LXVIII; old stories.

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A vida de TaeHyung estava um caos.

Era como uma montanha-russa que subia tão fortemente quanto descia, naquele momento, ele estava numa descida a qual não tinha certeza se conseguiria sair logo. Estava tudo bem antes disso, sua família se reunia aos poucos com a de Jeongguk, estava bem com Dakho, o processo de adoção de Hansung já estava em andamento, as coisas estavam bem na faculdade e ele estava afastado da mídia. Mas de repente seu pai sofrera uma tentativa de homicídio, ele foi esfaqueado, corria o risco de ficar paraplégico, teria de fazer uma cirurgia a qual já foi paga por Jeewon, aquela informação havia sido demais para TaeHyung ─ e para Jeongguk ─ que não compreendia o porquê do homem se importar. Como ele sabia de Dakho? Eles já se conheciam antes? Eram muitas perguntas, e nenhuma resposta.

Dakho estava em observação e logo faria sua cirurgia, TaeHyung retornou a sua casa para ver Hansung e tomar um banho, pois voltaria para o hospital, queria acompanhar tudo. Não se importava em perder algumas aulas, mesmo que repusesse as matérias, ainda ficaria perdido, mas nada naquele momento importava além da saúde de seu pai. Dakho não esteve presente na vida de TaeHyung por muito tempo, o homem só aparecera agora, mas Kim já tinha um forte laço com ele o qual não conseguia mais romper, era demasiado sensível, e ainda mais, se apegava facilmente às pessoas.

Jeongguk havia pensado seriamente em devolver todo o dinheiro para Jeewon, TaeHyung pensou o mesmo, mas Jeongguk acabou por dizer que era a primeira vez que via Jeewon se importar com alguém que não fosse si mesmo, então deixariam daquela forma, porém, ainda buscariam uma justificativa para o gesto caridoso súbito do Jeon mais velho. Outro motivo era que, a cirurgia não era nada barata, nem mesmo Jeongguk conseguiria pagá-la sem se quebrar' um pouco, então, decidiu prosseguir.

TaeHyung de fato não era o único com a cabeça a mil por hora, Jeongguk se preocupava tanto quanto. Dakho era como um pai para ele, isso fazia-o pensar que talvez Jeewon estivesse tentando chamar sua atenção, mas não era uma opção, o homem nunca se importou com a opinião do filho. Jeongguk estava preocupado com Dakho, mas o fato de que Jeewon arcou com tudo estava lhe deixando inquieto e a pior parte de tudo aquilo era ver TaeHyung sofrer, o garoto mal dormia e comia, estava quase sempre no hospital, estava perdendo as aulas, mas Jeon o compreendia, pois provavelmente faria o mesmo por Jeewon, mesmo não tendo uma das melhores relações com ele. No final de tudo, família é família.

— Aqui está o café que pediu. ─ Jeongguk retomou ao quarto de Dakho, onde TaeHyung se encontrava no sofá. ─ E um sanduíche.

─ Mas eu disse que não estava com fome.. ─ o garoto falou baixinho, recebendo um olhar de reprovação do namorado.

─ Meu amor, você não anda se alimentando direito, isso me preocupa. ─ o homem sentou-se ao lado de Kim. ─ Por favor.

TaeHyung encarou os olhos escuros de Jeongguk, percebendo a preocupação em seu olhar. Suspirou em derrota e pegou o lanche da mão de seu namorado, retirando a embalagem de plástico para então poder morder o sanduíche, seu estômago agradecia imensamente, ele não andava com muito apetite ─ ou talvez sentisse fome, mas estivesse preocupado demais com outras coisas. Jeongguk sorriu orgulhoso e ambos olharam para Dakho, era doloroso ver o homem com todos aqueles aparelhos em si, todos aqueles curativos. Dakho havia acordado algumas vezes — o que deixou todos felizes — mas ele falava pouco, e geralmente falava apenas para pedir comida ou quando precisava fazer suas necessidades.

Ninguém tocou no assunto sobre a tentativa de homicídio, porque não achavam conveniente.

— TaeHyung. — o homem disse ainda de olhos fechados, numa questão de segundos, TaeHyung estava parado ao lado da maca.

— Precisa de algo? — o garoto perguntou, deixando uma mão apoiada no colchão. Dakho permaneceu parado, de olhos fechados; porém colocou sua mão sobre a do filho.

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