- Uau! - Ele falou assim que cheguei na portaria. - Vamos para alguma festa?

- Qualquer buraco, só não quero ficar em casa.

- Estou vendo, é a segunda vez que te vejo de vestido, a primeira foi no seu casamento.

Ele abriu a porta do carona para mim e depois entrou para dirigir.

Fernando sabia o que exatamente eu queria quando estava mal. Por sermos amigos desde quando entramos na faculdade para lecionar, apesar dele entrar seis meses depois de mim, ficamos bem amigos. Foi algo diferente, quando nos vimos parecia que era para ser, alguns outros professores até acharam estranho que em uma semana que questionaram se estávamos namorando. Fernando sempre foi pegador, quanto de mulher e de homem, mas às vezes ele se acalma, namora um pouco e depois volta para a vida de sem-vergonha.

Fernando estacionou o carro no mesmo bar onde me reconciliei com Luísa, do qual eu até cantei na frente de muitas pessoas. Infelizmente, Eduardo que era o dono do bar não estava, então fui para uma mesa com Fer. Recebi alguns olhares de homens, revirei os olhos e ele riu.

- Se quiser eu finjo ser seu namorado. - Ele respondeu pegando o cardápio de bebidas sobre a mesa.

- Não precisa, apenas ignoro macho escroto. Bem, o que vai beber? Hoje eu só quero tequila.

- Um suco de abacaxi com hortelã. - O encarei e ele sorriu. - Estou dirigindo e responsável por você.

- Foda-se, Fernando, você também vai beber.

Ele chamou um garçom e pediu seu suco e minha tequila. Fiz o ritual e virei, fazendo uma careta em seguida.

- Pronto, apagou o fogo de álcool?

- Eu quero acender o fogo, pois no momento esse é o único que posso ter, já que ela deve estar transando com Tainah ou qualquer outra aluna que estiver dando em cima dela.

O garçom trouxe mais uma dose de tequila.

- Não acredito que ela esteja com essa Tainah ou com outra aluna.

Fiz o ritual e bebi mais uma dose. Dessa vez não fiz careta.

- Por quê não? Você sabe de alguma coisa? Onde ela está?

- Não, mas também acho que esteja resolvendo alguma coisa de trabalho. Se vocês estavam bem e ela ia até ao bar, não acredito que esteja com outra mulher nesse momento.

O garçom trouxe a terceira dose e Fernando lançou um olhar feio para ele.

- Ah, pois eu acredito. Na verdade, acho que não acredito mais no amor. - Balancei os ombros e coloquei o sal na língua.

- Não seja exagerada, Ana. Ela te ama, tenho certeza.

Virei o copo, chupei o limão e bati o copo na mesa. O garçom se aproximou e deixou o suco de Fernando.

- Do que adianta me amar? A culpada disso tudo sou eu! Se eu tivesse conversado com ela sobre as atitudes ainda no começo, nada disso estaria acontecendo.

- Não se culpe e nem a culpe. Isso tudo já foi e agora não tem mais como reverter. A única coisa que pode fazer é seguir a vida ou conversar com ela mais uma vez.

- E ela falar a mesma coisa que disse? Não, muito obrigada. Sou trouxa, mas não duas vezes na mesma semana.

- Você é trouxa, não interessa a quantidade de vezes por semana.

Ele tomou um pouco do suco e olhou algo no celular.

- Que foi?

- As meninas estão perguntando onde estou, é para estarmos no bar com elas.

Ela e euDonde viven las historias. Descúbrelo ahora