Após crescer no exército britânico ao lado de sua família adotiva e participar da Resistência Francesa, Annabeth Carter se tornou a melhor Tenente do do exército estadunidense durante a Segunda Guerra Mundial. Lutou e sofreu perdas ao lado de seus m...
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INGLATERRA - Londres 1940
Annabeth espalhou o gel pelo cabelo até que o mesmo estivesse devidamente preso no coque baixo. No corpo, abotoou a farda camuflada e amarrou os cadarços do coturno preto. Antes de deixar seu quarto, pendurou a dog tag no pescoço e segurou sua boina em baixo dos braços para vestí-la depois.
No caminho até o salão principal onde o café da manhã estava sendo servido, Annabeth se encontrou com sua irmã Peggy e a cumprimentou como sempre fazia. Deram um abraço apertado e em seguida foram grudadas até o local. Como de costume, todos os soldados voltaram sua atenção à elas quando colocaram seus pés no refeitório. Apesar de serem duas das seis mulheres de todo o exército e já chamarem atenção por si próprias, Anna e Peggy tinham uma beleza anormal.
Annabeth tinha o cabelo loiro como o sol, brilhante e liso. O rosto era fino, os olhos brilhavam num tom verde profundo, o nariz fino deixava-a com um ar delicado e os lábios carnosos possuíam uma cor rosada naturalmente. Apesar de esteticamente parecer uma princesa de contos de fada, Anna conseguia ser fria e rígida como qualquer outro soldado ali. Por conta do seu extremo potencial em combate físico e armado, Annabeth havia recebido o título de primeiro tenente do batalhão. Muitas vezes seus treinamentos conseguiam ser piores do que os do capitão Reed, e isso fazia os sargentos a temerem à todo instante.
Peggy era o oposto de Annabeth. Tinha os cabelos negros assim como olhos e era tão linda quanto. Apesar de detestar os treinamentos do exército, era extremamente técnica e possuía uma inteligência excepcional. As irmãs Carter adoravam passar horas e horas conversando sobre seus livros históricos preferidos e sobre estratégias de batalha. Ambas eram muito parecidas psicologicamente e complementavam uma a outra, tanto nos treinamentos e tanto nos estudos que nunca se encerravam.
— Nossos pais foram chamados para uma reunião com o primeiro-ministro Gaulle — após pegarem suas bandejas de comida, sentaram-se na mesa de sempre. — Não sei se fico contente por estarmos indo para a França ou se fico triste por estarem planejando algo contra os alemães.
— Nós vamos? — Surpresa, Annabeth deu um grande gole no café puro. — Fique feliz, Peg. Nós vamos ganhar essa guerra, escute o que digo. Eles têm nós duas no exército e não precisam de mais nada.
Peggy riu do ego da outra e percebeu que na mesa atrás da irmã havia um soldado encarando a loira com fervor.
— Dylan não para de olhá-la — a morena soltou um risinho, mordendo sua fatia de pão.
— Céus, esse idiota não vai superar nunca! — Bufou, esticando um dos braços para pegar o jornal do dia e esconder a vermelhidão em seu rosto.
