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Era de madrugada. A lua cheia e cintilante, iluminava a cidade sem nem precisar de postes de luz. Mas já não estava mais lá em cima, já havia ido para casa, e estava olhando a rua pela minha janela. E não. Nada do sono vir, ainda mais depois do que aconteceu lá em cima com o Jimin, eu apenas tinha ficado com menos sono ainda. Não consegui parar de pensar em nosso beijo, com certeza foi o melhor de todos que eu já tive, foi diferente tinha algo a mais, uma sentimento a mais.

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Dormi muito mal - pensei dando um gole no meu copo de café enquanto andava pela orla de uma praia que ficava a uns três quarteirões do meu prédio. Andava lentamente sentindo o cheiro da água salgada do mar, ouvindo o ir e vir das ondas. Lugar perfeito pra' relaxar depois de uma noite cheia de emoções. Fui até o píer que nesse momento estava pouco movimentado. Debrucei sobre uma das vigas de madeira que juntas formavam uma grande "barreira". Fiquei observando que passava caminhando na praia até que vejo alguém se debruçar ao meu lado.

— o tempo está tão bom, não acha? — essa voz não me parecia estranha. Me virei para ver quem era.

— Tae! — o abracei — oque faz aqui?

— estava caminhando. E você?

— vim tomar um ar...

— ah! Já ia me esquecendo. Sua mãe pediu para te avisar que nós vamos almoçar com ela e com o meu pai hoje 12:30. Pode ser?

— sim. Claro.

— perfeito, te busco 12:15.

— ok. Afinal de contas, que horas são?

— puts, já são 10:04. Eu preciso ir, combinei de tomar café com a Rijoon.

— então vai lá apaixonado! Ha ha ha ha

— vai lá pro Jimin, apaixonada. Ha ha ha. — riu e me deu um abraço. — beijão pra' você, mas eu preciso ir mesmo.

— ok... até...

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Não faço a mínima ideia do porque o pai de Tae escolheu um restaurante tão caro para almoçarmos. A maioria dos pratos vinham com pouca quantidade de comida, eu teria que pedir uns cinco desses para saciar a minha fome. Pedi um prato aleatório, o primeiro que vi no cardápio eu pedi só pra não dar uma de mal agradecida. Mas obviamente iria comer alguma coisa lá no Mercado de Namdaemun que por sorte fica perto daqui. Talvez poderia até chamar Tae para ir comigo. Fui tirada dos meus pensamentos pelo pai de Tae que disse que tinha uma coisa para falar.

— eu primeiramente queria agradecer por terem aceitado o convite de vir aqui almoçar conosco. Temos uma coisa para falar para vocês dois. — disse entusiasmado — nós vamos nos casar!

Meus olhos automaticamente se arregalaram e meu queixo caiu. Estava chocada. Taehyung vai ser meu irmão.

— sério? — disse Tae. Ele parecia chocado também.

— sim! — minha mãe disse animada e me olhou — filha? Tudo bem? Essa cara não me parece boa.

— ahn? Sim. Isso é... bom... desde que você tenha certeza que ele é a pessoa certa, por tudo bem...

— que bom filha, fico feliz de você ter aceitado isso mesmo depois do que aconteceu com a gente. Por tudo que a gente passou por causa do seu pa-

— ok mãe. Não gosto que fique me lembrando disso.

— mas eu não estava te lembrando estava apen-

— não tinha necessidade.

— pare de me interromper.

— eu estou impedindo você de falar de mais.

— estava apenas comentando. Mas enfim. Vocês sabem oque a gente passou por isso achei que ela nunca iria aceitar a ter um pai de novo, e ainda mais um irmão.

— mãe. Se você continuar a falar sobre isso infelizmente vou ter que me retirar.

— pare de drama isso já passou foi a nove anos atrás filha.

— drama? É sério isso? Você acha que eu estou fazendo drama? Aqueles dias foram os piores dias da minha vida. E você fala que eu estou fazendo teatro?... você me decepcionou agora mãe... — me levantei da mesa e fui andando em direção à saída, pude sentir lágrimas encherem meus olhos.

— calma Sun! Espera! — taehyung dizendo isso foram as últimas coisas que eu escutei antes de empurrar a porta do restaurante e caminhar em qualquer direção.

⍟𝙏𝙖𝙚𝙝𝙮𝙪𝙣𝙜 𝙋𝙊𝙑 '𝙨

Me levantei para ir atrás de Sunhee e senti alguém segurar meu pulso. Me virei. Era meu pai.

— deixa ela ir...

— não! agora me solta.

— ela deve ter acordado de mal humor hoje... depois ela vai voltar.

— mesmo assim eu vou atrás dela! me solta!

Tirei meu braço da mão do meu pai que segurava meu pulso com força. Saí do restaurante em direção a Sunhee que caminhava lentamente e de cabeça baixa até um praça ali perto. Apenas segui ela até a mesma se sentar num banco. Não falei nada, apenas a abracei, e sem querer fiz a mesma tomar um susto rápido antes de perceber que era eu, e me abraçar forte colocando sua cabeça sobre meu ombro. Seu perfume suave e seu abraço reconfortante, me lembrava os dias em que eu chegava em casa depois da escola, e minha mãe me dava um abraço. Senti a mesma sensação.

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𝓒𝓸𝓷𝓽𝓲𝓷𝓾𝓪...

ANGEL// JIMINWhere stories live. Discover now