Kim Do

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Kim Jongin



Liguei para o Soo várias vezes, mas o celular só caía na caixa postal. Comecei a ficar preocupado e se não fosse pelo maldito trabalho, eu já estaria em casa. Resolvi ligar para o telefone fixo e depois de tocar algumas vezes, Kris atendeu. Ele me explicou que o Soo tinha passado mal, após comer muita besteira no shopping, e por isso estava dormindo. Fiquei preocupado, mas Kris me garantiu que meu ômega estava bem e que eu deveria manter a coerência para não ser demitido pelo meu pai. Suspirei pesadamente, mas tive que seguir seu conselho.


Meus pais continuavam de cara amarrada para mim. Meu pai era o único que sempre perguntava como estava o neto ou neta e eu lhe informava por educação, mas nossa relação não passava disso. Como eu era um funcionário qualquer, precisava me manter na linha e não fazer besteira nenhuma. Sinceramente, eu não sabia se um dia herdaria toda aquela fortuna, mas eu também não ligava e Kyungsoo muito menos. Resolvi tomar um banho para ir dormir logo, já que no dia seguinte eu pegaria o primeiro voo para Seul e teria meu pequeno em meus braços.





Acordei com o despertador tocando e logo tratei de correr para o banheiro e fazer minha higiene matinal. Chequei minhas coisas – mais uma vez – e principalmente o presente que eu tinha comprado. Eu sinceramente não me reconhecia mais. Se um dia me dissessem que eu me tornaria um bobo apaixonado, eu riria. Sim, eu estava apaixonado por Kyungsoo. Talvez eu sempre tivesse sido, quem sabe?


Terminei de checar tudo e corri para pegar um táxi. Queria voltar para Seul logo. Não via a hora de ver como estava o Soo e sua barriguinha. Será que tinha crescido mais? Como deveria ter sido a última consulta? Fiquei pensando tanto, que só me toquei que tinha chegado ao aeroporto, graças ao taxista que me avisou. Paguei o que devia e caminhei para dentro do lugar.


Fiz meu check-in e não demorou para que eu entrasse no avião. Dentro de duas horas eu chegaria a Seul e daria tempo de pegar o Soo na faculdade. Queria ver qual seria a reação dele ao me ver, porque podíamos estar longe, mas eu sentia seus sentimentos – por culpa do nosso laço – e eu sabia que ele sentia tanta saudade quanto eu. Como nos tornamos bobos apaixonados? Quer dizer, ele era apaixonado por mim também né?


Não percebi quando adormeci no voo. Eu tinha acordado muito cedo e por isso, apesar de não ter notado quando aconteceu, não estranhei por ter dormido. Acordei antes de pousar, porque um sentimento triste se apossou de mim. Aquele sentimento não era meu e eu sabia a quem pertencia. Fiquei inquieto. Por que será que o Soo está triste?


-Preparem-se para o pouso. – a aeromoça avisou.


Suspirei aliviado quando me vi livre daquele avião. Corri para o estacionamento, dei minha identidade e logo fui buscar meu carro. Ainda não era de maior, mas como existiam algumas leis que transformavam o "menor" em "maior", caso se tornasse pai de família, tivesse um ômega, fosse casado e trabalhasse, eu não tive problemas em tirar minha carteira de motorista. Eu já sabia dirigir, então levei apenas dois meses para conseguir minha licença.

Alma GêmeaWhere stories live. Discover now