo de atender, mas logo atendo.

-A-alô? -Eu atendo assustada.

-Alo, eu posso falar com a Hanna? -Era voz de mulher, parecia jovem.

-È sobre o que? -Eu perguntei receosa.

-Soube que ela estava procurando emprego...e eu tenho uma casa aqui na Soth Park, eu preciso de ajuda com uns documentos e fiquei sabendo que ela entende de administração. 

-Eu só sei o básico do básico, não sei se vou ajudar muito.

-Sim, é uma coisa bem básica mesmo, eu mesmo faria mas...estou muito ocupado no trabalho esses dias, se quiser, eu mesmo levo os documentos até ai.

-Não estou muito bem pra trabalho agora...

-Por favor, eu pago muito bem, e á vista, é um caso urgente. -A voz do outro lado da linha parecia preocupada.

-Ah, tudo bem, mas não prometo que irei resolver, tudo bem?

-Sim, é claro, fico satisfeito só de você tentar, pelo menos. Que horas posso levar os documentos ai?

-Ah, pode ser umas...nove da manhã?

-Certo, eu vou ai as nove, ate lá. Muito obrigada por quebrar esse galho. 

-Não tem de que. -Assim que desliguei, Sam entrou.

-Era ele? -Perguntou ele eufórico

-Não, não era.

-Quem era?

-Só um cliente, não se preocupe. -Ele se sentou do meu lado.

-Como você esta? -Eu perguntou ainda mantendo uma certa distância

-Assustada, seria uma boa palavra. 

-Vai ficar tudo bem, você quer ficar lá em casa essa noite? -Fiquei tentada a aceitar, mas me recusava a sair da minha casa, Deus sabe o que ele podia fazer enquanto eu estivesse fora.

-Não, tudo bem. Vai ficar tudo bem. -Eu disse fingindo ao máximo parecer melhor.

-Tem certeza? Suas amigas disseram que vão para casa da Liza, que aqui esta perigoso demais para elas. Você vai ficar aqui sozinha.

-Eu vou ficar bem

-Ele não é brincadeira, Hanna, você não o conhece...

-Ele também não me conhece Sam, sou mais forte do que ele imagina.

-Eu sei disso.

-Muito obrigada...por tudo. 

-Eu só estou fazendo meu trabalho.

-Você fez, você ficou aqui comigo, e me apoiou, você que me da forças para continuar. -Eu disse com um sorriso sincero, ele desviou o olhar

-Você conseguiria sem mim.

-Duvido.

-Você é mais forte do que imagina. -Eu ri quando ele repitiu minha frase anterior.

-Eu tenho que ir agora, tem certeza que vai ficar tudo bem? -Perguntou ele antes de se levantar

-Tenho pode ir, vou ficar bem.

-Qualquer coisa, me ligue. 

-Obrigada. -Eu o acompanhei ate a porta. 

Então era isso, eu ia ficar sozinha aqui a noite toda, confesso que depois que Sam saiu, o frio na barriga voltou.  Eu tentei me manter calma, subi para o meu quarto, ainda havia algumas fotos ali, mas eu não estava com vontade de tocar naquilo, então fui dormir no quarto do lado, já tinha escurecido, e a tempestade começou do lado de fora.

Não fale com estranhos | Concluído Where stories live. Discover now