LXVII; what would you do?

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Quando o carro de Jeongguk se aproximou daquela aglomeração de pessoas e carros, e daquelas luzes de sirene, seu coração nunca esteve batendo tão forte. Suas mãos suavam e TaeHyung não sabia o que pensar e fazer, porém assim que o carro parou saiu do veículo rapidamente, não se importando em empurrar as pessoas que estavam em seu caminho, a voz de Jeongguk parecia tão distante naquele momento, não conseguia sequer entender o que ele estava dizendo.

— Fique para trás, por favor. — um guarda parou o braço na frente de TaeHyung, que respirou fundo.

— É o meu pai, que droga! — empurrou o braço do guarda, mas ao mesmo tempo desejava não tê-lo feito.

Dakho estava deitado no chão com seu corpo cheio de marcas de faca, TaeHyung nunca viu tanto sangue em sua vida. Os olhos do homem estavam perdidos, ele sequer sabia o que estava acontecendo, mas não dizia nada — de fato, deveria ser uma dor tão grande que ele não dizia nada, aquele tipo de dor que para todos os nossos sentidos.

— O que aconteceu.. — TaeHyung soluçou, enquanto observava os paramédicos socorrerem o corpo frágil de Dakho. Seu pai foi colocado numa maca e posto para dentro de uma ambulância, a qual Kim foi atrás para entrar também.

— Me deixa entrar, porra. — Jeongguk resmungou, empurrando os guardas e se colocando ao lado de TaeHyung na ambulância. O garoto mais novo segurou sua mão, só então Jeongguk olhou para Dakho.

Até mesmo Jeongguk, uma pessoa aparentemente forte e com sangue frio para tais coisas, ficou chocado com o estado do homem em sua frente. O que mais lhe abalou era que tinha construído uma relação de pai e filho com Dakho, algo que nunca teve em sua vida, então a dor que sentia ao vê-lo ali, era como a de TaeHyung. A de um filho.

TaeHyung caiu no choro e se encolheu contra Jeongguk, que o abraçou de lado e com força, afim de consolar o garoto abalado. TaeHyung era mil vezes mais sensível e frágil, por mais que Jeongguk não estivesse bem igualmente, ele teria de ter forçar para dar forças a TaeHyung, o garoto acabou de ver seu pai com marcas de esfaqueamento em sua frente. O sangue que saía era assustador, eles só deixaram de olhar quando dois paramédicos se colocaram em sua frente.

Dakho olhou para TaeHyung e depois para Jeongguk, após isso, seus olhos se fecharam.

[ ... ]

— Ele parece exausto. — Jimin comentou, ao se colocar de pé ao lado de Jeongguk. Ambos observavam TaeHyung dormindo no sofá do hospital, coberto pelo enorme moletom de seu namorado.

— Ele está, muito. — Jeongguk suspirou, preocupado. — Eu não queria que ele passasse por nada disso, o que ele viu.. aquilo nunca mais vai sair da cabeça dele. — o homem levou a xícara de café aos lábios, dando um gole rápido.

— Não é culpa sua. — Jimin fez o mesmo com o seu café, além do mais, precisavam ficar acordados. — Você é ótimo para o TaeHyung, mas às vezes somos pegos de surpresa.

Jeongguk assentiu, ficando em silêncio breves segundos antes de falar: — Notei que você também não vai muito com a cara de Dakho.

— TaeHyung precisou dele muitas vezes e ele não estava lá para ajudá-lo. — Park disse calmamente. — Quando TaeHyung ia na minha casa eu notava a forma que ele olhava para mim e para meu pai quando estávamos brincando, ele sentia a falta de um pai, embora não dissesse. Claro que Anne sempre cuidou bem dele, tanto dele quanto de Taey, mas ele sentia falta de uma figura masculina para guiá-lo, você entende?

— Entendo perfeitamente. — Jeongguk estalou a língua, lembrando-se das milhares de vezes que precisou de um conselho e ajuda de seu pai, mas o homem estava viajando ou simplesmente não lhe ouvia. — Também não fui com a cara dele quando ele chegou.

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