XXVIII; they all know.

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A

pós fazer o estrago que tanto queria, Rosè olhou todas aquelas pessoas cochichando entre si, boa parte delas crucificando os Jeon que estavam todos parados, em choque, congelados. Jeongguk respirava fundo incontáveis vezes, Jiwoo estava encolhida de vergonha, até porque tinha fortes inseguranças com sua transição; quanto menos soubessem, melhor. Todos ali estavam expostos, Rosè se vangloriava enquanto os observava com vergonha de si mesmo, até mesmo Jeewon que tentava manter sua postura, mas claro que ele não dizia nada.

— Jeongguk. — TaeHyung o chamou num sussurro. — Está tudo bem, ei.

— Não está. — o homem encarava a passarela em sua frente, TaeHyung nunca o viu daquela forma. — Eu não sabia que foi meu pai quem deu o golpe, TaeHyung. Ele me usou de dinheiro pra pagar a dívida.

A voz de Jeongguk se quebrou, TaeHyung arregalou os olhos e viu Jeongguk pela primeira vez, vulnerável. Ele não sabia.

— Meu Deus, que novela mexicana. — a voz familiar soou e todos olharam para a passarela.

Era Jimin.

— Tábua, você teve seu momento, agora é o meu.

Jimin gesticulou, algumas pessoas riram, TaeHyung até faria o mesmo se não estivesse absorvendo os minutos anteriores. Jimin tinha em mãos um microfone e um controle, TaeHyung observava o amigo caminhar até o meio da passarela, colocando toda sua confiança e segurança no que estava para vir.

— Sei o que devem estar pensando, o que esse garoto doido de cabelos rosa está fazendo na passarela? — ele riu. — Bom, estamos num momento de revelações, não é? Então nada mais justo do que todos terem seus segredos revelados.

Ele encarou Rosè, a ruiva o olhava confusa e com certo receio. Jimin piscou para a ruiva e apertou um dos botões no controle, colocando no telão atrás de si a página de uma internet, a qual tinha uma notícia.

Young Entertainment leva golpe milionário que pode levar a empresa a falência.”

— Vamos do início, o golpe foi real, o Jeewon é um merda e sabemos disso. — Jimin explicou, o homem quase avançou para subir na passarela, mas o pararam. O Park apenas riu, como se não tivesse noção do perigo. — Mas não, o golpe não podia levar a empresa a falência. Como amante de fofocas e empresas de moda, eu calculei e o golpe não era nem 30% do que a Young Entertainment costumava ganhar na época.

Todos voltaram a cochichar, todos estavam confusos, e Rosè estava ficando desconcertada.

— Mas por que não fazer um drama? Fazer todos pensarem que a empresa estava falindo para criar uma polêmica e acompanharem a empresa se erguer num passe de mágica? — Jimin continuou caminhando de um lado para o outro. — Por incrível que pareça, não foram esses os motivos. Park Chae Young tinha uma forte queda por Jeon Jeongguk, e como uma filha mimada que tem tudo o que quer, se aproveitou da situação para forçar um noivado. Por que? Porque ela sabia que Jeongguk preferia garotos, sendo assim, ela só o teria se ele fosse obrigado a ficar com ela.

TaeHyung franziu as sobrancelhas, se aproximando mais de Jeongguk. Ao notar o pequeno próximo, ele começou a massagear a mão deste.

— Sim, ela gostava de Jeongguk, mas não sintam pena dela. Park Chae Young sempre foi uma pessoa cheia de si, queria status, queria fama, principalmente quando ela não estava fazendo sucesso. Teve o homem que queria e a fama que queria, juntando o útil ao agradável, teve tudo. — Jimin gesticulou. — Agora, como eu sei que ela não gosta de Jeongguk? TaeHyung estava certo, ela queria aplicar um golpe nele durante o casamento, para fugir com quem gosta de verdade.

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