<><><> CHAPTER THIRTEEN <><><>

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✖ — DETALHES DO CASAMENTO  — ✖

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✖ — DETALHES DO CASAMENTO  — ✖

— ... Então as flores serão vermelhas com brancas. — Bufo, banhado em tédio, enquanto ouvia Izabela dizer toda a lista de decoração do casamento na qual eu nem sabia se ia acontecer. Havíamos vindo para um Café simples, onde estamos cerca de 3 malditas horas apenas falando disso.

— Izabela, chega! Não vou casar em igreja nenhuma! Portanto, não haverá padre ou o caralho que seja! — Exclamo, a interrompendo.

— É pastor! — Me corrigiu, e ao olhar minha cara de indiferença, ela largou o bloco de notas e a cabeça sob a mesa. — Certo. Como você quer esse casamento? Eu anoto e depois reunimos as duas famílias e debatemos sobre isso.

— Não tem o que debater. Ou faz conforme a Wicca, ou não tem casamento. Eu posso abrir mão de muita coisa, mas não abro mão da minha religião. — Izabela suspirou, assentindo.

— Vocês só complicam minha vida, sabia?! Certo. Vamos lá. Como você quer esse casamento?

— Eu não quero esse casamento, mas já que tem que acontecer, então... Primeiramente, eu quero no meio da natureza, e que deve ser consagrado com sal, água e incenso purificador. — Falo, vendo Izabela me olhar de forma estranha.

— Ok... até aí, tudo normal. O que mais?

— Bem, o altar tem que ser decorado com velas brancas, prato com sal e terra, sino de latão, uma vara, um punhal ou uma espada, acho que prefiro a espada, hm... um cálice com água, óleos de rosas, cristais, cordas, vassouras e vinho que devem estar à vista de todos durante a cerimônia.

— Só isso? — Ironizou, me olhando com um sorrisinho de canto.

— Já anotou? — Ela revirou os olhos, assentindo.

— Já, e também já gastou uma folha toda. A Tia Amélia vai surtar quando ver isso. Bem, prossiga.

— Bem, há uma prática que se inicia antes dos noivos e dos convidados chegarem. Um sarcedote ou sacerdotisa, enfim, limpa energicamente o local da cerimônia, traçando um círculo mágico no solo que delimita o espaço sagrado onde será realizado a união. E depois da limpeza, ocorre a invocação de elementos e guardiões, bem como a presença do Deus e da Deusa. E só assim, se inicia a cerimônia e a presença dos convidados. — Izabela sorriu, enquanto anotava.

— Não perco esse casamento por nada nesse mundo.

— Está achando que é uma piada?! — Exclamo, irritado.

— De forma alguma. Só quero ver a cara da tia Amélia quando isso acontecer. Talvez ela tenha um ataque cardíaco. — Brincou, rindo. — Bem, continue.

— Bem... Naum e eu precisamos usar roupas brancas, e vamos entrar de mãos dadas, percorrendo um caminho de flores onde seremos recebidos por 9 mulheres, quatro de cada lado e uma na frente, que serão responsáveis por espalhar as pétalas por cima de nós, em sinal de proteção à união.

— Que lindo! — Izabela exclamou, sorrindo.

— No altar vai ser um problema... — Comento, chamando a atenção de Izabela.

— Por quê?

— No altar é onde os noivos se separam, um à direita e o outro à esquerda, e ficam juntos de seus pais, padrinhos e amigos,  enquanto o sarcedote narra a nossa “história de amor”, que na real não existe.

— Puta merda! — Xingou de repente, me olhando em seguida com um sorrisinho doce. — Desculpa, mas esse casamento está me dando mais dor de cabeça do que qualquer outra coisa no mundo. Bem, em relação à isso, damos um jeito. Temos problemas maiores do que isso, e ela se chama Amélia. Continue.

— Enquanto o sarcedote narra a nossa história, que não existe, Naum e eu vamos nos aproximando um do outro. Nas laterais opostas do altar, ficarão duas mulheres que irão segurar, cada uma, uma taça com vinho que representa a Deusa e um punhal que representa o Deus. E assim elas entregam os artefatos para Naum e eu.

— Demais! E... estranho. Bem, continue.

— Ahgr! O momento que eu menos quero que aconteça. É quando o casal faz suas promessas de amor, e é simbolicamente unido em uma corda que vão apertando à medida que manifestam seu amor um pelo outro. — Falo, me arrepiando só de pensar em ter que fazer isso.

— Vocês levam isso à sério mesmo! Bem, só isso?

— Bom, depois de agradecer ao Deus e a Deusa, o círculo é desfeito e os noivos, sempre de mãos dadas, pulam a vassoura colocada horizontalmente no chão, e assim termina a parte mais importante do ritual. Depois disso, a festa continua com vinho e partilha do bolo de compromisso.

— Certo, simples, porém, confuso. Espera! Não tem aliança?

— Para quê? — Questiono. — É um handfasting.

— É o quê?! — Exclamou, fazendo uma careta. Reviro os olhos.

— É como é conhecido o casamento da Wicca. Chamamos de handfasting.

— Aaaah, certo. Mas ainda insisto, e as alianças?

— Depois de toda essa celebração você ainda quer aliança? Não precisamos disso.

— Nada disso! Nem que no casamento vocês não precisem falar nada de aliança, mas vão usar querendo ou não! Eu fiquei encarregada de escolher as melhores e mais bonitas alianças para vocês dois, é a parte mais divertida que eu irei presenciar, então, vão usar nem que seja na marra! — Exclamou. Ergui as mãos em rendição.

— Certo, você que sabe. Se não influencia nada na cerimônia eu posso usar sem problema. Ah! Mas tenta comprar uma aliança com meu elemento Ar. — Peço. Ela fez uma careta.

— Elemento Ar?!

— Sim. É o meu elemento.

— E a do Naum? — Reflito.

— Ele é de Leão, certo? Então o elemento dele é Fogo. — Comento, pensativo.

— Ok, não entendi nada, mas vida que segue. Pedido anotado! Vou ver o que posso fazer. Já que embarcou nessa parada de signos, qual é o seu?

— Aquário. — Respondo. Ela sorriu, assentindo.

— Ótimo. Acho que já sei o que vou fazer. Obrigada e até mais! Logo vamos reunir as famílias e falar do casamento. Talvez alguém saia morto ou com um membro a menos? Talvez. Mas o que são detalhes, não é mesmo? Beijo! E você paga a conta. — Exclamou, se levantando e indo embora. Acabei por ri. Ela não batia bem da cabeça. Não mesmo.

Reunião de família, é? Está mais para sentença de morte...

MEU ETERNO OPOSTO - Romance Gay Onde as histórias ganham vida. Descobre agora