Capítulo 23

85 15 0
                                    

#Sam

Assim que Castiel saiu para buscar as coisas de Jane ela se levantou da cama.

-Cuidado, Jane.

-Sam! Eu estou ótima, não se preocupe.

-Você sabe quem eu sou?

-Alguém que me pediu em casamento e eu recusei.

-Você não disse não!

-Eu também não disse sim!

-Como você se lembrou de tudo?

-É estranho porque...ontem a noite, alguém veio me visitar.

-Alguém? Quem era?

-Eu não me lembrou, mas era de noite, ele me trouxe um frasco de perfume, o meu perfume, o mesmo que eu passei antes de sair de casa, antes do acidente. E foi como uma dose de conhecimento, eu fechei os olhos e pensei no passado, minhas lembranças estavam aqui, mas muito confusas, agora está tudo claro para mim. -Disse ela sorrindo olhando para o lado de fora pela janela. -Eu finamente estou livre dele.

-Falando no Dean...ele tem mais um vítima.

-Sério? Quem? -Perguntou ela confusa.

-Uma mulher da sua idade. Eu estou ajudando ela nisso tudo.

-Pediu ela em casamento também? -Perguntou ela rindo, mas Sam ficou sério, pois ele se lembrou de que havia  beijado Hanna a algumas semanas, não sabia o que sentia por ela, mas ele sentia uma conexão com ela...como se já se conhecessem.

-Não. O nome dela é Hanna. -E foi nesse momento que o sangue desapareceu do rosto de Jane. Ela se sentou na cama.

-Hanna? Como ela é?

-O que quer dizer? -Perguntei me sentando ao seu lado.

-Eu perguntei como ela é...fisicamente!

-Alta, morena...morou em uma cidade não muito longe daqui, fez faculdade e se mudou para cá. Porque a pergunta?

-Nada eu só...me coloquei no lugar dela...é sobre Dean quem estamos falando.

-Eu sei querida, mas não vou deixar ele te machucar de novo. -Eu disse segurando sua mão.

-Desculpa atrapalhar, mas os documentos já estão prontos, e só assinar e você já pode ter alta.  -Disse Corine do lado de fora do quarto.

-Castiel ainda não chegou com suas coisas...

-Está tudo bem, vamos para a casa, podemos encontrá-lo no caminho. -Disse ela se levantando novamente.

-A roupa que você chegou no hospital está no seu armário, sempre soube que você ia precisar. -Disse Corine apontando para o armário.

-Obrigada Corine, por tudo. -Disse Jane, ela rapidamente se trocou e nos fomos para a recepção, ela assinou alguns documentos e eu assinei outros como responsável por ela no momento, assim que saímos ela respirou fundo. -É bem melhor no lado de fora.

-E você ainda nem começou. -Eu disse segurando sua mão. Ela viu um carro parado na frente do hospital e perguntou  se estava livre, era uma jovem do outro lado, ela sorriu e disse que estava. Nos entramos e ela perguntou o endereço.

-Nós vamos para a casa. -Eu disse segurando sua mão e ela sorrindo animada para mim, depois de muito tempo que eu fui sorrir sinceramente. -Você parece muito jovem para ser motorista. -Eu disse tem tom casual, ela não devia ter nem seus 19 anos.

-Só exigem carteira de motorista. -Disse ela dando de ombros, quando viu a fila de carros em nossa frente, ela deu a volta e entrou pela direita, em uma rua que eu nunca tinha passado antes. -O trânsito está horrível, bela segunda feira.

-Será que você pode ligar o rádio? Faz meses que não ouço o que está tocando ultimamente. -Disse Jane olhando para a garota, que apenas suspirou e disse.

-Não tocam mais músicas hoje em dia nas rádios, mas eu tenho um cd aqui, posso colocá-lo se quiser. -Jane da de ombros e escosta a cabeça no meu peito, ele respiro o cheiro dos cabelos dela, ela sorria e me olha sorrindo. E só ai que eu percebo que não estamos mais na cidade, tínhamos entrado em uma estrada de pedras com altas árvores indo até o céu suas copas. Eu não queria ser muito brusco, não queria que dasse muito na cara que eu tinha descoberto que não estávamos indo para a casa.

-Esse não parece o caminho de casa. -A jovem não responde, o cd continua contando músicas dos anos 80. Seus olhos estavam fixos na estrada, eu não tinha trago nada, nenhuma arma e nenhum item que eu pudesse usar para me defender.

-Hanna está esperando vocês, a bastante tempo...principamente a Jane...a muito anos. -A garota disse olhando pelo retrovisor para Jane que ficou visivelmente desconfortável.

-Ele vai me matar... -Disse Jane baixinho enquanto fechava os olhos.

-Eu não vou deixar nada acontecer com você...

-Você não pode prometer isso.

-Chegamos, saiam do carro! -Disse a garota em tom autoritário. Antes de Sam sair ela disse. -Deixe o celular...

Eu não vi saida a não ser cooperar, eu ia fazer tudo diferente da última vez. Eu do lado de fora vi ela atendendo o telefone, provavelmente era Castiel, ela iria atraí-lo para cá também, Dean queria saber um assassinato em massa?

-Podem ir em frente, Dean está esperando vocês. -Ela sorriu e acendeu um cigarro sentando no capô do carro. Jane tremia e estava com a respiração acelerada.

-É o mesmo lugar, é o mesmo lugar. -Repetia para ela mesma. Eu tentava perguntar o que estava havendo mas ela não respondia. E lá estava ele, Dean estava de frente para uma mesa, ele sorriu quando nós viu.

-E agora está completo! -Disse ele quando nos viu, Jane só olhava para o chão.

Hanna se virou para nos olhar ela estava sentada em uma cadeira com seus pés e mãos amarrados. -Sente-se cada um em seus lugares que eu vou explicar porque todos estão aqui. -Eu me sentei ao lado de Hanna, e Jane se sentou ao meu lado, até agora ela não teve coragem de olhar para Dean, mas eu tinha. Ele se levantou e foi até o outro lado da mesa.

-Vou contar quando tudo começou, foi na segunda feira, era verão e Hanna de 12 anos estava sentada sozinha no refeitório...até que Jane se aproxima e se senta ao lado dela, logo mais 3 garotas se aproximam. E foi nessa momento que nasceu uma grande amizade...uma amizade mortal.

Não fale com estranhos | Concluído Where stories live. Discover now