Capítulo 41° BÔNUS.

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Olliver Monteiro.

Assim que marcha núpcial começa a soar pela grande igreja, o grande portão é aberto e eu vejo minha linda mulher entrar na igreja lentamente enquanto as pétalas, vermelhas igual sangue é jogada no chão pela criança que eu sinceramente não sabia quem era.
Logo minha mulher chega em minha frente junta com meu irmão que tinha um grande sorriso no rosto, desço dois degraus para recebe-lá e Mattias a perta minha mão.

-Por favor, não se matem. Preciso dos dois vivos na Onore.-Diz baixinho e eu aceno sorrindo.

-Seu pedido é uma ordem cunhadinho.-Diz Sofia e meu irmão revira os olhos e sorri.

Seguro na mão da minha noiva e a encaro fazendo a mesma sorrir.
Subimos para o altar e todos se sentam.
Vejo o padre fazer o sinal da cruz e repetimos o gesto.
Como não éramos muito religiosos, a cerimónia seria rápida.

-Sem mais delongas, começaremos com os votos do noivo e depois a noiva para que possamos ir para a bênção das alianças.-Diz o padre.

Olho para Sofia que estava com um sorriso radiante e começo a ficar nervoso, mas ela segura minha mão e seu sorriso aumenta.

Que sorriso.

-Bem, nunca me imaginei falando tudo isso, mas vamos lá.-Falo fazendo os convidados gargalharem.

-Passei muito tempo perdido, sem encontrar uma direção para seguir. Por mais que eu tentasse, sempre tnha um vazio no peito, e nada parecia melhorar isso.-Olho nos olhos já cheios de lágrimas de Sofia e todos os convidados parecem sumir e meu discurso ensaiado encontra outro rumo.

-No momento em que eu vi você a anos atrás, você era uma garota cheia de sardas e uma boca indomável. Na verdade, você era indomável por inteiro. De primeiro, me olhou como se eu fosse uma barata e seus olhos diziam que você estava a ponto de pisar em mim com suas botas de salto preto e cano alto.-Novamente a igreja explode em risos.

-Desde aquele dia, meu instinto caçador disse que você seria minha próxima presa, mal sabia eu, que minha caça se tornaria caçadora e me derrubaria de joelhos para ela.-Sofia sorri orgulhosa de sí.

-Podem me chamar de qualquer coisa, podem dizer que sou fraco, mas eu sou dessa mulher por inteiro.-Falo olhando para os convidados e Mattias abraça Kat que sorri.

-Mas uma coisa eu garanto, essa mulher me fez mais forte do que nunca fui e eu vou queimar, torturar, multilar e vou fazer qualquer coisa por ela.-Volto a olhar para Sofia.

-Porque eu a amo e ela foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Você, Sofia Bertolliny, foi uma luz que apareceu em minha vida e se existe um Deus lá em cima, ele com toda certeza estava pronto para ver minha redenção quando te colocou em minha frente, porque desde o dia que eu te vi, eu me rendi a você. Eu te amo.-Termino e a igreja explode em aplausos.

Logo todos ficam em silêncio e com a atenção voltada para Sofia.

-Eu realmente queria te pisar com minhas botas pretas, você era o tipo de homem exibido, cheio de sí, convencido e totalmente debochado. Eu juro que odiava o deboche dele.-Fala fazendo todos rirem.

-Você era uma bomba explosiva que veio cair em minhas mãos e por um tempo, eu tive medo. Desde nosso primeiro beijo, eu já havia ficado louca por você, mas para mim, você era além da redenção e só me usaria. O tempo foi passando e eu começei a ver um lado seu que tenho certeza que ninguém mais via, você me mostrou um lado seu que era oculto para qualquer outra pessoa que não fosse seu irmão e isso me fez gostar ainda mais de você do jeito que você é.
Nós passamos por muitas coisas juntos e, quem diria que o caçador cansaria de caçar e se entregaria a sua presa. É como dizem, um dia da caça, outro do caçador.-Fala e eu sorrio enquanto aceno.

