▪ S e m ▪ D i r e ç ã o ▪

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"Pode haver uma grande história por trás de um estou bem..."

— Sente-se, Kate — Ele pediu, mostrando-me a cadeira a sua frente

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— Sente-se, Kate — Ele pediu, mostrando-me a cadeira a sua frente.

Eu não estava confortável quanto a visita que tinha que fazer na sala do reitor. Geralmente, as questões eram realizadas pelos secretários dele. O que me deixou ainda mais nervosa em saber que o próprio reitor da universidade, em que curso moda, estava a minha procura e precisando falar comigo.

— Estou bem em pé. — Apertei os livros, sem deixar de notar a forma que ele me encarava.

Era totalmente intrigante e me levava o sentimento de nojo.

Barton era o reitor daquela instituição antes mesmo de que eu pudesse aprender a andar. Ele era alto e ruivo, gostava de vestir moletom e usava óculos de armações grossas.

— Fiz algo grave, Sr. Barton?

Ele gargalhou como se a pergunta fosse a mais idiota possível. E aquela atitude dele me deixou ainda mais deslocada, sufocada e querendo sair daquele lugar correndo.

— Não, não. — Ele balançava uma mão enquanto a outra abria uma gaveta e tirava de dentro uma pasta com o símbolo da instituição e meu nome embaixo. Abriu e leu em silêncio o que tinha no topo. — Tem certeza que não quer se sentar? Seria uma conversa mais agradável para todos nós.

Pressionada diante o olhar afiado, o sorriso nojento e o tom "descontraído", sobre um motivo da reunião que eu não fazia ideia do que se tratava, sentei meio sem jeito.

Por costume, cruzei as pernas, quando notei os olhos dele ficarem ainda mais famintos em minha direção, descruzei de imediato.

Não usava nada demais. Uma camiseta com colar de pedras pretas, ensacada em uma saia xadrez, uma meia de linha grossa que me cobria até o meio da coxa, um sapato e lenço no cabelo.

Coloquei meus livros sobre minhas pernas. Barton se acomodou em sua cadeira, limpando a garganta e movendo seus olhos para a pilha de papéis que estavam sobre a mesa polida.

— Você tem ótimas notas — disse ele, olhando os resultados.

— Foi um semestre desafiador, mas consegui manter a meta de média que a instituição nos exige.

— Sim, sim... — disse ele, animado, erguendo seus olhos para mim. — Você realmente está se dedicando ao curso e seus desafios. Vamos dizer que é a aluna com uma das melhores notas.

— Obrigada, mas como é o meu objetivo, não fiz mais do que minha obrigação.

Ele tirou os óculos e me olhou um pouco curioso.

— Inteligente e modesta. Uma garota tão jovem e linda, com esses atributos, é de uma raridade espantosa!

Engoli algo espinhoso que machucou minha garganta.

HELL | Série Dark Virgin | Edição 01Where stories live. Discover now