▪ B a n q u e t e ▪

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Só de ver o brilho no meu olho, os falsos já recuam.

Só de ver o brilho no meu olho, os falsos já recuam

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KATE

Naia não moveu seus olhos para ele. Não respondeu à pergunta que ele lhe fizera.

Onde está a sua filha? O que Naia tinha com ele? Por que ela pegaria a filha de alguém improvável e fria como aquele cara?

Era difícil entender. Embora sua ordem de mandar eu envenenar minha amiga estivesse mais clara naquele momento.

O homem sem face buscava respostas sobre sua família, sobre uma possível criança que existia ao seu lado.

E nitidamente, Naia parecia saber onde ela, ou ao menos sabia quem era a filha dele.

Classificaria meu hoje como um sonho longo e cheio de sensações ruins. Um pesadelo que entrou em minha vida e parecia que não existia a mínima chance de sair dele.

Sufocante.

Frio.

Escuro.

Era assim que me sentia naquele lugar.

Nunca sabia quando o pior, além daquilo que já estava vivendo, iria acontecer, o que só me fazia sentir-se sufocada, inflamando meu sangue e me deixando coberta pelo medo que nunca havia sentido na minha vida.

Por mais que eu tentasse me proteger, quisesse pensar de uma forma positiva, o frio daquele lugar abria meus poros e perturbava meus nervosos.

Ainda que fechasse meus olhos, para não ver seu rosto – e mesmo que os deixassem abertos –, cada metro quadrado naquela construção era tão escuro quanto a noite sem lua e estrelas.

Eu não sabia por que Naia estava envolvida naquela questão, por que ele achava que ela estava com sua filha.

A única certeza que eu tinha era que nada iria acabar bem.

— Onde está minha Tâmara? — ele rosnou como um demônio contra o rosto de Naia, seus músculos tão intencionados por baixo da roupa que pareciam rasgar o tecido de linho de seu paletó.

Mas só foi quando uma lâmina saiu debaixo de seu paletó negro que vi, que ali, não ficaria apenas em interrogatório, ele iria fazer algo cruel com Naia, algo irreversível.

Eu estava com medo, com frio.

Meus olhos ficaram vidrados na imagem na lâmina de prata ameaçando a pele do pescoço de uma das pessoas que mais amo na vida.

Minhas mãos geladas bateram sobre o vidro que nos separam, suando sobre o material.

Naia não respondia à pergunta dele. Por que ela ao menos não se defendia, não fala onde a menina estava ou que não sabia de nada?

HELL | Série Dark Virgin | Edição 01Onde as histórias ganham vida. Descobre agora