-Eu amo você de corpo, alma e coração, e aconteça o que acontecer, eu vou te amar até não poder mais suspirar, dizer ou gritar essas palavras, eu te amarei de dia a noite e cuidarei de você quando chegar em nossa casa todo quebrado depois de uma missão da Onore e se precisar, lutarei suas batalhas ao seu lado, porque suas batalhas é nossas batalhas.
Eu vou cuidar de você, vou debochar das pessoas junto a você e juntos, iremos construir nosso próprio Império.
Espero e desejo profundamente que nossa união seja forte e nosso lar o grande responsável pelo conforto após os dias intensos. Quero cuidar de você, de nós dois, e depois, dos nossos filhos. Juntos construírmos uma família maravilhosa. Eu amo você, meu amor. Termina e meu coração parece explodir no peito.

Logo uma música instrumental começa e nos viramos para a porta, quando uma criança entra com às nossas alianças. Às alianças são abençoadas rápidamente pelo padre que logo nos encara.

-Vamos a troca da aliança.-Diz o padre e novamente fico de frente para minha noiva.

-Olliver diga seu juramento.-Manda.

-Eu, Olliver Monteiro, Consigliere e segundo herdeiro da Onore, aceito você, Sofia Bertolliny, como minha companheira e prometo ser-te, escudo, fortaleza e lealdade, desde já e até meus últimos suspiros.-Falo meu juramento enquanto coloco a aliança em seu dedo.

-Eu, Sofia Bertolliny, Irmã de ferro da Onore, aceito você, Olliver Monteiro com minha companheira e prometo ser-te, escudo, fortaleza e lealdade, desde já e até meus últimos suspiros.-Termina e coloca a aliança em seu dedo.

-Vamos ao juramento de sangue.-Diz o padre da Onore.

Eu já vi em um dos centenas de livros que já li, que sempre que duas pessoas da patente alta estão se unindo em matrimônio, devem fazer um juramento de sangue, para que os elos entre às duas sejam estabelecidos e para que as duas sejam uma só pessoa, mas em todos os poucos casamentos que já fui, nunca vi um casamento que estivesse esse  juramento.

-Para que todos os demais entendam, esse juramento só é feito quando os noivos são da patente alta.
Vocês irão cortar as palmas das mãos e irão juntar suas mãos direitas um de frente para o outro e deixar seus sangues se misturarem.-Corto minha mão com uma faca de combate, uma AK47 que foi entregue a mim pelo padre.

Faço um corte na palma da minha mão e vejo que Sofia também fez o mesmo.

-Continuem de frente para o outro e coloquem sua mão cortada da do outro.-Manda e estiramos a mão na mesma hora.

Vejo o meu sangue se misturar com o da minha noiva e logo depois o sacerdote aparece carregando um recipiente com brasas.

-Apertem as mãos e deixem o sangue pingar três vezes na brasa.-E assim fazemos.

Nosso sangue pinga as três vezes na brasa como pedido e então o sacerdote leva o recipiente.

-Olliver Salvatore Monteiro, aceita Sofia Bertolliny Vissentiny como sua legítima esposa?-Pergunta.

-Aceito!-Falo rápidamente.

-Sofia Bertolliny Vissentiny, aceita Olliver Salvatore Monteiro como seu legítimo esposo?-Pergunta e olho para Sofia.

-Aceito!-Diz sem hesitar.

-Com o poder investido em mim, e com o poder do juramento de sangues azuis derramados na brasa, eu os declaro, marido e mulher unidos por matrimônio e por juramento.-Assim que ele termina um som alto acoa pela igreja, e sangue é salpicado no vestido branco da minha mulher.

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Contínua

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A Herdeira de Sangue. (REVISÃO) Where stories live. Discover now