CAPÍTULO 21

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Oi, oi! Boa leitura, anjos! ♡


– O que achou dessa caminha pra ela? – Louis perguntou.

O botânico segurava um colchãozinho para gatos que, com certeza, era grande demais para o corpinho diminuto da nova filhote da casa. Uma estampa de moranguinhos vermelhos, folhas verdes e algumas estrelas amarelas sorridentes num fundo preto enfeitava o acolchoado.

– Eu adorei, flor! Você gostou, Amélie? – Harry estava com a gatinha no colo enquanto tiravam os itens de pet shop das sacolas que o humano trouxera do centro de Bibury e os espalhavam pelo chão da sala.

A fada massageava as pontas das orelhas peludas quando um barulho de guizo acordou a gata em sua perna. Imediatamente a atenção da pequena caçadora voltou-se para o brinquedo que Harry balançava entre os dedos. Amélie espreguiçou-se e bocejou ainda no colo confortável, mas sem tirar os olhos de sua nova presa colorida.

Harry agitou o pequeno ratinho de barbante mais uma vez, rindo quando a pequenina pulou em um bote estabanado e rolou no chão, rapidamente se recuperando e preparando outro ataque.

A dupla era observada por Louis, que já havia retirado todas as etiquetas e embalagens, colocando o lixo em uma das sacolas.

– Vocês são adoráveis – O humano comentou suavemente.

Harry não ficava facilmente acanhado com elogios, mas isso sempre acontecia quando Louis era sincero demais sobre seus pensamentos. Quando externava seus sentimentos tão livremente como naquele momento.

– Muito obrigado por tudo, Lou – Harry respondeu, ainda balançando o ratinho de um lado para o outro, mas olhando para o humano – Por me abrigar, por ter me ajudado e por estar me apoiando agora. E pela Amélie!

– Não precisa me agradecer, você sabe disso, pequeno. Você veio se infiltrando tão sorrateiro que quando vi, já tava te dando meu coração sem nem reclamar – Louis deu de ombros com simplicidade – Coisa de par, vai saber – O botânico sorriu com ruguinhas nos cantos dos olhos.

– Você tá ficando muito bom em me deixar sem graça, sabia? – A fada comentou, sentindo as bochechas levemente aquecidas.

– Confesso que gosto de te ver assim, mas não é de propósito – Louis deu uma suave risada.

– Bom, já que sou o mais novo morador dessa residência e agora temos uma filhota pra cuidar, vou ver se consigo algum trabalho por perto.

– O que você pensa em fazer? – Louis perguntou, pegando o ratinho da mão da fada e sacudindo no ar, chamando a atenção da gatinha.

– Não sei. O que aparecer e não precisar de nenhuma formação humana – Harry deu de ombros.

– Sabe, naquele dia eu brinquei sobre você abrir uma floricultura, mas até que não é uma má ideia. Você seria um excelente florista.

– É, não é má ideia mesmo – A fada sorriu – Mas deve ser complicado abrir um negócio assim, não?

– Já que você tá de acordo e também gosta da sugestão, posso falar que o senhor Davies tá querendo se aposentar. E adivinha qual era o negócio dele? – Louis cantarolou com um sorriso traiçoeiro brincando nos lábios.

– Você já tinha tudo isso planejado, humano? – Harry estreitou os olhos na direção do outro.

– Não muito, na verdade. Eu soube que o senhor Davies queria passar a floricultura pra frente em uma das minhas visitas ao mercadinho da dona Guerta, mas só passou pela minha cabeça falar alguma coisa com você hoje, quando fui no pet shop e vi a placa na vitrine. Podemos ir juntos conversar com ele, se quiser.

Fairy Harry Where stories live. Discover now