Capítulo 12

486 53 1
                                    

#Sam

Eu estava esperando Hanna ligar, ela é muito esperta, e isso é preocupante, ela esta muito perto de Dean, ela já conseguiu escapar uma vez, sem dúvida essa não ia ser a última. Eu estava com o celular na mão, pensando se ligava ou não, até que meu celular vibrou, era ela.

-Alô, Hanna, você esta bem? -Eu disse assim que o telefone tocou.

-Sam...eu não aguentou mais. - Ela parecia estar chorando.

-Hanna o que foi?

-Ele veio aqui.

-O que? Ele entrou aí dentro?

-Ele...ele...entrou. -Parecia que ela não conseguia dizer mais. -Você pode vir...

-Sim, é claro, estou saindo agora.

Eu desliquei e fechei tudo antes de sair, entrei no carro e fui até a casa dela. Meu celular tocou, eu o peguei rapidamente, achando que era Hanna, mas não era.

-Se você quer encontrar alguma pista minha, acho melhor chegar cedo. - Era Dean. Esse era um dos mil números que ele tinha, já tentei rastrea-los, mas eram telefones prepagos, de aparelhos prepagos impossíveis de rastrear pois não estão cadastrados na base de dados da polícia.

-Vai se ferrar!

-Se não pode ajudar, não atrapalhe.

-O que você fez com ela?

-Sam você lembra...Quando estávamos na faculdade, nos líamos sobre crimes sem solução, e conversamos sobre como esconder um corpo, você dizia que aqueles criminosos eram gênios! Você me acha um gênio agora, Sam?

-Merda Dean, não pode brincar com a vida das pessoas assim.

-Quem é você pra me dar lição de moral? Vai pro inferno com esse seu sermão de merda, to avisando Sam. Saia do caminho, ou então vou esquecer a consideração que tenho por você.

-Eu não quero ter nada em comum com você.

-Não tenta proteger ela, pensa bem Sam...você me dizia que o melhor jeito de esquecer o passado, é apagando ele do seu presente...foi o que eu fiz.

-Vá para o inferno. - Desliguei, eu não ia deixar ele fazer mais isso. Eu sou tão culpado quanto ele, as vezes não falar nada é pior do que fazer. Logo cheguei na casa dela, aquela amiga dela estava encostada na caixa de correio, parecia apavorada.

-Onde ela esta? -Eu perguntei assim que a vi, ela estava com um cigarro aceso em uma das mãos, que tremia muito e sua respiração estava acelerada.

-Lá dentro. - Eu entrei e ela estava andando de um lado para o outro na sala.

- O que houve? - Quando me ouviu veio e me abraçou, ela estava tremendo, mesmo com o barulho das viaturas lá fora, eu podia escutar o coração dela, ele batia freneticamente.

-Ele entrou aqui...no meu quarto...ele deixou umas coisas lá em cima.

-O que tem lá em cima? Eu posso ir lá ver?

-Pode, pode. Me desculpa, mas eu não vou ver aquilo de novo.

-Tudo bem, eu vou sozinho. - Quando começei a subir as escadas, eu já esperava o pior. Mas quando cheguei cheguei lá, vi que era muito pior. Fotos dela, milhares, algumas de roupa íntima, outras completamente nua. Ah, se eu a dissesse que ele pegou leve com ela, em comparação ao que ele fez as outras.

Eu desci de novo, agora ela estava sentada no sofá, com os joelhos na altura do queixo.

-Eu...acabei de ver. -Eu disse devagar para não assusta-lá.

-Por que Sam? Porque eu? -Eu me perguntou me olhando nos olhos, eu tive que desviar.

-Olha, ele não tem um motivo...e ao mesmo tempo tem vários

-Não, tudo tem um motivo Sam. Aliás, um detetive veio aqui fazer umas perguntas. -Ela disse por fim.

-O que ele perguntou?

-Não prestei atenção, na verdade, eu estava...em choque. Mas ele se chama Castiel. -Estremeci ao ouvir o nome dele. Ela percebeu. -O conhece, não é?

-Não por escolha.

-Ele me disse para falar com você que ele veio aqui.

-Não vai demorar para ele me ligar.

-De onde conhece ele? -Perguntou ela se levantando.

-Era ele quem comandava o caso que envolvem Dean...antes de eu assumir. Mas ele só faz isso pra se sentir melhor.

-Por que ele quer se sentir melhor?

-Isso não importa agora. Eu vou falar com ele agora mesmo, eu já volto.

Eu fui lá fora, e ainda atravesei a rua, ela não podia mesmo me ouvir. Eu liguei para Castiel.

-Demorou ligar. -Ele disse atendendo no primeiro toque

-Você queria falar comigo? -Eu perguntei impaciente

-O que você quer dizer com isso? Merda Sam, nos sabemos que ela vai morrer.

-Ela não vai morrer! -Eu disse alto, mas depois abaixei meu tom de voz pois as amigas dela ainda estavam do lado de fora.

-Você sempre diz isso, e sempre todas morrem.

-Porra, eu estou sendo positivo.

-Vamos recapitular o que nós ja sabemos, o que as garotas do tem têm em comum?

-Jovens, bonitas, solteiras...

-Estudantes, entre 25 e 27 anos, todas estudaram na mesma escola de Hilly Colege, a maioria já foi da turma do Dean...mas a Hanna..

-Ela não seu formou em Hilly Colege, eu pesquisei. -Disse Sam o cortando.

-Ela não...mas sua irmã mais nova, Gimmy, estudou lá por dois anos, e depois elas se mudaram para Virgínia.

-Mas ela não conhecia Dean...

-Nenhuma das outras conheciam...Sam, tem um motivo para Dean não ter matado Hanna ainda. -Disse Castiel.

-Qual?

-Hanna não maltratou ele na adolescência, ele está sendo descuidado, apressados, fazendo coisas que nunca tentou, eu acho que Hanna é a última.

-O que faremos agora? -Perguntou Sam suspirando.

-O de sempre, esperamos o próximo passo dele.

Continua...

Não fale com estranhos | Concluído Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα