A Herdeira de Sangue. (REVISÃO)

Prólogo

Karina Lorde.

Na vida só existem duas certeza absolutas:

A primeira é a morte e a segunda é que nenhuma pessoa que entrar no meu caminho ficará viva para contar como foi.

Eu sabia que era errado. Se alguém descobrisse esse meu lado sanguinário, eu iria ser julgada. Se papai estivesse descoberto o que aconteceu naquela época ele nunca olharia na minha cara novamente.

Matar um homem com minhas próprias mãos? Ou melhor, com uma arma de choque criado por mim mesma? Isso sempre foi totalmente fora de cogitação.

Era muito inadequado e impróprio para uma "dama", ainda mais da idade que eu tinha. As pessoas ainda estavam falando mal de minha prima, Ana, por ela ter se tornado Capo e assumido um posto que "deveria ser de um homem" da família Pazzi. Eles não hesitariam à chance de encontrar uma nova vítima, e o que poderia ser melhor do que outra mulher forte a qual poderia derrubar os próprios homens da família?

No fundo, eu sabia que eu era exatamente como a Ana quando
se tratava de resistir à tentação de acabar com alguém que estivesse no meu caminho. Eu simplesmente não podia me segurar.

Na primeira vez que tentaram acabar comigo, eu acabei não agindo muito bem e isso fez com que minha vida fosse mudada totalmente.

Sim, tudo mudou e eu fui obrigada a ir para Los Angeles o que foi o essêncial para me tornar o quê ou quem eu sou hoje.

¡¡

Me levanto da cama sentindo minha cabeça latejar por causa da ressaca e vou até o banheiro onde eu pego um Kit de primeiros socorros embaixo da pia.
Pego três comprimidos de dor e jogo na boca engolindo em seco.

-Isso tudo é culpa daquele idiota!-Falo para mim mesma enquanto escovo os dentes.

Miserável me obrigou a ir para uma boate em uma plena terça-feira e é claro que eu gostei da idéia, mas eu já deveria estar na empresa a duas horas.

Volto para o quarto e ligo a luz percebendo que ele estava largado na minha cama dormindo.

-Saí da minha cama desgraçado!-Grito e ele pula.

-EU NÃO PEGUEI NENHUMA ARMA SUA OU DEIXEI TOALHA MOLHADA NA CAMA MÃE!-Grita e eu gargalho enquanto me jogo na cama.

Enzo fica confuso e olha ao redor percebendo que estava no meu quarto

-A gente bebeu demais?-Perguntou com uma mão na cabeça e fazendo uma careta engraçada.

-O que você acha? Mal consigo piscar os olhos, Enzo.-Falo e ele gargalha.

-Vai dizer que não gostou?-Fala virando para mim e se aproximando ainda mais.

-Não! Eu não gostei.-Minto na cara dura e ele sorri.

Enzo como o grande idiota que é, sobe em cima de mim e eu percebo que ele estava usando apenas uma cueca box e então entendo tudo o que aconteceu e também entendo o porquê de está vestindo apenas uma blusa enorme que em mim parecia mais um vestido.

-A gente fez mesmo isso?-Pergunto apontando para mim e depois para ele.

-Não devemos ter feito nada que não tivessemos feito antes.-Diz com um tom áspero e dá uma mordida no meu pescoço.

Enzo sai de cima de mim e fica de costas indo em direção ao banheiro.

-Pare de olhar para minha bunda!-Fala em um tom alto e eu gargalho.

-Vá a merda!-Falo quando ele some no banheiro.

Não era a primeira vez que isso acontecia e muito menos a última, aliás, a bunda dele era linda.

É Karina, Você não aprende mesmo, não é? Só vai aparender quebrando a cara.

Meu subconsciente alerta, mas decido não me importar com isso agora. Tudo está dando certo finalmente e eu tou feliz por isso...

Contínua

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