CAPÍTULO 17

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Gente, se vocês gostarem de ler ouvindo música, quando o Lou estacionar o carro pra fazer o piquenique, procurem por Ríe Chinito - Perotá Chingó no youtube. É a primeira opção. Acho que combina com o climinha gostoso e é uma música que me inspira muito quando estou escrevendo Fairy.

Já aviso que eu amo um clichê, ok? Ok.


Boa leitura! 


– Hazz, não fica assim.

Louis disse afastando-se do microscópio eletrônico e repousando a mão em uma das coxas de Harry, que estava sentado no balcão onde o botânico trabalhava.

– Não consigo, flor. Você já está enrolando com a sua pesquisa analisando esse lisianto de novo. Eu preciso encontrar uma solução pra gente.

Harry estava com o a expressão cabisbaixa e sempre que o humano o olhava, a fada estava com o olhar perdido em pensamentos, refletindo.

– Eu disse que iríamos resolver isso juntos, certo?

– Certo – Harry respondeu em meio a um suspiro.

– Então vamos fazer o seguinte: vou aproveitar que ainda tá de manhã e te levar pra um piquenique num lugar aqui perto, vamos acalmar a mente e, quando voltarmos pra casa, pensamos juntos no que fazer. O que acha?

– Vou atrapalhar ainda mais o seu trabalho desse jeito.

– Pequeno, eu não vou conseguir trabalhar se estiver preocupado assim com você, então não temos muita saída – Louis sorriu tenro para a fada.

– Tudo bem, então. Me desculpa por tudo isso, Lou.

– Nada de pedir desculpas. Pares resolvem as coisas juntos ou não seriam pares.

– Eu acho que você tá certo – A risadinha de Harry tranquilizou minimamente o coração de Louis.

– Vem, vamos separar umas coisas pra comer e fazer um suco – O humano disse enquanto estendia a mão para ajudar o outro a descer da bancada – Você deveria levar algumas coisas pra meditar ou algo assim. O lugar é incrível.

Pouco tempo depois, uma manta para o chão, cesta com frutas, salada, suco, sanduíches e algumas flores, além de toalhas e uma bolsa da fada foram postas no carro. Harry viu a paisagem mudar aos poucos enquanto afastavam-se para o lado oposto ao da cidadezinha de Bibury.

A janela aberta do lado do passageiro emoldurava um céu límpido e campos verdes que refletiam nas esmeraldas do alado.

Um tempo após passarem sobre uma ponte rústica de pedras que apenas acrescentava charme ao bucolismo do lugar, Louis entrou com o carro por uma trilha discreta e, pouco depois, finalmente estacionou.

Harry saiu do veículo maravilhado. Mesmo tendo viajado por tantos ambientes naturais diferentes, nunca deixava de surpreender-se diante de Natureza tão exuberante.

Os raios de sol adentravam por entre as folhas das árvores e brilhavam nas ondulações calmas do rio que passava ali.

Louis achou que esta seria a visão mais linda do dia, mas perdeu o ar ao procurar Harry com o olhar e encontra-lo com o torso tatuado nu e as asas aparentes.

O humano pensou em como o sol provavelmente admira e ao mesmo tempo inveja a beleza da luminescência dourada das asas da fada.

– Esse lugar é realmente incrível, flor! Obrigado, acho que estava mesmo precisando disso.

Fairy Harry Where stories live. Discover now