XIV; bracelet.

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Quando os lábios gelados de TaeHyung se colaram aos seus, Jeongguk não o afastou, tampouco hesitou em retribuir.

Suas mãos correram para a cintura do loiro, o puxando para si enquanto o beijava como se não houvesse amanhã. TaeHyung abraçava o pescoço de Jeongguk, a destra massageando os fios também úmidos enquanto ele sentia arrepios por todo o seu corpo, já não sabia se era por causa da chuva fria, ou por causa das vezes que sua língua encontrava a de Jeon.

TaeHyung estava sim embriagado, mas não estava completamente bêbado. Ainda tinha consciência de seus atos, pois ele sabia o que queria, e ele queria beijar Jeongguk. Queria beijar aquele homem desde o dia que ele passou da porta da maldita cafeteria a qual trabalha, queria beijar ele por ter chegado e lhe ajudado de diversas formas, ele queria beijá-lo simplesmente por ele ser quem era. Passou sua vida toda reprimindo suas vontades, pensando e se. Não queria mais isso, não queria se privar de nada, já passou dezenove anos fazendo isso. Ele queria viver, queria amar, se amar, queria aproveitar cada segundo da vida, pois era apenas uma.

Mas ele não pôde negar o quão feliz estava por Jeongguk tê-lo beijado na mesma intensidade, era maravilhoso como o gosto do vinho se fazia presente ali, mesclando com os lábios gélidos por conta da chuva. Estavam ambos ensopados, mas aquilo não importava, não importava mesmo.

TaeHyung deu um sobressalto quando tivera seu corpo suspendido pelas mãos de Jeongguk, e logo fora posto sentado no capô de um carro. Jeongguk encaixou-se no meio de suas pernas e o beijou com ainda mais vontade, TaeHyung sentia que seu coração podia sair de si a qualquer momento, pois havia muito mais do que atração e desejo naquele beijo. Se não tivesse bebido tanto vinho, diria até que haviam sentimentos ali.

Ambos só se separaram quando a falta de ar se fez presente, Jeongguk encostou a testa na de TaeHyung e acariciou o rosto do menino que estava ofegante, desviava o olhar a todo momento, não conseguindo encarar Jeongguk. TaeHyung encarou então a boca do mais velho, pousando as mãos em seus ombros.

─ Você não me odeia? ─ o menino questionou num tom extremamente baixo, se não fosse a proximidade de ambos naquele momento, Jeongguk provavelmente não escutaria.

─ Por que eu odiaria?

─ Porque eu te beijei. ─ falou envergonhado. ─ E isso é errado, porque você está noiv-

─ Sh. ─ Jeongguk o calou com um selinho rápido. ─ Esse momento está sendo bom demais para falarmos disso.

─ Tem razão. ─ o loiro riu, sem graça. Jeongguk se afastou um pouco, e ouviu o menor espirrar.

─ Melhor entrarmos no carro. ─ ele sugeriu, e Kim assentiu antes de descer do capô e parar do lado do carro.

─ Vamos molhar o carro todo. ─ o menino fez um bico, enquanto Jeongguk destrancava as portas.

─ Eu tenho outro. ─ Jeongguk respondeu com simplicidade, antes de adentrar o veículo.

─ Esses burgueses. ─ TaeHyung revirou os olhos, fazendo o mesmo que Jeongguk em seguida.

A viagem seguiu silenciosa, com exceção das vezes que TaeHyung fungou e espirrou. Não era um silêncio constrangedor, ambos estavam felizes, e ainda havia o barulho da chuva que aqueciam ambos os corações. Jeongguk parou num sinal vermelho e encarou a rua vazia em sua frente, e quando abriu a boca para falar com TaeHyung, virou e viu o garoto dormindo.

O homem mais velho sorriu diante a cena adorável, mas acabou suspirando em seguida. Ele tinha que organizar sua vida, ele não sabia ao certo o que se passava na cabeça de TaeHyung, talvez ele o achasse um pouco louco. Mas Jeongguk sentia que tinha que cuidar dele, o motivo o qual foi Dragon' era porque sabia que TaeHyung jamais ficaria com um homem quase casado, por mais que aquele noivado não significasse de merda nenhuma para Jeongguk. Ele nem era de fato beneficiado, Rosè meio que sugava sua fama, pois o homem tinha de sobra, não passava de uma faixada barata pra divulgar a linha de roupas daquela estilista não muito talentosa.

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