Cão

133 13 0
                                    

♤ Lucy ♤

Toda aquela movimentação dentro da alcatéia estava me deixando de orelha em pé - no sentindo quase literal da coisa. As ordens de Natsu haviam sido para que todos os lobos que ainda não haviam encontrado seus companheiros fossem diretamente para a escola da alcatéia e lá ficarem enquanto a lua vermelha acontecia. Seria perigoso para esses lobos ficarem próximo aos lobos que já tem seus companheiros já que é a época mais violenta e mais animal que temos. Sim eu andei lendo. Não há muito o que fazer aqui já que Juvia está apenas com seu companheiro e está agindo como se simplesmente não tivesse amigas. Não tenho notícias de Levy a uns dois dias e por fim, Erza, ela estava no México com o companheiro e a desculpa que ela deu foi: "Estamos a muitos anos separados, precisamos de um tempo sozinhos".
Obviamente eu não confiei em suas palavras, tem muito mais por trás disso tudo. 
A lua vermelha será em cinco noites, eu já sinto o quão forte ela me faz sentir e isso é definitivamente coisa de louco.
- Bom dia - Wendy adentra a cozinha e sinto meu cenho franzir - O que foi?
- Wendy... O que ainda faz aqui? - Perguntei com um pouco de surpresa por ainda ver a azulada ali - Sem querer sem grossa nem nada.
- Como assim...? Ah entendi... - Ela abaixou a cabeça um pouco envergonhada - É que eu ainda não tenho onde ficar.
- Por que não fica no colégio com os outros?
- Por que meu possível companheiro pode estar por lá, simples assim - Ela balançou a cabeça negativamente várias vezes.
- Entendo... Qual o nome dele? - Sorri de forma calma para ela. Wendy era uma jovem muito doce e com um jeito tímido para tudo, mas sua ingenuidade acabou me deixando preocupada com ela.
- Romeo - Observo suas bochechas adquirirem um tom rubro de vermelho e não pude deixar de soltar uma pequena risada. Poderia não ser o companheiro dela e ela poderia estar apenas com uma "paixonite" adolescente, uma daquelas que ficamos loucos pelo outro mas um dia simplesmente para. Não que eu tivesse plena certeza que fosse isso, eu ainda me considerava um pouco leiga sobre todo esse assunto de lobos...
- Wendy... Você teve aquele momento super estranho em que disse "meu" a ele? - Apesar de estranho, esse momento era de certa forma mágico e quando aconteceu comigo lembro de ter sentido borboletas flutuando em meu estômago.
- ... - A azulada a minha frente pareceu ponderar sobre minha pergunta por alguns segundos - Não, não tive.
- Então não há por quê se preocupar Wendy, esse Romeo talvez seja apenas alguém que você está a fim, talvez você só descubra se é ou não seu companheiro mais tarde... Você ainda é jovem, não pense sobre isso tão cedo - Sorri para ela e ela pensou um pouco, logo seu maravilhoso sorriso surgiu em seus lábios e seus olhos se alegraram.
- Você tem toda razão Lucy! Muito obrigada! - Ela logo saiu rápido da cozinha para o andar de cima, aparentemente iria fazer suas malas para zarpar daqui o quanto antes. Olhei para a cozinha. Comida! Eu preciso comer!

- 🌕 -

 Erza 

Eu odiava agir como um cão farejador! Mas era preciso, eu precisava achar meu companheiro o quanto antes, faltavam apenas quarenta e oito horas para a lua vermelha e eu sentia minha loba cutucar meu cérebro tão forte que vez ou outra eu quase esquecia do meu real motivo por estar agindo como um maldito cão.
Após seguir uma trilha por mais de oito horas eu acabo encontrando uma mansão no meio de uma montanha, escondida em meio às árvores altas e rios e ainda por cima um feitiço para esconder sua localização.
- Achei você... - Um sorriso um tanto quanto macabro surgiu em seu rosto, meu problema agora seria como entrar na mansão, vampiros por todas as partes fazendo a segurança e ainda por cima eles possuíam uma bruxa escondida. Olhei para os lados e percebi que tudo estava quieto demais, alguma coisa estava errada aqui.
Respirei fundo e fechei meus olhos, focando toda minha força e concentração em meus outros sentidos, vozes por todos os lados mas não dentro da casa, embaixo dela. Abri os olhos. A casa é uma fachada dupla, eles têm um império debaixo dos nossos olhos e nao desconfiamos nada disso! Ah malditos sejam esses vampiros!
Chuto a porta da casa sem qualquer medo, o estilo vergonhosamente rústico que me lembrava um castelo medieval não me surpreendeu em nada, vampiros conseguem ser tão clichês e patéticos. Meus sentidos alertam meu corpo no último segundo e eu seguro o pescoço de meu agressor com força, percebendo que era um vampiro eu arranco sua cabeça sem qualquer pergunta, continuo a andar pela casa, cada cômodo parecia ter algo diferente do outro mas um em particular chama minha atenção, uma armadura samurai antiga que se colocava de joelhos e em suas mãos uma katana de prata com o cabo envolvido por um couro de primeira, ao longo da lâmina algo estava gravado, mas infelizmente eu não tinha tempo para desvendar seus segredos no momento. Pego a espada e a levo comigo. Sinto a presença de mais dois vampiros, tiro meus sapatos e começo a me movimentar com meus pés nus mesmo já que poderia ser muito mais silencioso, avisto um de meus alvos e um pouco mais a frente o segundo, eles não pareciam vampiros da mesma classe que o primeiro que matei, os desenhos em suas roupas demonstravam isso, mas claramente ainda sim eram fracos demais contra mim. Seguro a estada com uma mão e com firmeza e silêncio avanço contra ambos, lançando a espada na cabeça com um deles, assim que o primeiro cai o segundo se vira para tentar contra-atacar, mas era tarde, minhas mãos seguravam sua cabeça entre elas e utilizando minha força sobrenatural estouro sua cabeça sentindo o ossos se quebraram, observando seus olhos saírem para fora e o sangue descer por seu nariz e sair por seus ouvidos, finalmente quando seus olhos finalmente estavam completamente para fora eu largo seu corpo e ando até o segundo vampiro que havia morrido pela katana contra seu crânio.
Continuo a chutar e arrombar porta por porta, até que uma não abre. Era essa. Tinha que ser essa...
Ouço o som da trava sendo destrancada e seguro a bainha da espada com mais força, a porta se abre revelando uma jovem guerreira vampira, não dou chance de uma reação da mesma e corto sua cabeça, está que desce rolando as escadas e acionando os sensores de movimento a cada degrau que descia. Girei a espada e continuei a descer a longa escadaria, diretamente para onde eu encontraria meu companheiro ou meu fim.

