Capítulo 5°

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Dante Romanov

Passado...

Ela era uma garota triste e todos os dias saia para o jardim da sua casa naquele horário previsto.
As vezes eu a observava enquanto ela chorava pelo fato de seus pais não lhe darem o amor e atenção que ela merecia e pelo seu irmão, que pensava que ter o amor de todos para ele era um jogo no qual ele estaria ganhando.
Ela não tinha ninguém que a ajudasse e por mais que fosse errado,eu queria me aproximar dela, mesmo sabendo que seria muito arriscado se alguém me encontrasse junto a ela no Jardim.

Um dia eu resolvi me revelar para ela e me apresentar, dizer para ela que queria ser seu amigo e queria a ajudar com seus problemas.
Certo! Não foi como eu imeginei, mas foi melhor assim.

Lembro-me do momento em que eu sai de trás da árvore e me aproximei um pouco da garota, hoje diferentemente dos outros dias ela parecia sorrir.

-Você fica a me olhar todos os dias, cansou de se esconder?- perguntou ainda de costas para mim.

Espera, ela me viu?

-Eu sinto muito, não queria dá um de louco ou psicopata.- falei e a mesma assentiu.

-Porquê você se esconde?- perguntou e eu dei de ombros.

-Você sabe quem eu sou?- pergunto e ela assente.

-Você é como meu anjo da guarda, está sempre por perto para vê se eu estou bem, sempre tenta me proteger.- ela fala e eu sorriu como um abestado.

-Eu estou bem longe de ser um anjo posso te assegurar isso e eu...- ela me corta.

-Não precisa se explicar.- ela fala e eu assinto. Talvez seja melhor assim.

-Meu nome é Karina Lorde Monteiro, mas prefiro que me chame de Kara.-Ela fala e estende a mão para mim. Seguro sua mão sem cogitar e como meu pai sempre me ensinou, dou um beijo na sua mão fazendo a mesma sorrir.

-É um prazer conhece-la Bambina.- sorriu.

-Italiano?- pergunta.

-Descendente.- falo e ela assente.

-Como você se chama?- perguntou e eu travei.

-Prefiro que me chame por um apelido....- penso em um apelido que não tenha nada haver com meu nome.

-Italiano.- ela disse e eu sorri.

-Certo, pode me chamar de Italiano. Quantos anos você tem?- pergunto

-Doze e você?- perguntou.

-Eu já tenho Quinze anos- ela assente.

-Você é um dos peões do meu pai?- nego.

-Porquê a pergunta?- pergunto.

-Porquê você me olhava de longe, você temia a aproximação. Então você tem medo do meu pai?- Sorrio e nego. Ela era muito esperta.

-Não tenho medo do seu pai, tenho medo do meu. Ele é um pouco mais severo que os outros pais.- falo e ela assente.

-O que faz para se divertir aqui?- pergunto.

-Pra falar a verdade, nada. Só fico pelo Jardim e depois vou para o meu quarto. No meu quarto eu escondo uma das tecnologias mais avançadas das indústrias Lode's, eu tenho assesso a todas as cameras da minha casa e com isso as vezes eu assisto meu irmão apanhando do seu treinador. Ele sempre foi leso para aprender a lutar.- ela fala e eu sorriu.

-É melhor eu ir embora. Daqui a alguns minutos eu vou precisar ir para a sala de treinamento. Mas amanhã eu venho conversar com você.- falo e ela assente.

-Tchau, Italiano.- ela fala sorrindo e eu assinto indo embora.

E com isso nossa amizade só cresceu. Passaram se dois anos desde que nos conhecemos e todos os dias eu ia visita-la. Eu já era um homem feito, tinha que cuidar de algumas coisas para o meu pai, então eu passava pouco tempo com ela.

Um certo dia, eu cheguei em frente a sua casa e estavam Olliver e Mattias Monteiro em frente a sua casa,um carro preto estava parado em frente a casa e logo eu vi um homem puxando Kara, ela gritava e tentava acertar ele, mais ele era muito forte. Corri em direção a eles.

-O quê está acontecendo aqui?- Gritei e Olliver me encarou.

-Vai embora daqui, Dante. Isso não é da sua conta.- ele diz.

- Porquê estão fazendo isso?- pergunto.

-Ela matou um homem hoje pela manhã e Mattias conversou com Tio Max para leva-la para um Colégio interno em Los Angeles por alguns anos.- Olliver fala e eu assinto. Eu não podia fazer nada, caso eu tentasse fazer alguma coisa, ela seria envolvida ainda mais na fúria dos primos e eu não queria isso. Kara olha para mim enquanto era arrastada até o carro.

Desculpe-me

Falo só com o mexer dos lábios e ela assente. Com isso ela para de se debater e entra no carro normalmente. Saio de lá e vou para a sala de treinamento começando a socar o saco de pencada e pensar no que tinha acontecido.

Eu voltaria a ve-lá novamente um dia?

***Continua***

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A Herdeira de Sangue. (REVISÃO) Where stories live. Discover now