Nota inicial: só para lembrar que não sei nada de botânica, mas eu me esforço para ser crível, ok? Ok.
Boa leitura! ♡
Louis se concentrava, revezando entre várias placas de Petri com amostras de plantas, analisava pesquisas e fazia anotações. Passou o dia todo assim, já que estava animado por ter conseguido uma pista de como ajudar Harry a voltar a ter o seu tamanho normal.
Enquanto isso, como não tinha muito no que ajudar, o alado passou o dia fazendo coisas aleatórias. Já havia ido voar pelos arredores da casa, leu mais um pouco do livro que tinha começado no final de semana, explorou a estufa e agora estava deitado num canto da mesa com os braços embaixo da cabeça e as pernas cruzadas. Se distraía murmurando uma melodia qualquer de olhos fechados.
– Acho que encontrei! – O humano de repente exclamou animado, fazendo a fada ter um leve sobressalto – Está vendo aqui? – Louis espelhou a imagem de seu microscópio eletrônico no computador ao qual estava conectado e apontou para uma parte específica do DNA vegetal mostrado na tela – Encontrei essa mesma sequência na urtiga e na verbena. Eu analisei a sequência de DNA de um lisianto dos bancos de dados da Universidade. Nele não existe essa parte aqui.
– E o que você acha que significa? – Harry não era cientista formado, mas entendia da Natureza e suas criações, então conseguia acompanhar a linha de raciocínio do botânico.
– Essa planta não era mais encontrada no habitat natural dela, então acho que a mutação genética que fez com que ela voltasse a crescer no meio ambiente foi uma defesa. A mesma que é encontrada na urtiga e na verbena, por exemplo, e que pelo visto causa efeitos adversos em fadas.
– E dá pra reverter o efeito disso? – Harry se sentia otimista e aliviado.
– Vou mandar um email para um amigo que trabalha lá na Universidade pra saber se ele consegue produzir um reagente contra essa defesa. Acho que estamos bem perto, Hazz! – Louis sorria com a possibilidade de estar no caminho certo para resolver o problema.
– Obrigado, Louis! De coração. Você está sendo incrível comigo! Prometo que vou te ajudar a encontrar as peônias que ainda faltam.
– Você não é obrigado a me ajudar, sabe disso. Mas agradeço mesmo assim – O humano estava satisfeito pelos avanços daquele dia – Está com fome? Nem tinha percebido que já anoiteceu.
– Andei beliscando umas flores no seu jardim – A fada falou corando levemente – Mas estava esperando pra jantar com você, de qualquer forma.
– Então vamos. Vou cozinhar algumas verduras pra gente e grelhar um peixe pra mim.
Louis fechou a estufa quando saíram e rumaram para dentro da casa. Harry estava tão contente com as notícias do dia que sequer notou o sorriso lindo e constante em seu próprio rosto. Mas isso não passou despercebido para Louis, que sorria em resposta à felicidade em que o outro se encontrava. O pequeno estava radiante.
- Você prefere que não tempere os vegetais, imagino – Louis disse em tom de dúvida.
- Sim, mas não precisa mudar o jeito como cozinha pra você por causa disso. Eu não me incomodo, só não entendo por que humanos gostam tanto de camuflar o sabor natural das coisas – A fada comentou entrando na cozinha seguido por Louis.
- Não vai ser nenhum problema, posso temperar as coisas no meu prato. E não é camuflar, é melhorar. A batata, por exemplo. Quase não tem gosto se estiver sem sal – A essa altura, Louis queria continuar esse assunto puramente pela diversão da implicância.
- Oh, uau. Pelo bem da nossa convivência, eu vou fingir que não escutei esse insulto! – Harry pontuou dando ênfase à última palavra, fechando os olhos e pinçando a ponte do nariz com os dedos indicador e polegar.
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Fairy Harry
FanfictionLouis Tomlinson é um biólogo com especialização em botânica e vive em um bucólico condado no interior da Inglaterra. Ao se deparar com um pequeno ser místico entre as plantas de sua estufa, se vê admirando o mundo com outros olhos. Olhos de fantasia...