- 🌕 -

♤ Juvia ♤

O que quer fazer durante a lua vermelha? - Meu companheiro me fez está simples pergunta na noite anterior e eu simplesmente não sabia como deveria responde-lo, quero dizer eu sabia exatamente como responder mas... Isso me deixava tão insegura. Quero dizer, trazer um filhote ao mundo era apenas trabalho demais e além disso os lobos desgarrados ainda poderiam estar atrás de mim já que sou a vantagem perfeita para eles, ou era.
Me sentei a mesa sozinha está manhã, Gray não estava em lugar algum para ser encontrado o que me deixou sem jeito e sem saber o que fazer. Então, enquanto o café estava a em minhas mãos meus pensamentos voaram.
Eu poderia ter um filho com Gray a hora que nós quiséssemos, não tinha problema nenhum nisso,  apesar de que na lua vermelha as lobas são bem mais férteis mas isso não significa que no resto dos anos as lobas não poderiam ter filhos. Mas eu queria um filho agora? Eu definitivamente sou louca por Gray e ninguém duvida dela eu sou pior que uma stalker atrás dele. Mas uma criança era responsabilidade demais, claro que ficaríamos na alcatéia mas eu quero que meu filho tenha um futuro como médico ou qualquer coisa que ele queira, mas que o deixe ser livre fora da alcatéia ou dentro dela, quero que ele tenha oportunidades.
A porta se abriu e meus olhos se levantaram para encarar meu companheiro. Um sorriso de canto surgiu em meu rosto e ele tombou a cabeça brevemente para o lado.
- ... Vamos fazer isso, a gente consegue, não é? - Observei um sorriso pequeno em seu rosto, seus passos pela cozinha foram rápido até que ele segurou meu rosto entre suas mãos e me beijou.

- 🌕 -

♤ Natsu ♤

Mirajane ficou me lembrando do desaparecimento de sua irmã por todos os dias desde que prometi ajudar, bem, pelo menos hoje ela não apareceu o que me soou como um ótimo sinal. A lua vermelha estaria em seu ápice a meia noite de amanhã, ou seja, temos menos de quarenta e oito horas para tentar uma solução para esse problema. Sinceramente. Em minha cabeça a albina vai voltar hora ou outra para sua família é a coisa mais importante para ela.
Sai de meu escritório e desci para o andar de baixo, senti o cheiro de minha companheira, seu cheiro estava misturando com canela e baunilha, o que só poderia significar que ela estava cozinhando algo delicioso.
- Bom dia princesa - Digo a abraçando por trás. Sinto seu corpo relaxar e se colar ao meu ainda mais.
- Bom dia - Sua voz rouca apenas me deixou ainda mais contente com seu sono recente - Sua irmã acabou de sair.
- Ainda bem... - Tracei uma linha de beijos por seu pescoço, ela se moveu me dando ainda mais liberdade para continuar, suas mãos logo se seguraram as minhas e seu corpo ficou mole. Eu adoro ver e sentir o efeito que posso causar nela apenas com um gesto tão simples como esse - Amanhã irei marcar você, e assim será completamente minha.
- Eu já sou sua, assim como você é meu, uma via de mão dupla - Sinto que aquilo foi mais um aviso para mim, nossas regras são bem egoístas com nossas fêmeas e deixam sempre seus machos acima delas, na verdade é mais como um instinto primordial, algo que já nascemos com, e mesmo que alguém decida mudar a lei nossos instintos jamais vão mudar.
- Sim princesa, uma via de mão dupla...

MoonlightWhere stories live. Discover now