Fairy Harry

CAPÍTULO 20

Atrasei um pouquinho essa atualização, mas vou explicar nas notas finais.

Boa leitura, anjos! ♡

Louis, ainda com os cabelos molhados por causa do banho, saiu de seu quarto quase tropeçando nos próprios pés. Passou apressado pelo corredor e assim que entrou na sala de estar, seus olhos não demoraram a ver a figura parada do lado de fora da porta de vidro.

O sorriso com ruguinhas nos cantos dos olhos azuis era tão grande quanto o sorriso de covinhas nas bochechas. Louis abriu a porta ansiosamente, inspirando fundo aquele aroma do qual estava com saudade e abraçou Harry tomando cuidado com um pequeno embrulho que a fada segurava.

O coração de Louis finalmente ficou leve, livrando-se de grande parte da preocupação que o assolava nos últimos dias. O humano tinha um braço ao redor da cintura de Harry e a outra mão afagava os cachos macios. Harry apenas aconchegava-se curvado ao corpo de Louis, esfregando a bochecha em seu ombro.

– Eu fiquei com muita saudade, flor – Harry foi o primeiro a dizer.

– Eu também. Você não tem ideia do quanto me fez falta, pequeno.

Harry afastou-se minimamente, apenas o suficiente para conseguir olhar os tons de azul dos quais tanto gostava e juntou os lábios de ambos num beijo saudoso, levando embora a ausência que foi tão sentida.

– Vem, entra – Louis disse – Quer chá?

– Hum... quero uma vasilha com água, na verdade – Harry respondeu, finalmente entrando na casa.

– Vasilha com água? Você se machucou?

– Não é pra mim – Louis parou de andar quando ouviu a resposta tímida da fada – É pra ela.

Ao sentar-se no sofá, Harry posicionou o pequeno embrulho que ainda segurava com cuidado e desembolou o pano, que Louis percebeu ser uma camisa da fada, revelando um amontoado sonolento de pelos tricolores.

– Um filhote de gato? – O humano piscou algumas vezes, tentando entender o que estava acontecendo – Onde você a encontrou?

– Ela tava perdida numa estradinha que leva até o centro de Bibury – Harry respondeu, acariciando a orelhinha do filhote – Eu pensei em pelo menos tirar ela da rua durante a noite. Se estiver tudo bem pra você.

– Claro, claro. Tudo bem – Louis disse sentando-se ao lado do outro no sofá – Ela é linda.

– Então não tem problema mesmo?

– Claro que não, pequeno – O humano sorriu para a fada a fim de confirmar sua resposta.

– Obrigado – Harry sorriu de volta – Ela tava assustada.

– Eu imagino. Vou preparar um pouco de leite com água pra ela, já que não tenho ração.

– Obrigado, Lou.

– Não precisa agradecer – Louis disse enquanto levantava-se e deixava um beijo no topo da cabeça de Harry, indo para a cozinha em seguida – Afinal, você quer o chá?

– Eu aceito, sim. Quer alguma ajuda?

– Não precisa, é rapidinho.

Admirar as cores branca, laranja e preta no pelo da gatinha estava tornando-se um passatempo adorável para Harry. A filhote ronronava satisfeita em seu colo e vez ou outra bocejava preguiçosa, confortável e segura.